sábado, 7 de janeiro de 2012

longas brasileiros em 2012 - 005



Filmes brasileiros assistidos e revistos em 2012 no cinema, no DVD e na televisão.
(em 2009 - 315 filmes)
(em 2010 - 289 filmes)
(em 2011 – 72 filmes)



005 – As Panteras Negras do Sexo (1983), de Ubiratan Gonçalves



O cinema americano dos anos 1970 não consagrou apenas cineastas mundialmente conhecidos como Francis Ford Coppola, Martin Scorsese e Steven Spielberg. Viu também suas telas sacudidas por movimentos e gêneros que influenciariam outras cinematografias. Um exemplo? O chamado Blaxploitation, gênero que colocou os negros nas telas em filmes de baixo orçamento, atuando e dirigindo, em tramas policiais eletrizantes. O Blaxploitation veio bater a porta da produção brazuca, encontrando na Boca do Lixo geografia perfeita, já que ela sempre foi espaço efervescente a gerar filmes dos mais diferentes gêneros e subgêneros, ainda que muitos quisessem condicioná-la apenas às pornochanchadas. Em 1983, era lançado no Cine Olido, em São Paulo, As Panteras Negras do Sexo, produzido e dirigido por Ubiratan Gonçalves, com argumento e roteiro dele e de Ody Fraga. O filme é fita nos moldes dos Blaxploitation - mas com molho brasileiro, como a ode às mulatas - protagonizados por negros e aliando sexo e trama policial, junção que a Boca sempre fez, mas quase nunca com esse tipo de elenco a frente. A trama coloca em cena uma família negra endinheirada conduzida com mão de ferro pelo patriarca interpretado pelo saudoso Henricão, cujos valores de conduta moral parecem um tanto antiquados aos olhos de seus numerosos filhos. Logo no começo, uma jovem é assassinada e jogada no mar por um playboy, e pouco depois vamos saber que ela é a filha caçula de Henricão, que como seus filhos, sabe que a menina desapareceu, mas desconhece seu trágico destino. É aí que sem denunciarem para a polícia, eles vão se unir para tentar descobrir o que aconteceu e quem está por trás disso tudo. Filme injustamente invisível na filmografia brasileira, As Panteras Negras do Sexo desperta o interesse o tempo todo e ficamos realmente cúmplices de sua história. Ubiratan Gonçalves conduz bem sua trama e o mestre Pio Zamuner consegue imprimir cores quentes em sua fotografia sintonizada com seu foco. O roteiro claudica um pouco em cenas com um certo descompasso, mas segura a onda durante 60 minutos. Só que nos últimos 20 minutos a coisa desanda, e a gente fica cafifando sobre o que pode ter acontecido para o filme ter um desfecho tão apressado e nas coxas: faltou dinheiro? Deu a louca nos roteiristas? É realmente uma pena, pois desperdício de um potencial que se bem finalizado elevaria o filme em altos decibéis, colocando este As Panteras Negras do Sexo em outro patamar - inclusive em nossa memória.

Em tempo: como assinalou o amigo Sergio Andrade nos comentários, tinha faltado registrar a presença do então jogador Serginho Chulapa no texto. No filme, ele também faz um jogador, que é irmão da moça assassinada. É o protagonista, mais pela fama que pela importância de seu personagem en cena, já que o que vale ali é conjunto.



sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

longas brasileiros em 2012 - 004



Filmes brasileiros assistidos e revistos em 2012 no cinema, no DVD e na televisão.
(em 2009 - 315 filmes)
(em 2010 - 289 filmes)
(em 2011 – 72 filmes)


004 – Bacanais na Ilha das Ninfetas (1982), de Osvaldo Oliveira



Bacanais na Ilha das Ninfetas é filme da última fase de Osvaldo Oliveira, grande fotógrafo e câmera, e um importante cineasta da Boca com vinte filmes no curriculo – dentre eles, os cultuados Histórias que nossas Babás não contavam (1979) e A Prisão (1981). Carcaça, como era chamado, morreria pouco tempo depois, em 1990, dirigindo ainda A Fêmea da Praia (1983). Neste Bacanais na Ilha das Ninfetas o que se vê é uma daquelas farsas eróticas produzidas em série pela Boca, com muito peitinho e periquitas de fora e humor pastelão. A precariedade de recursos nas produções era revertida com criatividade, mas aqui não há muita salvação. O roteiro é uma grande presepada, importando mais as cenas com as moças despidas e suas transas em bando com o mocinho alucinado com suas pererecas em formato de coração colorido - os tais bacanais do título. Ele é o cantor romântico Dick Boy - Márcio Prado, e elas são Zilda Mayo, a parceira Marisa, e as ninfetas Maristela Moreno, Jussara Calmon, Mara Carmen e Cristina D´Avila. Dick e suas meninas encontram um tesouro numa ilha, mas logo ele e Marisa botam a mão na bufunfa e pegam rota de fuga. No encalço deles vão as meninas e também três marginais que querem a grana - a perseguição envolve carros, bicicletas, barcos, caminhadas e correrias. Bacanais na Ilha das Ninfetas tem cenas inacreditáveis, como as meninas fazendo escovinha na genitália e a aparição de um homem das cavernas, extenuado sexualmente pelas ninfetas - há ainda o dublador Pablo, trepando no mato com sua famosa cara pintada. O grande achado do filme é mesmo a presença de Zilda Mayo, muito boa em comédia com sua voz inconfundível, fazendo aqui uma mulher alucinada por banana. Se em A Mulher de Todos (1969), de Rogério Sganzerla, temos o inesquecível apelo em forma de bordão “paga uma cuba, bem”, aqui o que há é “tô com vontade de comer banana”, dito safadamente por Zilda, e o melhor é que o desejo insaciável é pela fruta mesmo. Maristela Moreno tem seus momentos e Jussara Calmon também diverte com sua Tânia Tiroteio, mas é Zilda que rouba a cena. Mesmo porque parece estar ali mesmo é para se divertir, não levando a sério sua personagem um minuto sequer. Ao contrário do que promete o cartaz, não há cenas de sexo explícito no filme, não pelo menos nesta cópia assistida.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

longas brasileiros em 2012 - 003



Filmes brasileiros assistidos e revistos em 2012 no cinema, no DVD e na televisão.


(em 2009 - 315 filmes)
(em 2010 - 289 filmes)
(em 2011 – 72 filmes)


003 – Sonhos de Menina Moça (1988), de Tereza Trautman



Uma olhada rápida no elenco deste Sonhos de Menina Moça faz a gente logo pensar que seja um filme de Walter Hugo Khouri – ainda que fosse improvável que o mestre usasse um título assim. É porque o desfile de deusas na tela é impressionante. Vejam só: Tonia Carrero, Louise Cardoso, Marieta Severo, Selma Egrei, Monique Lafond, Xuxa Lopes, Zezé Motta, Íris Bruzzi, Norma Blumm, Gabriela Alves, Flávia Monteiro, Angela Figueiredo, Dóris Giesse. Mas não, é filme da cineasta paulista radicada no Rio de Janeiro desde os anos 1970, Tereza Trautman. Aliás, foi em terras cariocas que a cineasta dirigiu um marco feminino dos anos 70: Os Homens que Eu Tive – idealizado para Leila Diniz, mas protagonizado por Darlene Glória depois da trágica morte de Leila. Não só pela temática, que falava dos anseios da mulher moderna, mas por também ser longa pioneiro de uma diretora naquele momento, já que até os anos 60 apenas seis mulheres tinham chegado a conduzir um filme no formato. Portanto, Tereza Trautman tem mesmo o que dizer, e, melhor, sabe como fazê-lo ao se debruçar sobre esse universo - é ela que também assina o argumento e o roteiro. Aqui, ela mira sua lente para uma família chefiada pela matriarca belamente interpretada por Tonia, que se reúne para uma grande despedida, já que aquele será o último dia de permanência de todos na mansão, que fora vendida. Abre-se palco então para o despertar de memórias, rancores, frustações, amores mal resolvidos, traição, drogas e casamentos assim assim. Algumas palavras, verbos e dizeres se tornaram verdadeiros clichês esvaziados pelo uso constante e sem peias, como "comunidade", "instigar" e “no tempo da delicadeza”. Mas ainda que seja armadilha anunciada, é impossível não pensar nesse tempo delicado que a cineasta construiu para soltar suas feras na arena. Todos os sentimentos, fortes ou leves, estão lá, mas há uma ternura impregnada em sua lente que nos faz olhar para aquilo tudo como se estivéssemos mesmo folheando álbuns de retratos ou assistindo filmes Super-8 caseiros, como os personagens fazem. Só que jamais sem exalar mofo ou tempo estagnado. Os personagens de Trautman pulsam, e ainda que seus desejos e temores sejam, afinal, em grande parte, sentimentos burgueses, nunca deixa de ser interessante olhar para aquela paleta de cores que ela desenhou e descortina à nossa frente.


quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

longas brasileiros em 2012 - 002



Filmes brasileiros assistidos e revistos em 2012 no cinema, no DVD e na televisão.
(em 2009 - 315 filmes)
(em 2010 - 289 filmes)
(2m 2011 – 72 filmes)



002 – Passaporte para o Inferno (1976), de J. Marreco

Não é só o cinema americano que gosta de filmes de perseguição. Em sua história, vez ou outra, o cinema brasileiro também dá as caras nesse subgênero. Exemplos: os bacanas Arara Vermelha (1957), de Tom Payne, e Fêmeas em Fuga (1984), de Michele Massimo Tarantini. Só que em Passaporte para o Inferno, o cineasta J. Marreco se equivocou terrivelmente. O problema maior está no roteiro, também assinado por ele. Vejam só: quatro bandidos perigosos escapolem da prisão, e o presídio, ao invés de acionar a polícia, chama um caçador de fugitivos para capturar os tais. Em meio a isso, uma patricinha briga com o pai dominador, termina com o noivo babão e parte em teco teco para integrar equipe de faculdade no melhor estilo Projeto Rondon – um convite tentador à aventura para quem foi estudante nos anos 1970 e 80. Só que lá pelas tantas o avião pifa, o piloto, que tem que fazer pouso forçado, morre, e resta ela, que fica ferida. Agora imaginem onde ela caiu? Claro, justamente no caminho dos bandidões. Pronto, está aí a trama do filme. Bom, mesmo com esse rame rame, daria para fazer algo bacana se o roteiro de Marreco não enfrentasse a história com bocejos sem fim. O caçador poderia ser o cão, pois é personificado por Jonas Melo, um ator que tem perfil para ser um temido capitão do mato. Só que o que ele faz o filme inteiro é seguir a trilha dos moços sem erro, como se eles, feito Joãozinho e Maria, deixassem bagos de milho sinalizando o caminho; chegar aos locais sempre depois do bando; e ficar ligando para a central que o contratou para dar notícia de tudo o que acontece. Ou seja, ação quase zero. Já os bandidões – Cazarré, Gilberto Sávio, Darcy Silva e Walter Prado - personificam os clichês de sempre, ainda que Marreco queira lhes dar uma certa identidade: o líder é chamado de Profeta, pois vive com a bíblia debaixo do braço, bastando ouvir o nome santo de Deus em vão para disparar sua garrucha; um é o estuprador sacana; outro faz cara de bom moço e, quando baleado, tornar-se estorvo para o bando; e o último um aloprado que ri o tempo todo de tudo e de todos. Um detalhe perturbador: eles nunca parecem sentir fome ou sede, pois são capazes de jogar as latas de leite fora sem sequer conferir se tem líquido lá dentro; chegam a um rio depois de longa caminhada, mas não se atiram na água para beber ou se refrescar. Já a mocinha é a musa da Boca, Fernanda de Jesus, que sem mais pra quê é capaz até de chorar com a morte deles. Enfim, tudo muito frouxo nesse filme do cineasta que vinha do comenatado A Carne (1975) e logo depois faria o bacana Emmanuelle Tropical (1977), respectivamente com as deusas Selma Egrei e Monique Lafond.


terça-feira, 3 de janeiro de 2012

longas brasileiros em 2012 - 001




Filmes brasileiros assistidos e revistos em 2011 no cinema, no DVD e na televisão.
(em 2009 - 315 filmes)
(em 2010 - 289 filmes)
(em 2011 - 72 filmes)



001 – Meu Destino É Pecar (1952), de Manoel Pellufo

Suzana Flag foi o pseudônimo que Nelson Rodrigues usou para escrever folhetins para mulheres nos jornais diários dos anos 1940 e 50. Mas não esperem apenas amores melodramáticos vencendo barreiras aparentemente intransponíveis para garantia do final feliz. Claro que eles estiveram lá, pois amores assim e finais felizes idem sempre foram a base de todo folhetim que se presta – e estão aí até hoje nossas telenovelas para continuidade ao legado. Só que nos romances de Flag, nos entornos das histórias, também estavam garantidos lugares para obsessões, matriarcas egoístas, disputas familiares, sentimentos extremados. Meu Destino É Pecar é dos grandes sucessos da pena de Flag, por duas vezes adaptados para o audiovisual: virou filme e virou minissérie. A minissérie foi ao ar em 1984 na TV Globo, adaptado com brilho por Euclydes Marinho. Lucélia Santos foi a protagonista Leninha, em elenco estelar em que se destacavam ainda Tarcísio Meira, Marcos Paulo e Esther Góes. Aliás, a década de 80 foi de ouro para a dobradinha Lucélia/Nelson, pois a atriz esteve em mais três filmes baseados na obra do escritor: Engraçadinha (1981), de Haroldo Marinho Barbosa, Bonitinha, mas Ordinária (1981) e Álbum de Família (1981), ambos de Braz Chediak – e nos quatro trabalhos sempre com talento gigante. Só que antes, muito antes, Meu Destino É Pecar chegou aos cinemas em produção da Maristela, em 1952. Dirigido por Manoel Pellufo, o filme é protagonizado por Antoniette Morineau – uma das estrelas do estúdio paulista -, mais Rubens de Queiróz como Paulo, Alexandre Carlos como Maurício, e Zilah Maria como Lídia. É curiosa essa adaptação, que dilui bastante os entreveros do folhetim, mas consegue impregnar uma certa ambiência doentia em sua história. Pena que tenha contado com atores fracos para dar vida a personagens tão marcantes, salvando apenas a musa Morineau, que não faz feio com sua Lena. Já Zilah Maria perde a chance de emplacar sua Lídia – a personagem mais interessante da história -, compondo de forma exteriorizada a mulher obcecada pela cunhada Guida, que havia sido morta estraçalhada pelos cães da casa. Faz sentir saudades de Esther Góes, que arrasou na minissérie impregnando ambiguidade sexual em sua doente obsessão.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

longas brasileiros em 2011



Filmes brasileiros assistidos e revistos em 2011 no cinema, no DVD e na televisão.
(em 2009 - 315 filmes)
(em 2010 - 289 filmes)




001 - O Gerente, de Paulo César Saraceni
002 - Elza, de Izabel Jaguaribe e Ernesto Baldin
003 - VIPs, de Toniko Melo
004 - Malu de Bicicleta, de Fávio Tambellini
005 - A Alegria, de Felipe Bragança e Marina Meliande
006 - Brasil Animado, de Mariana Caltabiano
007 - Enchente, de Julio Pecly e Paulo Silva
008 - Remissões do Rio Negro, de Erlan Souza e Fernanda Bizarria
009 - Sertão Progresso, de Cristian Cancino
010 - Olhos Azuis, de José Joffily
011 - Santos Dumont - Pré-Cineasta?, de Carlos Adriano
012 - Os Monstros, de Guto Parente, Luiz Pretti, Ricado Pretti e Pedro Diógenes
013 - Riscado, de Gustavo Pizzi
014 - Vigias, de Marcelo Lordello
015 - Transeunte, de Eryk Rocha
016 - Eu e meu Guarda-chuva, de Toni Vanzolini
017 - O Céu Sobre os Ombros
018 - Ex-Isto, de Cao Guimarães
019 - Flordelis - Basta uma palavra para mudar, de Marco Antonio Ferraz e Anderson Corrêa
020 - A Família do Barulho - Julio Bressane
021 - Finis Hominis, de José Mojica Marins
022 - O Grande Palhaço, de William Cobbett
023 - O Enterro da Cafetina, de Alberto Pierealisi
024 - A Filha de Madame Betina, de Jece Valadão
025 - Angela, de Tom Payne
026 - Uma Aventura aos 40, de Silveira Sampaio
027 - Caingangue - A Pontaria do Diabo, de Carlos Hugo Christensen
028 - Casinha Pequenina, de Glauco Mirko Laurelli
029 - Meus Homens, Meus Amores, de José Miziara
030 - A Herança dos Devassos, de Alfredo Sternheim e César Cabral
031 - Corpos Quentes, De Alfredo Sternheim
032 - Orgasmo Louco, de Alfredo Sternheim
033 - Sexo Doido, de Alfredo Sternheim
034 - Sexo, Sua Única Arma, de Geraldo Vietri
035 - Adultério por Amor, de Geraldo Vietri
036 - Ninguém Segura Essas Mulheres, de Anselmo Duarte, Jece Valadão e José Miziara
037 - Tchau, Amor, de Jean Garret
038 - O Paõ que o Diabo amassou, de Maria Basaglia
039 - Coisas Eróticas, de Raffaeli Rossi
040 - Viagem ao Céu da Boca, de Roberto Mauro
041 - O Menino e o Vento, de Carlos Hugo Christensen
042 - Sete Dias de Agonia, de Denoy de Oliveira
043 - Em Família, de Paulo Porto
044 - Quando as Mulheres Querem Provas, de Claudio MacDowell
045 - Xica da Silva, de Carlos Diegues
046 - Rico Ri à Toa, de Roberto Farias
047 - O Corte do Alfaiate, de João Castelo Branco Machado
048 - Redenção, de Roberto Pires
049 - Malditos Cartunistas, de Daniel Garcia e Daniel Paiva
050 - O Homem do Sputnik, de Carlos Manga
051 - Forever, de Walter Hugo Khouri
052 - Paixão Perdidia, de Water Hugo Khouri
053 - Um Certo Capitão Rodrigo, de Anselmo Duarte
054 - Cordélia, Cordélia..., de Rodolfo Nanni
055 - Patriamada, de Tizuka Yamasaki
056 - Fora das Grades, de Astolfo Araujo
057 - Seu Florindo e Suas Duas Mulheres, de Mozael Silveira
058 - Matou a Família e Foi ao Cinema, de Julio Bressane
059 - Mágoa de Boiadeiro, de Jeremias Moreira Filho
060 - O Máu Caráter, de Jece Valadão
061 - Estou com Aids, de David Cardoso
062 - Cinema de Lágrimas, de Nelson Pereira dos Santos
063 - O Palhaço, de Selton Mello
064 - País do Desejo, de Paulo Caldas
065 - Meu País, de André Ristum
066 - Os Residentes, de Tiago Mata Machado
067 - Sagrada Família, de Sylvio Lanna
068 - As Armas, de Astolfo Araujo
069 - O Quarto, de Rubem Biáfora
070 - Cada um dá o que tem, de Adriano Stuart, John Herbert e Sílvio de Abreu
071 - Rádio Pirata, de Lael Rodrigues
072 - A Noite das Fêmeas, de Fauzi Mansur