sábado, 9 de maio de 2009

serie deusas (38)


Grace Kelly.




Nu!!!

serie o ator e a personagem (19)


Catherine Deneuve é
Séverine.







A Bela da Tarde (1967 - Belle de jour),
de Luis Buñuel.

longas brasileiros em 2009 (10)


Longas brasileiros assistidos ou revistos em 2009 no cinema, em DVD e na televisão.

76 - Kung Fu Contra as Bonecas (1975), de Adriano Stuart *****

77 - O Homem Que Comprou o Mundo (1968), de Eduardo Coutinho ****

78 - Os Monstros de Babaloo (1971), de Elyseu Visconti ****

79 - Descaminhos (2007 - foto), de Marília Rocha, Luiz Felipe Fernandes, Alexandre Baxter, João Flores, Maria de Fátima Augusto, Leandro HBL, Armando Mendz e Cristiano Abud ****

80 - Palavra (En)cantada (2008), de Helena Solberg ***

81 - As 1001 Posições do Amor (1978) , de Carlo Mossy +

Cotações:
+ ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo

sexta-feira, 8 de maio de 2009

serie prologos, aberturas e sequencias favoritas (9)


Kun Fu Contra as Bonecas (1975),
de Adriano Stuart.

O cinema brasileiro dos anos 70 - meu predileto - é inacreditável, com ótimos filmes que precisam ser descobertos.

Como essa versão um tanto gay para Kung Fu com direção do GRANDE Adriano Stuart, e que tem o novelista Walter Negrão como um dos roteiristas.

Ri demais desse filme, que tem várias sequências extraordinárias, como o choro de Chang, de codinome Pernilongo, pelo assassinato de sua família - sobretudo o de seu porquinho (porquinho de Chang, ele clama).

Ou então a que as prostitutas e os cangaceiros reproduzem a abertura do programa Fantástico, com direito a imitação de Ney Matogrosso.

E outra que eu destaco aqui para essa série:

Diálogo entre Maria e Chang - Maria é a deusa Helena Ramos em seus primeiros filmes.

Maria:
- Você é chinês mesmo?

Chang:
- Papai era chinês.
Mamãe, pernambucana;
Vovô, austríaco;
Vovó, grega;
e o titio, pelotense.

Maria:
- Você é meio feinho (ele está de bobs na cabeça e com sua permanente camiseta top cor-de-rosa), mas é simpático.

Chang:
- Feio...
... é a mãe.


Hilário!
E Chico Buarque deve ter se inspirado aí para fazer sua bela canção Paratodos.

nu!!!


Jude Law.

quanto vale um jornalista?


Saída com um querido amigo ontem para tomar um caldo - eu escolhi - devido ao inicio de forte gripe.

Mas se nem o conhaque com limão deu jeito de vez na dita, pelo menos nos divertimos muito falando de tudo.
Como da nossa turminha de jornalismo.

A idade da maioria dos alunos ficava na faixa de 20 anos e eu poderia ser o pai - ou mãe - de todos, pois fiz jornalismo muito tempo depois da primeira faculdade de Letras.

É claro que eles também devem dizer horrores da gente, mas o que eu e meu amigo relembramos é o susto e o assombro com tantos jovens em tenra idade e com alto grau de reacionarismo e mediocridade.

Arre!
Pobre, e assustadora, juventude.

babaloo


Foi mais uma vez o São Canal Brasil que me permitiu cobrir uma lacuna de um filme que há muito queria assistir:

- Os Monstros de Babaloo, de Elyseu Visconti.

Muito legal o filme, está ali toda a essência do foi o Cinema Marginal - é libertário, é debochado, é provocativo, é político, é exasperado, é poético.

Não bastasse a musa maior Helena Ignez, o elenco ainda tem uma jovem e espetacular Betty Faria, com toda a sua entrega para o cinema - na época em que me deu entrevista para o site Mulheres do Cinema Brasileiro ela disse que nunca tinha assistido esse filme.

E tem também a saudosa Tânia Scher, todas elas em volta do divertido Rei da Marmelada.

Mas se todos estão bem no elenco, vale ressaltar as presenças deliciosas de Zezé Macedo e Wilza Carla (na foto com Betty Faria) - é o melhor trabalho que já assisti de Wilza, cômico mas também com tons dramáticos.

E Zezé Macedo está impagável como Prinéia.


quarta-feira, 6 de maio de 2009

serie deusas (37)


Anna Magnani.



Nu!!!

serie o ator e a personagem (18)


Carlos Kroeber é
Thimóteo.




A Casa Assassinada (1971),
de Paulo Cesar Saraceni.



saravah


Enfim assisti o documentário Saravah, que o francês Pierre Barouh dirigiu no Brasil em 1969 por estar completamente apaixonado pelo samba.

Gostei muito de ver, pois é um registro quase de fundo de quintal, sobretudo na roda formada por Paulinho da Viola e Maria Bethânia - ao lado de Leina Krespi, em que os dois, jovenzinhos, cantam velhos e novos sambas.

E é impressionante também as imagens de uma Bethânia vigorosa em seus 21 anos, com closes repetidos de seu rosto e sem som, fotografando aquela menina cheia de garra, vontade e tesão, e que tinha vindo mesmo para ficar - o filme é de quatro anos após sua revelação para o país.
E nunca tinha escutado ela cantar Tropicalia.

Lindas também as imagens de Pixinguinha, João da Baiana Baden Powel e Márcia - interessante o encontro dos dois últimos mais banda em uma jam session regada a baforadas sem fim de cigarro. Baden, inclusive, suga tão avidamente um que parece ser extensão de sua música.

Sempre gostei de ouvir Samba da Benção. Seja na versão clássica de Vinicius como na mais ou menos recente leitura de Bethânia.
E sempre gostei também da versão francesa, tanto na voz de Pierre Barouh, como na de Elis Regina.

Como não entendo o francês, só não sbia que na versão a letra é completamente diferente.
É mais um testemunho do próprio Barouh sobre o seu fascinio pela descoberta do samba

A letra em português é muito mais bonita, mas a melodia continua linda e o fraseado em françês é bem sedutor.

serie grandes filmes (15)


Corações Loucos (Les Valseuses - 1974),de Bertrand Blier.

Filme amado na minha descoberta de cinefilia nos anos 80, Corações Loucos é um daqueles filmes que só mesmo os franceses parecem saber fazer, com toda a profundidade de história e personagens, mas aqui com uma leveza irresistível imprimida pelo diretor Bertrand Blier.

Miou-Miou, Gerard Depardieu e Patrick Dewaere são jovens, irresponsáveis e às voltas com pequenas deliquencias por onde passam - os três atores estão ótimos e em perfeita sintonia.

No caminho, eles encontram personagens tão interessantes quanto eles, como mulheres, e atrizes, fascinantes:

- Brigitte Fossey como a mãe que amamenta o filho em um vagão de trem;
- Isabelle Huppert, em um de seus primeiros trabalhos,;
- e a presença estonteante de Jeanne Moreau como uma mulher que sai da prisão e protagoniza uma das melhores e mais impactantes sequências do filme.

nu!!!


Hugh Jackman.

serie grandes atores (18)


Lima Duarte.

Li certa vez Lima Duarte reclamando que as pessoas não lhe dão verdadeiro crédito pelos trabalhos no cinema.

Concordo plenamente!

Muito popular na televisão, onde eternizou personagens como Zeca Diabo em O Bem Amado (1973 - novela; e 1980/84 - série), de Dias Gomes; e Sinhozinho Malta em Roque Santeiro (1985), também de Dias, Lima Duarte tem momentos luminosos no cinema nacional:

o safadíssimo Osíris de Guerra Conjugal (foto), de Joaquim Pedro de Andrade;

o estuprador do episódio O Arremate, de Eduardo Escorel, de Contos Eróticos;

o tirânico Noronha de Os Sete Gatinhos, de Neville D´Almeida;

o obstinado Sargento Getúlio, de Hermanno Penna;

o Guimarães de Lua Cheia, de Alain Fresnot;

o possessivo pai ém A Ostra e o Vento, de Walter Lima Jr;

o Osias de Eu, Tu, Eles, de Andrucha Waddington;

o Bispo de O Auto da Compadecida, de Guel Arraes;

o galanteador Freitas de Depois Daquele Baile, de Roberto Bomtempo;

e muitos outros...

GRANDE ator.

en(cantados)


Como X-Men: Origens, Palavra Encantada tem abertura de créditos linda.

Mas ainda bem que, ainda que seja um tanto careta, o documentário de Helena Solberg sobre música e poesia não desanda tanto quanto o do guapo Wolverine, que fica assim assim - só cresce um pouco mais para o final.

Gosto mais dos outros filmes da cineasta, "Bananas is My Business" e "Vida de Menina" - esse último com Ludmila Dayer arrasando.

Palavra Encantada tem momentos belos, como a chegada do GRANDE Antonio Cícero ao som da mana cantando poema que ele fez para o pai.

Já contei aqui que uma das minhas noites memoráveis foi tomando vinho ao lado de Cícero em uma edição do projeto Sempre Um Papo em BH.

Na época, eu que já gostava, apaixonei-me perdidamente.
Ele é uma coisa!
Inteligente, agradável, doce.

E, durante a sessão do filme, me vi relembrando momentos bons ao lado de alguns dos que aparecem na tela.

Como também uma tarde comendo um sanduíche ao lado de Arnaldo Antunes - ele também comendo - e usufruindo a inteligência não menor desse outro danado.



segunda-feira, 4 de maio de 2009

serie deusas (36)


Bette Davis.



Nu!!!

coutinho ficcional


Que Eduardo Coutinho é o nosso mais aclamado documentarista, isso todo mundo sabe.

Agora o que não sabia é como ele era ótimo também na ficção.
Finalmente assisti O Homem Que Comprou o Mundo (1968), farsa deliciosa e que reúne elenco estelar:

- Flávio Migliaccio e Marília Pera em estado de graça - ela estreando no cinema.

E mais Hugo Carvana, Raul Cortez, Cláudio Marzo, Jardel Filho, Carlos Kroeber, Milton Gonçalves, Paulo Cesar Peréio, Marcia Rodrigues, Rogéria - fazendo uma espiã igual em A Maldição de Sampaku, de Jose Joffily, e muitos outros.

Eduardo Coutinho era um diretor de ficção - dirigiu também episódio de ABC do Amor e Faustão.

O documentário Cabra Marcado para Morrer, um dos melhores filmes brasileiros de todos os tempos, nasceu ficção, mas interrompido pela ditadura militar, foi concluído como documentário. E aí redirecionou a trajetória de Coutinho.

Mas se ele é mestre no documentário, na ficção também brilha.
Pelo Menos em O Homem que Comprou o Mundo é assim.

Quero muito ver os outros filmes de ficção do cineasta.

serie o ator e a personagem (17)


Monique Lafond é
Margarida Maria.





Eu Matei Lucio Flávio (1979),
de Antonio Calmon.

o fundo do coração de tom waits


Ok.
Eu sei que essa história de lista dos 100 mais é sempre uma furada.

Mas é incrível como que na lista das 100 Melhores Trilhas Sonoras do Hollywood Reporter, que é majoritariamente de trilhas americanas, não conste uma das mais lindas de todos os tempos.

Estou falando de O Fundo do Coração, trilha de Tom Waits para filme que Francis Ford Coppola dirigiu em 1982.

Adoro esse filme, que tem Teri Garr, Frederic Forrest, Raul Julia e a deusa Nastassja Kinski em uma deliciosa história de amor.

E a trilha sonora é de arrasar.
Tinha o vinil, mas nunca vi em CD.

O filme está sendo lançado, finalmente, em DVD pela Lume Filmes.