sábado, 7 de março de 2009

i love to love



A gordinha mais amada dos anos 70.


Tina Charles.


Uma rainha que fez mais felizes os meus dias daqueles tempos infelizes.


E como eu dancei.

série deusas (13)


Anna Karina.


Nu!!!

onde está o dinheiro? o gato comeu, o gato comeu e ninguém viu


Caetano Veloso vai lançar seu novo disco em uma casa de São Paulo.
Mas a produção já avisou, como o lugar é pequeno vai precisar de patrocínio.

patrocínio, patrocínio, patrocínio...

É curioso. Não deve nem ser esse o caso, de patrocínio via lei de incentivo.

Mas quando é lei de incentivo vejo um pensamento torto.
Quando ele é extremamente necessário, acho o patrocínio via Lei de Incentivo válido. Mas há uma corrente que diz que nomes consagrados e de real importância nem deveriam correr atrás de captação, que a renovação deveria ser automática.

Pois eu penso exatamente o contrário.

O incentivo deveria ser, antes de tudo, para incentivar quem ainda tem dificuldades para realizar e mostrar seu trabalho - e desde que seja necessário que esse trabalho seja realizado e mostrado via dinheiro incentivado, claro. Difícil definir quem estaria nesse bojo? Sim. Mas o que não falta nesses país é comissão para tudo.
Ou para quem faça um trabalho que realmente faça sua área avançar, como os trabalhos experimentais de qualidade, por exemplo.

Mas no geral, acho impressionante que artistas consagrados e há décadas em evidência ainda precisem desse tipo de incentivo.

Já não deveriam andar pelas próprias pernas?

a face do mal ou o ninho da serpente



A Igreja Católica e mesmo impressionante.


Eu até entendo os dogmas, mas o mundo está de cabeça para baixo, e a igreja segue solene sem pestanejar.


É assim com a Aids, com a união civil dos homossexuais, com os padres militantes, com os direitos das minorias, e tantas outras urgências.


O caso de estupro da menina de nove anos pelo padastro, seguido do aborto autorizado pela mãe; e a excomunhão dela e da equipe médica pelo Arcebispo de Recife, José Cardoso Sobrinho, e confirmada pelo Vaticano, vide cardeal Giovanni Battista Re, é o último escândalo.


Pelo visto, o inferno terá que trabalhar 24 horas e nem assim vai dar conta dessa gente.

caramuru


Os diálgos de Guel Arraes e de Jorge Furtado em Caramuru - A Invenção de Brasil, que está passando agora no Canal Brasil, são deliciosos. Além disso, são ditos por uma turma de atores de primeira.


E que elenco:

- Selton Mello, Débora Bloch, Luís Mello, Diogo Vilella, Pedro Paulo Rangel, Tonico Pereira, Camila Pitanga e Débora Secco.



de morrer de tanta beleza


Contratempo, o filme dirigido pela Malu Mader e pela Mini Kerti é uma beleza (veja entrevista com Malu no site Mulheres do Cinema Brasileiro)

E é impressionante como elas encontraram entre os jovens músicos da periferia carioca que integram ou integraram o projeto social Villa-Lobinhos tantas histórias ótimas.


Quando assisti, na praça em Tiradentes, durante a Mostra de Cinema, essa valsa quase me matou.

É de uma beleza doída e arrebatadora. Não à tôa o nome.


Pena não ter encontrado na interpretação dos meninos:

sexta-feira, 6 de março de 2009

preparador de elenco


Ontem gravei Madame Satã, do GRANDE Karin Ainouz, exido no Canal Brasil, e fiquei revendo algumas partes.

O filme continua soberbo na reavaliação, mas além da maestria do cineasta - dos homens, o meu preferido pós-retomada ao lado de Beto Brant - o que novamente me saltou aos olhos foi a química perfeita entre Lázaro Ramos, Marcélia Cartaxo e Flávio Bauraqui. Que elenco! São três interpretações geniais e completamente em diálogo perfeito.

Só me lembro assim, apressadamente, de mais dois filmes desse mesmo período da Retomada, em que TODO o elenco está perfeito: Cidade de Deus, de Fernando Meirelles e Kátia Lund; e Chega de Saudade, de Laís Bodanzky.

O curioso é que todos três contaram com a participação de preparadores de elenco, essa função em evidência no cinema brasileiro atual - ainda que venha de longa data- e tão polêmica. Madame Satã com Luiz Henrique, Cidade de Deus com Fátima Toledo, e Chega de Saudade com Sérgio Penna.

Eu não tenho nada contra. Mesmo porque, só para ficarmos nesses três exemplos, o resultado é excelente. Ainda consigo reviver o impacto daquele elenco tão maravilhoso e quase todo desconhecido de Cidade de Deus, em que todos estavam ótimos, as crianças, os jovens, os velhos; e o quão sublime estão todos aqueles veteranos e também os mais jovens em Chega de Saudade.

E revendo Madame Satã, essa função do preparador de elenco ganhou mais um ponto comigo.
O que são Lázaro, Marcela e Bauraqui nesse filme?
Geniais!


série grandes filmes (4)


O Raio Verde,
de Eric Rohmer.


Nos anos 80 e 90 eu era cinéfilo de carteirinha, daqueles de sair correndo de um filme para o outro e de chegar a ver três num dia só.

Hoje, gosto cada vez menos de ir ao cinema, a não ser para assistir cinema brasileiro, claro. E só vejo mais de um filme no cinema quando estou acompanhando mostras.

E é da década de 80 esse iluminado filme - 1986 - dirigido pelo mestre francês Eric Rohmer.


Como amo "O Raio Verde".
E como amo a atriz Marie Rivière e sua doce, perdida e frágil Delphine.

Filme e personagem me acompanham para todo o sempre.

na onda discoteque da américa do sul


Na ótima minissérie Anos Rebeldes, Gilberto Braga - maior novelista vivo, ao lado de Sílvio de Abreu - colocou Pedro Cardoso como seu alter-ego, um sujeito alienado, ao lado dos engajados Cássio Gabus Mendes e Cláudia Abreu, e da individualista Malu Mader.

Em entrevistas, Gilberto disse que nos anos 60, na época retratada, ditadura brava - e não ditabranda como quer a Folha - ele ficava à margem da efervescência política.

Fazendo um paralelo mitidíssmo - eu e Gilberto Braga - nos anos 70, com a ditadura mais brava ainda, os terríveis anos de chumbo, eu também só queria saber de sacolejar as cadeiras na onda discoteque da américa do sul. Estava com 15 anos nos embalos de sábado à noite.

Só nos 80, com 17 para a frente, é que comecei a me dar conta de onde estava, e aí participar de reuniões secretas do PCB, das manifestações primeiras do PT, e de passeatas mil em BH.

Mas lá em 77, eu amava era isso (e amo até hoje):
http://www.youtube.com/watch?v=HwPKz8WfbWk&feature=related

série deusas (12)


Julie Delpy.


Nu!!!

samantha


Para muita gente A Feiticeira e Jeannie, é um Gênio é uma espécie de Emilinha x Marlene.

Mas eu não tenho dúvida:
- a minha preferida é essa aí acima.

A Feiticeira.
O seriado mais adorável de todos os tempos.

série grandes novelas (7)


Mulheres de Areia,
de Ivani Ribeiro.

Ok, Glória Pires é GRANDE atriz, e a segunda versão que foi ao ar na Globo, em 1993, realmente foi um arraso e fez muito sucesso.

Mais ainda sim não é pareo, pelo menos na minha memória, para a primeira versão, na Tupi, em 1973/1974, da autoria da mesma mestra Ivani Ribeiro, e interpretada por Eva Wilma.

Eva, como sempre, deu show, e sua Raquel, maquiavélica e divertida, marcou minha infância.

E tinha também Gianfrancesco Guarnieri como Tonho da Lua, né?

Inesquecível, desde a abertura:
http://www.youtube.com/watch?v=J1l9FYubeOM

quinta-feira, 5 de março de 2009

jeremias, sérgio e daniel


O Menino da Porteira, de 1977, dirigido por Jeremias Moreira e protagonizado por Sérgio Reis, teve público de 3.130.454 - segundo dados oficiais da Embrafilme, conforme Maria do Rosário Caetano divulgou em seu Almanaque.


Qual será o público da nova versão dirigida pelo mesmo Jeremias Moreira, mas dessa vez protagonizado por Daniel?


O filme estréia amanhã em várias capitais.


série grandes atores (7)


Ênio Gonçalves.

Não é à tôa que o GRANDE cineasta Carlos Reichenbach vive dizendo que o ator Ênio Gonçalves é o seu alter-ego. Afinal, ninguém melhor que ele para dar a medida exata ao personagem-farol do Carlão no notável Filme Demência (foto - com Emílio di Biasi ao fundo).

Mas a primeira vez que vi o ator nem foi no cinema, foi em novelas, mais precisamente em Xeque-Mate, de Walter Negrão e Xico de Assis, em 1976. Na novela, ele fazia um personagem ambíguo chamado Aldo, às voltas com a personagem de Lilian Lemmertz, e eu o achava fabuloso.

Só muito tempo depois é que acompanhei seu trabalho no cinema. E se os trabalhos com Carlão podem ser seu cartão-postal, ele tem outros tantos trabalhos memoráveis como em A Noite das Taras II, do essencial Ody Fraga.

irresistíveis


Tudo bem que o longa alongou-se demais - para ficar em um trocadilho infame.

E que também aquela quinta personagem, a da Jennifer Hudson, não teve nada a ver.

Mas que a série da TV é irresistível isso é.

E não tem uma vez em que estou zapeando e que dou de cara com a Carrey, Miranda, Samantha e Charlote que não pare e assista até o final.

Já nasceu clássico.

e ele ainda nas aulinhas de inglês


Juro que tentei aprender a língua dominante, mas não houve jeito.

E olha que as tentativas foram muitas.

Mas ficou algumas lembranças queridas desse trajetória:
- o cantarolar de What a Wonderful World com a jovem professora que morreu pouco tempo depois;
- as aulas divertidas com a Cinthia, uma outra professora;
- e, sobretudo, as primeiras tentativas, aos 11 anos, tentando aprender naquelas velhas aulas da TV com professores marcando com a régua o fraseado da música no quadro verde.

E dentre as músicas inesquecíveis dessas aulas está a dessa dupla aí acima.
Uma maravilha direta do túnel do tempo.

quarta-feira, 4 de março de 2009

série deusas (11)


Vanessa Redgrave.


Nu!!!

quem ama não mata


Hoje no ponto de ônibus, me chamou atenção uma moça bem jovem que passou por mim, de mão dada com uma criança.

E o detalhe que chamou atenção foi um dos olhos dela, que estava completemante roxo.

Bom, é claro que os motivos podem ser variados, mas fiquei pensando se não era espancamento. Acho uma covardia revoltante, porque se a mulher é mais resistente - dizem - o homem, em geral, é mais forte fisicamente.

Daí, que me entristeceu.

Não caio na máxima do Nelson Rodrigues, de que as mulheres gostam de apanhar - ainda que acredite que tem muitas que devem gostar mesmo, como há homens que também gostam ( e há algo excitante nisso).

Mas no geral, o que penso é que são mesmo vítimas.
E imagino um monte de coisa, como medo e baixa auto-estima

Triste!

novidades no mulheres do cinema brasileiro


Tem conteúdo novo no meu site Mulheres do Cinema Brasileiro.

Homenagem do videomaker e cineasta Rodolfo Magalhães para a atriz Darlene Glória e para a produtora Vânia Catani.

E entrevista com a atriz Inês Peixoto (foto), do Grupo Galpão e de trabalhos no cinema como os longas Vinho de Rosas, da Elza Cataldo, e 5 Frações de Uma Quase História, produção da Camisa Listrada, além de curtas como Os Filmes Que Não Fiz, de Gilberto Scarpa.

terça-feira, 3 de março de 2009

vale quanto pesa


Como pode Angélica fazer um filme tão bacana como Zoando na TV, em 1998.


E depois fazer essa bomba que é Um Show de Verão, em 2004?

Bom, tem o fator direção, né?


série grandes livros (3)


O Cortiço,
de Aluísio Azevedo.


Tenho paixão por esse livro, que eu acho um dos melhores de toda a literatura brasileira.


João Romão, Rita Baiana, Jerônimo, Bertoleza, Pombinha.
Todos personagens inesquecíveis e embolados naquele pardieiro que cheira a sexo, suor, degradação, tristeza, alegria exarcebada e morte.


Um furacão escrito pelo maranhense em 1890 e marco do naturalismo brasileiro.


Obra-prima!

mais de cinco milhões e trezentos


Se Eu Fosse Você 2 (foto), de Daniel Filho, conseguiu ultrapassar 2 Filhos de Francisco, de Breno Silveira, e é o maior sucesso de público desde 1995, em apenas pouco mais de dois meses de exibição.


Se por um lado fico feliz por tanta gente vendo filme brasileiro, por outro é impossível não suspirar:

- pena que seja tão ruinzinho...

apesar de você


O Canal Brasil começou a reprise da série produzida pela Norma Bengell, Mulheres no Cinema Brasileiro.

É de me rasgar de ódio!
Mas uma coisa é certa: nunca mais serei ingênuo a tal ponto.

Norma Bengell (foto - capa do disco Norma canta Mulheres) é uma das cinco atrizes mais importantes do cinema brasileiro.


Mas...

"apesar de você amanhã há de ser
outro dia"

Isso há.
E ainda bem que dizem que existe o inferno.

série grandes novelas (6)


As Bruxas,
de Ivani Ribeiro.

Eu tinha apenas sete anos, mas me lembro do espanto que sentia ao ver essa novela. Ali, novíssimo, eu já percebia o quanto ela era diferente.

As Bruxas, da GRANDE Ivani Ribeiro, foi apresentada no TV Tupi, em 1970.

Não me esqueço de uma grande bancada onde os personagens ficavam, um ao lado do outro, analisando alguns assuntos.

É lógico que na época eu não sabia a importância desses atores, e só mesmo muito tempo depois descobri que era uma dos maiores elencos já reunidos para uma novela, com nomes como Nathália Timberg, Maria Della Costa, Walmor Chagas, Odete Lara, Lima Duarte, Lélia Abramo, Walter Forster, Cláudio Corrêa e Castro, Débora Duarte, Tony Ramos, Joana Fomm.

Um deslumbre e uma novela corajosa, dessas que não têm vez mais hoje nas emissoras.

70 anos de um gênio


Como sempre é o Canal Brasil, pelo qual rezo de joelhos a cada dia, que faz a mais linda homenagem aos 70 anos de nascimento do gênio Glauber Rocha.

Começou ontem a exibição da obra quase completa do cineasta e mais outros trabalhos afins. E já começou matadora, com um Retratos Brasileiros desconcertante, como era o próprio, e mais Pátio, Maranhão 66 e Amazonas, Amazonas.

E vem muita coisa boa por aí, pois além dos clássicos todos - tem Claro, que adoro- tem também olhares sobre o cineasta de arrepiar, como o belíssimo Diário de Sintra, de Paula Gaitán.

São poucas coisas no mundo que acho imperdíveis, mas essa homenagem é uma delas.

segunda-feira, 2 de março de 2009

série deusas (10)


Gong Li.



Nu!!!

o vigilante rodoviário


O Canal Brasil é mesmo um arraso, de longe o melhor canal de toda a TV paga.

Na segunda, dia 9, vai começar a exibir O Vigilante Rodoviário, primeiro seriado brasileiro para a TV rodado em película.

O Canal Brasil remasterizou 36 episódios - segundo fontes na internet, o seriado teve um total de 38.

O Vigilante Rodoviário foi exibido na TV Tupi, na década de 60. Na direção, o grande cineasta Ary Fernandes, na produção o incansável Alfredo Palácios, e no elenco Carlos Miranda, como Carlos, e seu inseparável companheiro Lobo.

Vou gravar todos.

série grandes filmes (3)


Queridas Amigas,
de István Szabó.

Um dos mais memoráveis filmes dos anos 90.

Dirigido pelo mestre István Szabó, de outras belezas como Mephisto e Coronel Redl, Queridas Amigas é o melhor - e mais pungente - retrato da queda do comunismo.


Doloroso sôco no estômago.


sessão flash memories

Na onda discoteque da América do Sul
ela arrasava.

Como atriz continua bonita até hoje.

Mas naquela época, além de linda, ela entoava essa musiquinha que fez um sucesso danado e que eu adorava.

jovens tardes de domingo (e de sábado)


A TV paga não é nenhuma Brastemp, pois justo na hora que a gente quer assistir algo de interessante não se encontra nada - a não ser no Canal Brasil, onde tudo me interessa.


Mas coitado de quem só tem Tv aberta e, principalmente, no final de semana. Zapear a TV e dar de cara com os programas de auditório é no mínimo constrangedor - a exceção é Sílvio Santos, ainda soberano no ofício. Agora, Faustão, Gugu e Hulk, valha-me Deus.

Daí que faz saudades esses dois aí de cima.

Chacrinha alcançou unânimidade com sua figura tropicalista - mas não foi sempre assim não.

Já Bolinha fazia uma programa verdadeiramente popular, só que até hoje não lhe conferiram o reconhecimento que lhe é de direito.

série grandes atores (6)


Rodrigo Santiago.

Com carreira importante no teatro - atuou no marco Roda Viva -, Rodrigo Santiago também levou sua arte para a televisão e para o cinema.

Na telinha, atuou em novelas revolucionárias, como Beto Rockfeller e Gaivotas. E foi na tela grande que teve um dos encontros mais iluminados do cinema brasileiro: com o cineasta Sérgio Bianchi.

Rodrigo Santiago atuou em quatro filmes do diretor: Maldita Coincidência (1979); Romance (1988); A Causa Secreta (1994); e Cronicamente Inviável (2000).

Romance é o ponto alto desse encontro e nele Rodrigo Santiago demonstra todo o talento que fez dele um dos maiores atores brasileiros.