quinta-feira, 26 de março de 2009

série o ator e a personagem (5)


Sônia Braga é
Solange.








A Dama do Lotação (1978),
de Neville d´Almeida.

vânia


Leio no Notas Musicais, do Mauro Ferreira - um dos insetos preferidos aí ao lado - que Leila Pinheiro gravou um disco inteiro dedicado às composições de Eduardo Gudin. Como se sabe, foi com uma música dele, Verde, que a cantora explodiu em um festival da canção.

Mas Mauro Ferreira não ficou muito seduzido não.
E ao falar da regravação de Paulista, cita a bela gravação de Vânia Bastos para essa canção inspirada.

Detesto quando ouço alguém dizer que uma gravação é definitiva, como dizem ser definitivas algumas gravações de Elis, Gal ou Bethânia. Não concordo com isso não. É claro que tem registros de uma mesma música mais belos que outros, e outros até equivocados. Mas adoro quando um intérprete faz uma nova leitura de uma música. Marina Lima então é craque.

Mas no caso de Paulista, é realmente difícil pensar em outra interpretação mais linda que a de Vânia Bastos - que aliás, é casada com Gudin. Pelo menos nunca ouvi uma melhor.

Vânia Bastos é uma intérprete curiosa.
Dona de bela e límpida voz, nem sempre acerta a mão em seus discos.

Se há os belos, como o que ela interpreta o lado B de Caetano Veloso, e o só de composições assinadas por mulheres, há equívocos como o do repertório do Clube da Esquina.

Mas quando ela acerta mão em interpretações de uma ou outra música, fica realmente difícil não lembrar desses seus registros.

E a de Paulista é assim.
Como também é a Canta, Canta Mais, de Tom e Vinícius.

Duas maravilhas.


série grandes livros (5)


A literatura brasileira é um prodígio, afinal temos GIGANTES como Machado de Assis, João Guimarães Rosa, José de Alencar, Clarice Lispector, Jorge Amado, Cécília Meirelles, Lygia Fagundes Telles e Manuel Bandeira.

Mas se há um escritor que me fascina em toda a sua obra, esse nome, com certeza, é Graciliano Ramos.

Graciliano tem uma escrita seca, direta e inteligente.
E um de seus livros do meu coração é esse aí ao lado.

São Bernardo conta a história de Paulo Honório e Madalena.
E, com isso, conta uma história de todo o país e que é também de todos nós.

Obra-prima.

siba e a fuloresta


Raramente paro na TV Brasil, pois quase nunca encontro algo que me interesse quando estou zapeando.

Mais agorinha foi diferente.

Estava passando um programa de nome Som na Rural e a banda que se apresentava me chamou atenção de cara. Trata-se de Siba e a Banda Fuloresta.

Ele, que foi um dos fundadores da Mestre Ambrósio, está maravilhoso com essa banda de senhores. Siba fica no canto, no apito e na dança, além de ser o maestro de músicos que tocam instrumentos como trombone e ganzá.

Uma beleza.

terça-feira, 24 de março de 2009

série deusas (21)


Jeanne Moreau.



Nu!!!

duas vezes palma


Enquanto o Brasil corre enlouquecidamente para ganhar um Oscar, um prêmio sabidamente de indústria, os únicos filmes que têm a ver com o Brasil que ganharam o prêmio máximo no mais importante festival de cinema do Mundo - a Palma de Ouro do Festival de Cannes - continuam a ser esnobados.

Estou falando de Orfeu Negro, dirigido pelo francês Marcel Camus, mas rodado no Brasil e com história brasileira - adaptada de peça de Vinicius de Moraes (Orfeu da Conceição). O filme levou a Palma de Ouro em 1959, portanto são 50 anos do feito.

O outro é O Pagador de Promessas, genuinamente brasileiro, dirigido pelo GRANDE Anselmo Duarte e adaptado de peça de Dias Gomes, vencedor do Palma em 1962.

Eu sempre gostei dos dois.

Ao contrário da atualização feita do primeiro pelo muitas vezes GRANDE Carlos Diegues - A Grande Cidade, Bye Bye Brasil, Xica da Silva, Chuvas de Verão, O Maior Amor do Mundo - batizado apenas de Orfeu, que é um dos piores filmes do cineasta.

O Brasil é mesmo assim.

série prólogos, aberturas e sequências favoritas (6)


Os Bons Tempos Voltaram, Vamos Gozar Outra Vez (1985) é um filme irregular.

Isso, porque é em episódios. Na verdade, dois, um dirigido por Ivan Cardoso - Sábado Quente; e outro por John Herbert - Primeiro de Abril.

E a irregularidade se dá porque se o episódio de Cardoso é delicioso, o de Herbert é fraco - ainda que a idéia seja boa - dia do golpe militar como cenário para arroubos sexuais de uma juventude de patricinhas e mauricinhos em festa na casa de um militar reformado.

Mas é de Sábado Quente, uma sequência que eu adoro.

A protagonista é Carla Camurati como Soninha, uma jovem em ebulição hormonal, mas preservada em virgindade pelo noivo que quer comer todas, mas casar-se com a donzela pura.

Esse é o centro da história, mas quem rouba a cena é Carina Cooper como Paula, amiga de Soninha.

Paula é daquelas que dá para todo mundo e segundo sua auto-definição é porque é moderna, pois está a frente de seu tempo.

Divertida, liberada e desbocada, Paula repete o bordão impagável quando está transando, seja no aperto do carro, seja na cama dos pais da amiga:
- Me chama de apetitosa! Me chama de apetitosa.

Hilariante.

segunda-feira, 23 de março de 2009

série grandes atores (11)


Anselmo Vasconcelos.

Desde sua estréia no cinema em "Se Segura Malandro" (1978), de Hugo Carvana, que esse excepcional ator nos brinda com seu talento.

São inúmeros filmes, como também os trabalhos na televisão.

No cinema, vários destaques:

- o Perdoa-me por me Traíres, do Braz Chediak;
- os trabalhos com Antonio Calmon, como Terror e Extase (1979);
- O Segredo da Múmia (1982), de Ivan Cardoso;

- e, sobretudo,

A República dos Assassinos (1979), de Miguel Faria Jr.



guilherme


O cinema nacional tem muitos cineastas autorais.
Mas dentre eles, com certeza, um dos mais inventivos e personalíssimos é o paulista Guilherme de Almeida Prado.

Formado na Boca do Lixo, em São Paulo, o cineasta tem um universo muito próprio com filmes marcantes. E o mais recente, o belo Onde Andará Dulce Veiga?´, só fez confirmar essa sua assinatura particular.

Finalmente pude assistir A Hora Mágica (foto), filme que ele dirigiu em 1998.

E mais uma vez estão lá suas atrizes-fetiche: Julia Lemmertz, Maitê Proença, Matilde Mastrangi e Imara Reis.

Uma beleza de filme.

série o ator e a personagem (4)


Marcélia Cartaxo é
Macabéa.







A Hora da Estrela (1985),
de Suzana Amaral.

amor estranho amor


Nunca tinha visto a Xuxa falando sobre esse assunto.


E só mesmo o Amaury Jr para perguntar:

domingo, 22 de março de 2009

série deusas (20)


Jane Fonda.


Nu!!!

maria bethania (re) verso


Descubro, via Folha de S. Paulo, um blog genial sobre Maria Bethânia

com vários shows dela para serem baixados, como o maravilhoso Maria - que assisti na época, além de críticas, matérias, fotos.

Um deslumbre.

E Bethânia é fina demais.
Procurada pela reportagem da Folha, disse que não visita blogs nem comunidades no orkut sobre ela, mas que não incomoda de seus shows estarem disponibilizados na net, já que se trata de compartilhamento sem intenções comerciais.

Bacana, né?

E dentre tantos tesouros no blog, de imediato, ri demais com esse post abaixo (vida de repórter é dura) - o vídeo está mais ao centro da página.