
Kun Fu Contra as Bonecas (1975),
de Adriano Stuart.
O cinema brasileiro dos anos 70 - meu predileto - é inacreditável, com ótimos filmes que precisam ser descobertos.
Como essa versão um tanto gay para Kung Fu com direção do GRANDE Adriano Stuart, e que tem o novelista Walter Negrão como um dos roteiristas.
Ri demais desse filme, que tem várias sequências extraordinárias, como o choro de Chang, de codinome Pernilongo, pelo assassinato de sua família - sobretudo o de seu porquinho (porquinho de Chang, ele clama).
Ou então a que as prostitutas e os cangaceiros reproduzem a abertura do programa Fantástico, com direito a imitação de Ney Matogrosso.
E outra que eu destaco aqui para essa série:
Diálogo entre Maria e Chang - Maria é a deusa Helena Ramos em seus primeiros filmes.
Maria:
- Você é chinês mesmo?
Chang:
- Papai era chinês.
Mamãe, pernambucana;
Vovô, austríaco;
Vovó, grega;
e o titio, pelotense.
Maria:
- Você é meio feinho (ele está de bobs na cabeça e com sua permanente camiseta top cor-de-rosa), mas é simpático.
Chang:
- Feio...
... é a mãe.
Hilário!
E Chico Buarque deve ter se inspirado aí para fazer sua bela canção Paratodos.