quarta-feira, 6 de maio de 2009

saravah


Enfim assisti o documentário Saravah, que o francês Pierre Barouh dirigiu no Brasil em 1969 por estar completamente apaixonado pelo samba.

Gostei muito de ver, pois é um registro quase de fundo de quintal, sobretudo na roda formada por Paulinho da Viola e Maria Bethânia - ao lado de Leina Krespi, em que os dois, jovenzinhos, cantam velhos e novos sambas.

E é impressionante também as imagens de uma Bethânia vigorosa em seus 21 anos, com closes repetidos de seu rosto e sem som, fotografando aquela menina cheia de garra, vontade e tesão, e que tinha vindo mesmo para ficar - o filme é de quatro anos após sua revelação para o país.
E nunca tinha escutado ela cantar Tropicalia.

Lindas também as imagens de Pixinguinha, João da Baiana Baden Powel e Márcia - interessante o encontro dos dois últimos mais banda em uma jam session regada a baforadas sem fim de cigarro. Baden, inclusive, suga tão avidamente um que parece ser extensão de sua música.

Sempre gostei de ouvir Samba da Benção. Seja na versão clássica de Vinicius como na mais ou menos recente leitura de Bethânia.
E sempre gostei também da versão francesa, tanto na voz de Pierre Barouh, como na de Elis Regina.

Como não entendo o francês, só não sbia que na versão a letra é completamente diferente.
É mais um testemunho do próprio Barouh sobre o seu fascinio pela descoberta do samba

A letra em português é muito mais bonita, mas a melodia continua linda e o fraseado em françês é bem sedutor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário