sábado, 20 de junho de 2009

abertura da 4ª cineop


Foi bem bacana a abertura da 4ª Cineop ontem à noite.

Como o período focalizado é a década de 70, a cerimônia de homenagem entrou no clima e fez todo o cerimonial sob essa perspectiva.

Já antes da cerimônia começar, o DJ Roger Moore destaca, ao lado do palco, músicas setentetistas, em agradável seleção.

Muito feliz a idéia de um telejornal em p&B, como se fosse ao vivo, em que o apresentador fazia links com a repórter em cena no palco do belo Cine Vila Rica, que, claro, estava lotado.

A atriz Flávia Rennó, da Cia Luna Lunera, encarnou uma dançarina black em alto estilo, com perucão e pleno domínio da dança a la James Brown e Tony Tornado. E, assim, anunciou os patrocinadores, o que quebrou o tom maçudo que constuma pontuar esses momentos.

O telejornal, com ótima apresentação de Almeida Neto, foi ao ar no telão do cinema, com direito a intervalos comerciais da época - deliciosas propagandas do fusca e da caloi.

Zezé Motta, a grande homenageada da Cineop, foi chamada ao palco, acompanhada do cineasta Carlos Diegues, diretor de Xica da Silva, filme de abertura da Mostra.

Foi bacana também o tom informal dessa homenagem.

Carlos Diegues disse que estava à procura de uma atriz para encarnar Xica da Silva, e estava quase desistindo, pois não encontrava uma à altura. Até que conheceu Zezé Motta e não teve dúvidas, dizendo para o produtor Jarbas Barbosa que eles já tinham sua Xica.

E que muito do mérito do filme deve-se à presença de Zezé - e revendo o filme mais uma vez, é mesmo impossível não concordar com ele: ela está exuberante - como também todo o elenco, com destaque para o saudoso Rodolfo Arena.

Disse também que a chamaria de princesa, pois como há outras atrizes, ficaria receoso delas ficarem chateadas, já que rainha só tem uma, mas princesas são muitas.

Mas finalizou dizendo que, na verdade, o que Zezé Motta é mesmo é uma rainha do Brasil.

Emocionada, Zezé Motta disse que não é boa de discurso, e que, por isso, iria fazê-lo cantando.

E aí encantou o público com uma versão à capela de A Noite do Meu Bem, de Dolores Duran.

E, ao final, frisou: o meu bem ... O Cinema Brasileiro.

Emocionante!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

mulheres do cinema brasileiro e insensatez na 4ª cineop


Daqui a pouco embarco para Ouro Preto para cobrir a Cineop - 4ª Mostra de Cinema de Ouro Preto - uma realização da Universo Produção, Raquel Hallak, Quintino Vargas e Fernanda Hallak, os mesmos organizadores da Mostra de Tiradentes e de Belo Horizonte.

Já publiquei uma matéria no meu site Mulheres do Cinema Brasileiro sobre essa quarta edição da Cineop - espero fazer muitas entrevistas e coletar muitos depoimentos para publicar no site.

E durante a Mostra, vou publicando postagens aqui no Insensatez.

na 4ª cineop


Mulheres fabulosas que estarão na Cineop - 4ª Mostra de Cinema de Ouro Preto.


Neide Ribeiro.

Musa amada do cinema brasileiro dos anos 70, Neide Ribeiro estará presente e Ouro Preto e também na tela.

A atriz vai acompanhar a exibição do genial A Ilha dos Prazeres Proibidos, de Carlos Reichenbach, e vai participara também de um debate.

na 4ª cineop


Mulheres fabulosas que estarão na Cineop - 4ª Mostra de Cinema de Ouro Preto.


Zilda Mayo.

Musa amada do cinema brasileiro dos anos 70, Zilda Mayo estará presente em Ouro Preto e também nas telas.

A atriz vai acompanhar a exibição do genial A Ilha dos Prazeres Proibidos, de Carlos Reichenbach, e ainda participará de debate.

na 4ª cineop


Mulheres fabulosas que estarão na Cineop - 4ª Mostra de Cinema de Ouro Preto.

Zezé Motta.

Ela é a grande homenageada da Mostra e estará em Ouro Preto e também na tela do cinema.

O filme da abertura oficial hoje à noite será Xica da Silva, de Carlos Diegues.

Zezé Motta estará presente na exibição, vai receber a homenagem, e ainda participará durante a mostra de debate e também fará um show.

na 4ª cineop


Mulheres fabulosas que estarão na Cineop - 4ª Mostra de Cinema de Ouro Preto.


Sônia Braga.

Ela estará na tela em dois filmes incendiários:

- Dona Flor e Seus Dois Maridos, de Bruno Barreto;

- A Dama do Lotação (foto), de Neville D´Almeida .

homenagem


Helena Ramos

post homenagem à uma musa inesquecível dos anos 70, período focalizado pela Cineop - 4ª Mostra de Cinema de Ouro Preto.

diploma de jornalista


Amigos me perguntam se fiquei chateado com a queda da obrigatoriedade do diploma para exercer o jornalismo, depois de quatro anos na cadeira de uma faculdade.

Digo que não, pois nunca fui favorável à obrigatoriedade.

Mesmo porque eu era jornalista durante muitos anos antes de fazer a gradução - minha primeira foi Letras.

E também porque nos quatro anos que passei na cadeira da faculdade pude constatar que, ao final, cerca de 40 alunos saíram com o diploma na mão, mas jornalista de fato mesmo só uma meia dúzia.

Porém, foi importante fazer o curso, principalmente pelo aprendizado ético da profissão, ainda que a maioria só estava interessada na técnica.

Mas não acho que qualquer pessoa possa exercer a profissão. Acredito que o jornalismo deveria ser um curso de extensão.

Só que não me agrada a forma como as coisas se deram.

Me pareceu uma vingança do STF, principalmente do Gilmar Mendes, contra a imprensa.

Como o telhado deles nunca esteve tão de vidro, pareceu-me um revide - ainda que não acredite que ministros admiráveis como a Ellen Gracie teria essa postura.

Um amigo querido diz que não vai mudar nada, mas acredito que vá sim. Sobretudo nas pequenas cidades ou em cidades submetidas à caciques - e mesmos nas grandes coorporações.

Se antes era difícil para os órgãos deterem o jornalismo partidário, agora ficará mais difícil ainda.

Mas ainda assim sou a favor do final da obrigatoriedade.
Só acho que o processo deveria ser outro.

terça-feira, 16 de junho de 2009

serie deusas (52)


Emmanuelle Riva.



Nu!!!

a ilha na cineop


Na sexta desembarco em Ouro Preto para a 4ª Cineop, onde um dos mais geniais filmes do cineasta Carlos Reichenbach me aguarda - e aos felizardos que lá pisarem:

- A Ilha dos Prazeres Proibidos.

Isso é cinema!

nu!!!


Denzel Washington.

a garota de calmon


Já disse aqui o tanto que admiro o Antonio Calmon cineasta.

É um dos mais notáveis diretores do cinema brasileiro, com uma filmografia maravilhosa - sobretudo a dos anos 70.

Basta citar O Bom Marido, Terror e Extase e Eu Mateu Lúcio Flávio - ainda não consegui assistir O Torturador e nem Gente Fina É Outra Coisa.

Daí que é quase inacreditável que ele tenha cometido o horrível Garota Dourada - que assisti hoje -, que é continuação do bacana Menino do Rio.

Mas duas coisas são deliciosas:

- ver uma Marina Lima quase constrangida fazendo ponta como atriz e cantora, e ainda na fase do cabelo crespo.

- e Andréa Beltrão no comecinho da carreira cinematográfica, mas já arrasando como Glória, a tiete apaixonada pelo Zeca, de Sérgio Malandro.

Mas o filme...
É muito ruim!

serie grandes atores (25)


Milton Gonçalves.

Um dos mais bem-sucedidos atores brasileiros, nunca faltou espaço para Milton Gonçalves.

E é incrível. Pode-se pegar qualquer fase do cinema brasileiro em que ele está que a sua atuação é sempre irrepreensível.

São vários clássicos:

- O Urtiga de O Anjo Nasceu, de Julio Bressane; o Jiguê de Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade; a Diaba de Rainha de Diaba, de Antonio Carlos da Fontoura; o Bené de Parceiros da Aventura, de José Medeiros;

o Bráulio de Eles Não Usam Black-tie, de Leon Hirzsman; o Natal de Natal da Portle, Paulo Cesar Saraceni; o Chico de Carandiru, de Hector Babenco; o patriarca Zé das Bicicletas de Filhas do Vento, de Joel Zito Araújo;

e muitos, muitos outros...

sargento garcia


Fosse cineasta, faria filmes de temática gay.

Acho que temos tão poucos em nossa filmografia...

Acabei de rever o curta Sargento Garcia, dirigido por Tutti Grejianin e baseado em conto de Caio Fernando Abreu.

Gosto muito desse filme.

E o elenco está muito bem:

- Marcos Breda como o militar Garcia;
- Gedson Castro como o adolescente Hermes;
- e Antonio Carlos Falcão como a travesti Isadora.

Bela adaptação.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

zingu! de junho no ar



A Zingu! de junho já está no ar.

O Cinema de Bordas continua merecendo a atenção da revista, que produziu o Dossiê Cinema de Bordas 2 (foto), com entrevistas, análises de filmes e filmografias.

Tem também artigo especial sobre o Cine Marabá, templo amado do cinema em São Paulo que reabriu suas portas.

Na minha coluna, Inventário Grandes Musas da Boca, a focalizada é a exuberante Sandra Bréa (foto), com depoimentos preciosos dos cineastas Claudio Cunha e Carlos Reichenbach.

E, claro, tem muito mais nessa edição da Zingu!.
Vale a pena conferir:


domingo, 14 de junho de 2009

serie deusas (51)


Angie Dickinson.



Nu!!!

serie grandes filmes (22)


Adeus, Meninos (1987),
de Louis Malle.

Louis Malle sempre foi um cineasta genial, o mais denso da Nouvelle Vague.

São muitos filmes admiráveis em sua carreira, como esse Adeus Meninos.

Adeus Meninos é de uma tristeza de alma absoluta.

E lindo lindo lindo!

nu!!!


Robert Redford.

sade


Leio que Sade Adu está preparando novo disco.

E pode saber que vem aí mais um grande trabalho dessa cantora genial que grava pouquíssimo, só de tempos em tempos, mas que toda vez que reaparece é em grande estilo.

Tem algumas mulheres que são essencialmente modernas, que não precisam fazer nenhum esforço para isso, são assim naturalmente.

Aqui no Brasil temos a atriz e cineasta Helena Ignez que sempre foi assim.

Gosto de tudo em Sade Adu, das composições, do canto, da presença.

É linda e sofisticada.

serie o ator e a personagem (25)


Peter Lorre é
Hans Beckert.






M, O Vampiro de Dusseldorf (1931).
de Fritz Lang.