Filmes brasileiros assistidos ou revistos em 2010 no cinema, no DVD e na televisão.
(em 2009 - 315 filmes)
119 - O Filho Adotivo (1984), de Deni Cavalcanti **1/2
(em 2009 - 315 filmes)
119 - O Filho Adotivo (1984), de Deni Cavalcanti **1/2
Filme sertanejo é um filão do cinema popular que levou para as telas nomes importantes do gênero como Tonico e Tinoco, Milionário e Zé Rico, Nhá Barbina, Almir Rogério, e, recentemente, Daniel. E um dos destaques dessa seara é com certeza o cantor, compositor e ator Sérgio Reis. Grande sucesso com O Menino da Porteira (1977), de Jeremias Moreira Filho - filme que teve refilmagem em 2009 com o mesmo diretor e o cantor Daniel, Sérgio Reis protagonizou trilogia que vai da década de 1970 até os anos 80. Mágoa de Boiadeiro (1978), também de Jeremias Moreira Filho, e esse O Filho Adotivo, de Deni Cavalcanti, são os outros títulos. Aqui ele volta a encarnar Diogo, peão que percorre o país com suas comitivas e sempre com o violão ao lado para cantigas ao anoitecer. O filme tem um fiapo de trama, com um jovem peão de rodeio de nome Dioguinho, que compra as terras vizinhas do Coronel Jatobá, fato que deixa o manda-chuva indignado, pois queria adquirir a fazenda. Daí, para expulsar o incômodo forasteiro, aproveita que ele está viajando e manda seus jagunços mudarem a cerca de lugar isolando o rio onde o gado do rapaz teria que beber água. Para complicar, sua filha Marina -Tássia Camargo - se apaixona pelo moço, que tem em Sérgio Reis parceiro que o ajudará a enfrentar o temível coronel. O Filho Adotivo se vale muito mais de seu clima narrativo do que propriamente de sua história, pois o grande embate se revela frouxo e de resolução rápida e simplificada. Há, de ponta a ponta, um tom de quase ingenuidade, seja na configuração dos personagens e mesmo nesse fio de história. E isso, que poderia ser fatal - e de certa forma foi, pois o filme foi fracasso de público no lançamento - acaba sendo um charme involuntário. Como quase nada de real impacto acontece, acaba sobrando tempo para um tempo sem pressa e anos-luz distante de estética modernosa - só desaba mesmo no final apressado. Um dos destaques é a presença do cantor, compositor e humorista Zé Coqueiro, fiel escudeiro de Sérgio Reis no filme e que faz bela composição de seu personagem. Já a surpesa inusitada é a presença de Norma Bengell, em participação creditada como carinhosa, como a mulher à beira da morte que selará o destino dos inimigos. Sérgio Reis é sempre Sérgio Reis, e aqui não vai nenhum demérito nisso, pois é mesmo artista de fundamental importância no universo popular. Nesse O Filho Adotivo, que produziu junto com o diretor Deni Cavalcanti, canta um de seus maiores sucessos, Panela Velha, inclusive com a participação de Caçulinha, que assina a música e em fase pré-chatice-Faustão. O filme tem ainda presenças no elenco de Francisco Di Franco e Solange Teodoro, além de argumento e roteiro de Benedito Ruy Barbosa, novelista que vai reservar papéis importantes para Sérgio Reis na TV - Pantanal(1990) e O Rei do Gado (1996/97).
Cotações:
+ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo
+ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo
Adoro os filmes com o cantor Sérgio Reis.
ResponderExcluirE queria comprar 1 dvd que tenha o filme do "Menino da porteira " com a participação do Sérgio reis .
Será possivel!