quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

feliz 2010!!!



Aos amigos e leitores do Insensatez e do Mulheres do Cinema Brasileiro



FELIZ 2010!!!

Muita saúde e alegrias!!!



"e vejo flores em vocês"

serie deusas (96)


Naomi Watts.




Nu!!!

longas brasileiros em 2009 (38)


Longas brasileiros assistidos ou revistos em 2009 no cinema, em DVD e na televisão.

308 - A Dama da Zona (197), de Ody Fraga ****

309 - Memórias de Um Gigolô ( (1970), de Alberto Pieralisi ****

310 - Roleta Russa (1972), de Bráulio Pedroso ***

311 - O Amante de Minha Mulher (1978), de Alberto Pieralisi ***

312 - O Homem que Descobriu o Invisível (1972), de Aldir Mendes de Souza ***

313 - Amante Latino (1979), de Pedro Carlos Róvai ***

314 - A Menina e o Cavalo (1983), de Conrado Sanchez *

315 - Como Evitar o Desquite (1973), de Konstantin Tkaczenko +


Cotações:
+ ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo

Adendo
Termino 2009 com a marca de 315 filmes brasileiros vistos ou revistos durante o ano.
Foi sensacional essa imersão, pois agora eu realmente posso falar que conheço o maravilhoso cinema nacional um pouquinho.
Em 2010 a imersão continua.

Cinema brasileiro - o melhor cinema do planeta!!!

serie grandes comediantes (15)


Zacarias.





Deuses do riso.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Zingu! no ar


Toda mudança dá dor de cabeça. Sei muito bem o que é isso com o meu site, o Mulheres do Cinema Brasileiro.

Daí que com a Zingu! não tem sido diferente, depois que passou do formato blog para o formato site.

Por isso, por enquanto (essa edição), esqueçam o link-inseto ao lado e curtam a nova edição da Zingu no link abaixo.

A edição faz um mergulho no cinema paulista dos anos 80, com dossiê do ótimo André Klotzel mais textos sobre alguns filmes que marcaram o momento e a história do cinema nacional, como Cidade Oculta, de Chico Botelho, e Anjos da Noite, de Wilson Barros.

Vale destacar os textos do amigo Sérgio Andrade sobre a trilogia da dupla Ícaro Martins e José Antonio Garcia e também sobre a musa Emmanuelle Béart.

Sérgio está se despedindo da Zingu como colaborador fixo e passa ser colaborador especial (o que quer dizer, ocasional) - e não adiantou em nada meus protestos por perder seu brilhantismo (ele não se comoveu).

Nessa edição, coube a mim participar do dossiê de André Klotzel fazendo um artigo confessional sobre o impacto que foi assistir seu curta Jaguadarte, com a amada Zezé Macedo.

E também mais um número da coluna Inventário Grandes Musas da Boca.

A musa e bela da vez é Magrit Siebert (foto), nome pouco lembrado - foi musa de Clerey Cunha -, mas importante na impressionante galeria feminina da Boca do Lixo.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

cinema nacional 2009


2009 não foi dos melhores anos para o cinema nacional.

De qualquer forma, segue minha lista com os 20 melhores lançamentos do ano que assisti no circuito de BH (depois de Loki, divididos em blocos e em ordem alfabética):

1 - Loki - Arnaldo Baptista, de Paulo Henrique Fontenelle.

1º bloco

- Apenas o Fim, de Matheus Souza
- Cidadão Boilesen, de Chaim Litewski
- Contratempo, de Malu Mader e Mini Kerti
- É Proibido Fumar, de Anna Muylaert
- Os Famosos e os Duendes da Morte, de Esmir Filho
- A Festa da Menina Morta, de Matheus Nachtergaele
- Fronteira, de Rafael Conde
- Hotel Atlântico, de Suzana Amaral
- Juventude, de Domingos Oliveira
- Moscou, de Eduardo Coutinho
- No Meu Lugar, de Eduardo Valente
- Se Nada Mais Der Certo, de José Eduardo Belmonte
- Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei, de Claudio Manoel, Micael Langer e Calvito Leal

2º bloco

- À Deriva, de Heitor Dhalia
- Besouro, de João Daniel Tkhomiroff
- Divã, de José Alvarenga Jr
- Jean Charles, de Henrique Goldman
- Verônica, de Maurício Farias

3º bloco

- A Canção de Baal, de Helena Ignez
- O Diário de Sintra, de Paula Gaetán
- Vida, de Paula Gaetán

Obs.: esses três filmes estão separados porque foram assistidos em festivais e ainda não foram lançados comercialmente em BH.

Menção Especial:
- Praça Saens Peña, de Vinícius Reis
- Salve Geral, de Sérgio Rezende

sábado, 26 de dezembro de 2009

serie deusas (95)


Julie Newmar.




Nu!!!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

feliz natal


Faço uso dessa imagem da capa de A Harpa e a Cristandade, disco clássico da minha infância, para desejar a todos os leitores e amigos do Insensatez e do Mulheres do Cinema Brasileiro


UM FELIZ NATAL!!!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

longas brasileiros em 2009 (37)


Longas brasileiros assistidos ou revistos em 2009 no cinema, em DVD e na televisão.

288 - Vítimas do Prazer - Snuff (Foto-1977), de Cláudio Cunha *****

289 - O Prisioneiro do Sexo (1979), de Walter Hugo Khouri *****

290 - Cala a Boca Etelvina (1958), de Eurídes Ramos *****

291 - Aguenta Coração (1983), de Reginaldo Faria *****

292 - Gringo, O Último Matador (1972), de Tony Vieira ****

293 - Enigma Para Demônios (1974), de Carlos Hugo Christensen ****

294 - Os Devassos (1972), de Carlos Alberto de Souza Barros ***

295 - Sadismo, Aberrações Sexuais (1982), de Fauzi Mansur ***

296 - Os Sensuais (1977), de Gilvan Pereira ***

297 - Café na Cama (1973), de Alberto Pieralisi ***

298 - Nós... Os Amantes (1978), de Wilson Rodrigues ***

299 - Pedro Canhoto, O Vingador Erótico (1973), de Raffaele Rossi ***

300 - Bacalhau (1976), de Adriano Stuart ***

301 - As Amiguinhas (1979), de Carlos Alberto de Almeida ***

302 - O Diabo na Cama (1988), de Michele Massimo Tarantini **

303 - Será Que Ela Aguenta? (1977), de Roberto Mauro **

304 - Procuro Uma Cama (1982), de Deni Cavalcanti **

305 - Uma Cama Para Sete Noivas (1979), de Raffaele Rossi +

306 - A Filha de Calígula (1981), de Ody Fraga +

307 - Embarque Imediato (2009), de Allan Fieterman +



Cotações:
+ ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo

serie grandes cineastas (23)


Suzana Amaral.




Patrimônio nacional.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

musa moderna


Sempre gostei da Wanderléa.

É uma das cantoras mais bonitas de se ver em um palco. É moderna, tem estilo.

Uma vez assisti a um show dela em Belo Horizonte, ao ar livre, à noite, e fiquei deslumbrado.

Adoro vê-la dançando no palco - como adoro ver a Elke Maravilha dançando também. São duas presenças arrebatadoras no tablado.

Ontem assisti no Canal Brasil ao show Nova Estação, originário do disco que deu o APCA e o Grammy latino para Wanderléa.

Justíssimo.

O show é lindo, e fiquei curioso para ouvir o disco.

Dia Branco, de Geraldo Azevedo, é uma das nossas mais belas canções, e a interpretação de Wanderléa é 10.

Como é também para My Funny Valentine.

Um showzaço!

nu!!!


Richard Gere.

domingo, 20 de dezembro de 2009

atualizações no mulheres


Acabei de fazer atualizações no meu site, o Mulheres do Cinema Brasileiro.

Tem ótima conversa com a atriz e musa Novani Novakoski, que me concedeu entrevista em que fala da carreira, dos bastidores, da Boca do Lixo, e comenta sobre todos os seus filmes.

Novani fez mais de uma dezena de filmes em apenas três anos, 1977 a 1979, e na entrevista conta porque abandonou a carreira.

Novani Novakoski foi dirigida por mestres da Boca, como Ody Fraga, o mítico Tony Vieira e o nosso amado Walter Hugo Khouri, em O Prisioneiro do Sexo.

Tem também perfil da atriz Lady Francisco, e homenagem de David Cardoso para duas musas absolutas.

E ainda fiz uma retrospectiva (incompleta) de filmes brasileiros lançados em 2009 a partir dos breves comentários que faço para a Rádio Alvorada FM, em BH.

http://www.mulheresdocinemabrasileiro.com/index.htm


sábado, 19 de dezembro de 2009

serie deusas (94)


Jennifer Jones.




Nu!!!

as amiguinhas...


O cinema brasileiro dos anos 70 é realmente fantástico e inacreditável.

Ontem assisti um daqueles filmes que só o cinema nacional sabia fazer.

O nome?
- As Amiguinhas, de Carlos Alberto Almeida (1979).

O centro da trama é a relação lésbica, mas não há sequer uma cena de beijo - no máximo, a garotinha mais jovem aparece deitada, duas vezes, esfregando os peitos e fazendo cara de tesão.

E falando em cara, a cara de safada de Diva Medrek para as outras amiguinhas - são mais três, além de outra que ela bolina no cinema - é hilariante.

E os diálogos são um show à parte.

Cena 1:

O carro está parado com duas amiguinhas em um terreno baldio. (É um passat? Talvez, entendo de carro igual entendo de futebol) Só vemos o carro e ouvimos os diálogos entremeados por sussuros:

- Júlia, ai, loucura deliciosa, eu morro de prazer, por favor eu não aguento mais, pare.
Mas por que parou?

- Você pediu.

- Mas não é para obedecer, continue, isso, assim, carícias loucas, vai, não pare, jamais Júlia, Júlia, Júlia...

***********

Cena 2:

As quatro amiguinhas estão tomando o café da manhã na barraca na praia.

Primeira amiguinha:
- Você quer muito ou pouco açúcar?

segunda amiguinha:
- Gosto de tudo bem doce.
Se dependesse de mim o mundo seria em picolé.
Já imaginaram todo mundo se chupando uns aos outros?

terceira amiguinha:
- Coitado dos diabéticos.

quarta amiguinha:
- Por que?

De volta para a terceira amiguinha:
- Não iam poder chupar.


*************


Pode? (rsrs)

Como diria o personagem de Pedro Cardoso, hilariante em Todo Mundo Tem Problemas Sexuais, de Domingos Oliveira:
- Poooooode!!!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

serie grandes comediantes (14)


Consuelo Leandro.




Deuses do riso.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

deixa eles entrarem


Nesse ano que se finda fui poucas vezes ao cinema para ver filme estrangeiro.

Ontem fui para ver Abraços Partidos, de Pedro Almodovar.

Não é o melhor Almodovar, mas continuo gostando muito.

Achei o filme alongado, mas tem a assinatura inconfundível do cineasta e da qual gosto muito - como na hora em que é revelado uma paternidade e o personagem fala "ah é, que legal".

Ou seja, sem dramas, marca desse desconcertante cineasta que é capaz de falar sem pudor em seu cinema das mais variadas formas de sexo, de pedofilia, de estupro e de amor com o pé acelerado no melodrama - gênero que adoro.

Foram poucos filmes estrangeiros esse ano, mas dos vistos, alguns fundamentais e que adorei, como

o desconcertante Anticristo, de Lars Von Trier;
e o perturbador Deixa Ela Entrar (foto), de Tomas Alfredson.

(Vicky Cristina Barcelona foi do ano passado?)

Cada um deles valeu a pena e muito em deixar o meu mergulho profundo na filmografia do cinema nacional ao qual me propus.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

serie grandes damas da tv (38)


Arlete Montenegro.




Salve Salve!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

olhos de farol


Reconhecer o cinema popular, sobretudo o dos anos 70, não quer dizer fazer oposição ao Cinema Novo como vejo muito por aí.

Muitos dos melhores filmes do cinema brasileiro que já assisti são do Cinema Novo - Vidas Secas, de Nelson Pereira dos Santos, Terra em Transe, de Glauber Rocha, A Grande Cidade, de Carlos Diegues, O Padre e a Moça, de Joaquim Pedro de Andrade, A Falecida, de Leon Hirszman, A Casa Assassinada, de Paulo Cesar Saraceni, e tantos outros.

Glauber Rocha é realmente um gênio do cinema político, como Nelson Pereira dos Santos é gênio do cinema social, e Paulo César Saraceni é gênio do cinema existencial.

E Walter Hugo Khouri é gênio do cinema existencial, como Cláudio Cunha e Jean Garret são gênios do cinema popular.

É claro que essas definições são reducionistas frente ao rico e causaloso cinema de cada um deles, mas aqui vai só mesmo para situá-los de alguma forma, ainda que superficialmente.

Mas quando clamo pelo cinema popular, é porque está mais que na hora da crítica, pesquisadores e grande público também conhecerem e darem o valor justo para grandes cineastas que ficam na sombra - e mesmo outros que não trafegam pelo cinema popular, mas são tão ignorados quanto.

Walter Hugo Khouri é o maior cineasta para mim, mas isso é predileção pessoal. No caso dele, vejo que se encaminha uma compreensão de sua obra, ainda que aqui e acolá leio desavisados dizendo que ele é diretor de pornochanchada.

Não vai aqui nada contra pornochanchada, pois quem me conhece e acompanha meus escritos sabe que sou profundo apreciador do gênero - só acho que, como a querida Andrea Ormond em seu obrigatório blog Estranho Encontro já escreveu, botam tudo, a produção da Boca do Lixo e muitos filmes cariocas dos anos 70, no balaio da pornochanchada, esvaziando os filmes e a própria pornochanchada.

Meu apelo é para que se dê o valor justo para o cinema genial de muitos que continuam marginalizados.

É preciso conhecer, reconhecer e falar do cinema de

Claudio Cunha
Jean Garret
Antonio Calmon
Carlos Hugo Christensen
David Neves
Haroldo Marinho Barbosa
Aurélio Teixeira
Reginaldo Faria

e tantos, tantos outros.

Por aqui, em solo brasileiro, todo dia deveria ser dia de índio,
"mas agora ele só tem o o dia 19 de abril".

gênio


Claudio Cunha.

Esse cara é gênio!!!

Acabei de assistir Vítimas do Prazer - Snuff, e fiquei embasbacado.

Do seu cinema, só falta agora assistir O Dia em que o Santo Pecou.

Com exceção de O Clube das Infiéis, que é ruinzinho demais, os outros são todos GRANDES filmes.

Quando será que vão reconhecer o genial cinema de Claudio Cunha e de Jean Garret?

Porque os outros da Boca - Candeias, Carlão e Mojica já são, né?

(minha atenção agora está voltada para Fauzi Mansur - preciso conhecer seu cinema melhor, pois adoro A Noite do Desejo).

domingo, 13 de dezembro de 2009

serie deusas (93)


Eartha Kitt.




Nu!!!

a roda gira


Annise Parker.

Eleita a primeira prefeita assumidamente gay em Houston, Texas, cidade e estado em que os direitos dos homossexuais sofrem forte oposição.

Os americanos não param de surpreender.

Leia aqui:

marcelo e eu


Curioso.

Na madrugada de sábado, dia do meu aniversário, resolvi rever O Prisioneiro do Sexo (1979), filme que gosto muito do amado Walter Hugo Khouri, e que a muito tempo não via.

Não sei se a minha cópia tá com defeito, pois todo hora agarrava, ou se é meu aparelho de DVD é que tá sujo. Mas ainda assim consegui assistir ao filme.

Minha surpresa, pois não me lembrava, é que a trama do filme acontece na festa de aniversário de Marcelo, o personagem-mor do cineasta, que estava fazendo exatamente 46 anos.

Ri muito da coincidência, e a psicanálise deve ter uma explicação sobre isso.

O que sei é que Khouri vive pontuando momentos expressivos da minha vida.

E fazer aniversário junto com Marcelo é realmente para poucos, né não?

sábado, 12 de dezembro de 2009

feliz aniversário, envelheço na cidade


Hoje, 12 de dezembro de 2009, faço 46 anos.



"É preciso estar atento e forte".


sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

longas brasileiros em 2009 (35)


Longas brasileiros assistidos ou revistos em 2009 no cinema, em DVD e na televisão.

272 - República dos Assassinos (Foto-1979), de Miguel Faria Jr. *****

273 - Paranóia (1976), de Antonio Calmon *****

274 - Tchau Amor (1983), de Jean Garret *****

275 - Como Vai, Vai Bem? (1969)

episódio Uma Vez Flamengo Sempre Flamengo, de Walkiria Salvá ***
episódio Mulher à Vista, de Alberto Salvá ***
episódio Dez Anos de Casado, de Carlos Alberto Camuryano ****
episódio Santinha do Encantado, de Daniel Chutoriansky ****
episódio O Apartamento, de Alberto Salvá *****
episódio Os Meninos do Padre, de Paulo Veríssimo ***
episódio Hei de Vencer, de Alberto Salvá *****
episódio O Grande Dia, de Carlos Roberto de Abreu *****

276 - O Descarte (1973), de Anselmo Duarte ****

277 - Fêmeas em Fuga (1984), de Michele Massimo Tarantini ****

278 - Feliz Natal (2008), de Selton Mello ****

279 - É Proibido Fumar (2009), de Anna Muylaert ****

280 - Mulheres Liberadas (1982), de Adnor Pitanga ***

281 - Momentos de Prazer e Agonia (1983), de Adnor Pitanga ***

282 -Tensão e Desejo ( (1982), de Alfredo Sternheim ***

283 - Corpo Devasso ( (1980), de Alfredo Sternheim ***

284 - A Infidelidade ao Alcance de Todos (1972)
episódio Transa, de Aníbal Massaini Neto **
episódio A Tuba, de Olivier Perroy ***

285 - Boneca Cobiçada (1980), de Rafaelle Rossi **

286 - Do Começo ao Fim (2009), de ALuízio Abranches **

287 - O Dia do Gato (1988), de David Cardoso *


Cotações:
+ ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

serie grandes cineastas (22)


Miguel Faria Jr.




Patrimônio nacional.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

ainda sobre a cena gls no cinema


Já há algum tempo, comento sobre o lançamento de filmes brasileiros na Rádio Alvorada FM, de BH, a convite da minha querida amiga Christiane Antuña e dentro da Agenda Cultural que ela edita e apresenta.

Os comentários são rápidos, mesnos de um minuto, e são só mesmo para situar o ouvinte - não são críticas.

Semanas atrás comentei sobre Quanto Dura o Amor?, de Roberto Moreira, que ousa e sai do tatibitate comum ao destacar como um de seus protagoniastas uma transsexual (Maria Clara Spinelli - foto).

Ao comentar aqui no Insensatez sobre Do Começo ao Fim citei o problema que me desagradou em Quanto Dura o Amor?, mas não ficou muito claro.

Disse que me incomodou a fraqueza dos personagens, mas não contextualizei o que quis dizer.

Daí que reproduzo abaixo o meu breve comentário na Rádio, no qual faço essa contextualização, que é o que me pareceu um filme de tese:

Quanto Dura o Amor?, de Roberto Moreira, acompanha a busca afetiva de três personagens: uma atriz, uma advogada e um escritor. Todos eles perambulam pelas noites e pelo caos urbano de São Paulo. Dessa vez, o cineasta não conseguiu o vigor apresentado em seu primeiro longa, o impactante “Contra Todos”. O problema de Quanto Dura o Amor? é que o roteiro aposta em uma tese, a do prazo de validade das relações amorosas. E aí parece que todos os personagens foram construídos para referendar esse objetivo. O tema é oportuno e interessante, mesmo porque situa o amor em lugares nem sempre mostrados com naturalidade, como a cena GLS e a prostituição. Mas ainda assim falta uma pegada na direção para que o grupo de personagens ganhasse vida mais pulsante. Elenco o filme tem, e os destaques vão todos para as atrizes Maria Clara Spinelli e Dani Carlos - a cantora - em ótimas interpretações.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

domingo, 6 de dezembro de 2009

como era cor de rosa o meu vale


Fui programador de cinema durante seis anos - e antes disso, assistente de programação em mais um tanto de anos.

Daí, sabia que programar filme com temática gay era garantia de público, pelo menos em BH onde ele comparecia em peso.

E isso porque realmente há poucos filmes com essa temática e os gays, como todo mundo, gostam de se ver nas telas e também que suas histórias sejam contadas - particularidade essencial do cinema, não é? a de nos refletir.

Ontem fui assistir Do Começo ao Fim, de Aluízio Abranches, e mais uma vez a urbe estava toda lá - além, claro, de chamar a atenção também dos heteros.

Como se sabe, o filme não fala apenas de uma relação homossexual, mas também incestuosa - e a polêmica explorada na internet fez dele um filme comentado e esperado.

O cinema de Aluízio Abranches, ainda que tenha uma "cara", pode resultar em filme de interesse como Um Copo de Cólera - que ousa em nu frontal masculino como só o cinema popular dos anos 70 sabia fazer, e vai além pois se dá direito à ereção;

( o cinema de hoje é capaz de fazer um filme todo em um quarto de motel, como Entre Lençois, e os atores, e a direção, ficarem escondendo paus e pererecas o tempo inteiro)

ou ao equivocado As Três Marias, filme que não saiu do roteiro e o que se vê na tela é uma trama atravancada e desperdício de talento.

E em Do Começo ao Fim, mais uma vez Abranches não chega lá.

Ainda que se assista ao filme com interesse, o problema crucial é o que está dito em todo canto: a ausência de conflito.

O diretor disse que quis contar uma história de amor e sem tornar pesado o tema.

Ok. Só que da forma que o roteiro foi construído, a ausência de conflito esvaziou por completo o sentido do filme.

E nem digo sobre o reles conflito entre os dois personagens, mas a compreensão em demasia de todos os personagens que cercam os dois belos moços. Principalmente o personagem de um dos pais, vivido por Fábio Assunção.

O cineasta disse também que é porque é uma família esclarecida.

Ora, por mais que a maioria de heteros ame seus amigos homos, pergunte para essa maioria se ela quer ter filhos gays? É claro que virão com a máxima de sempre: "não gostaria porque não quero que meu filho sofra". Hahaha, como se ser hetero, como eles, fosse garantia de não sofrimento. Para mim, sempre será apenas uma resposta, daquelas ensaidas com profundo sentimento... (ai, meus sais).

E no filme, ainda há o incesto, heim.

A direção acertou na personagem de Julia Lemmertz, que só com o olhar consegue passar todo o desconforto e o estar perdida frente à situação - ainda que pequena, é uma das melhores atuações da atriz no cinema, musa do cinema de Abranches.

Se em Quanto Dura o Amor?, de Roberto Moreira - onde há uma transsexual - o que incomoda é a fraqueza dos personagens - não das atrizes, que são ótimas - e que faz com que eles escapem da nossa memória, em Do Começo ao Fim incomoda mais ainda é o tom cor de rosa demais em que o filme mergulha seus personagens.

É uma pena, pois Do Começo ao Fim poderia realmente ser um bom filme.

O resultado ficou apenas um filminho bom de assistir, mas que incomoda pelo tom de artificialidade, principalmente depois que pensamos sobre ele.

sábado, 5 de dezembro de 2009

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

simone e as outras


Hoje à noite vou conferir o novo show de Simone, Em Boa Companhia, do seu disco Na Veia - convites cedidos por uma querida amiga.

Estou com altas expectativas, pois os dois últimos shows da baiana que assisti foram maravilhosos - um solo e outro com Zélia Duncan.

Outro dia fiquei pensando nas 10 maiores cantoras vivas que estejam atuantes, ou seja lançando discos novos e fazendo shows.

E Simone não fica de fora nunca dessa lista.

Quais seriam as outras, heim? As cantoras, as intérpretes, ficando de fora aquelas que também são compositoras.

Seria essa a lista?

Bethânia, Nana, Gal (ainda que um pouco reclusa), Simone, Zizi, Elza, Alcione, Elba, Beth, Fafá, Leila, Mônica, Jussara....?

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

dia mundial de combate à aids


Hoje é o Dia Mundial de Combate à Aids.

Eu, que nasci em 1963, sou da geração Aids - a geração AZT (não havia ainda o coquetel) -, pois quando a peste surgiu publicamente em 1981 estava no florescer dos 17/18 anos.

E como só fui ter vida sexual ativa aos 23, já comecei com o pau emborrachado.

A primeira vez que ouvi um depoimento sobre a doença por alguém de meu convívio foi por meu professor de literatura na época em que fazia Letras na PUC.

Ele dizia para nós sobre o terror que sentira ao ver fotos e pesquisar sobre a doença.

Mal sabíamos, todos nós, que perderíamos muitos dos nossos para essa peste avassaladora.

Muitos anos depois, assisti O Olhar Triste, documentário brasileiro lancinante sobre os soropositivos, que me emociona até hoje só de lembrar.

De minha parte, perdi enormes, grandes, médios e pequenos amigos, perdi namorados, perdi amantes, perdi conhecidos.

Para sempre a dor fez morada em meu peito por todos eles e por tantas outras vítimas.

Ainda hoje, passadas três décadas, a Aids ainda é uma doença fatal e discriminada.

Eu que estive à beira do leito de pessoas amadas que se foram, vi de perto o sofrimento delas e a dor se instalando em meu peito para sempre.

Saudades de muitas gente.
Saudades eternas!

E essa dor de fundo sem fundo em minha alma.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

nu!!!


Jorge Sanz.

a tecnomacumba de rita


Quando realizou seu premiado e incensado pela crítica Tecnomacumba, a maranhense Rita Ribeiro levou o show para váras cidades e Belo Horizonte não ficou de fora da turnê - a apresentação por aqui na Casa do Conde foi comentadíssima.

Na época, eu perdi e me arrependi bastante depois.

Pois bem, como a cantora lançou o DVD pelo selo de Bethânia, Quitanda, ela está em turnê com o show novamente, dessa vez lançando o registro.

E aí dessa vez eu fui, no sábado, e adorei!

Tecnomacumba merece mesmo todos os elogios. É o show original, belo, pulsante e nada óbvio.

Em entrevista ao Sem Censura, Rita Ribeiro explicou que quis aliar no show o transe dos terreiros ao transe das boates tecno, já que ambos vem da música e dos movimentos dos corpos.

A percepção inteligente fez a cantora acertar em cheio.

O show é dançante, com poucos momentos de balada - mas quando dá uma parada é para puro deleite, já que a cantora apresenta uma das mais belas leituras para Oração ao Tempo, de Caetano Veloso, música que marcou minha adolescência e que continua linda.

A apresentação por aqui foi no Lapa. Pena que ficou um tanto vazio para uma cantora e um show dessa magnitude - Rita Ribeiro é otima em cena.

E pena para quem perdeu, pois ainda que há o registro em DVD, estar lá cara a cara em transe com o repertório deslumbrante é daqueles momentos únicos.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

serie deusas (91)


Ursula Andress.




Nu!!!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

longas brasileiros em 2009 (34)



Longas brasileiros assistidos ou revistos em 2009 no cinema, em DVD e na televisão.

262 - Orgia ou O Homem que Deu Cria (1970), de João Silvério Trevisan *****

263 - Meu Nome É Tonho (Foto-1969), de Ozualdo Candeias *****

264 - A Herança (1971), de Ozualdo Candeias *****

265 - Manelão, O Caçador de Orelhas (1981), de Ozualdo Candeias *****

266 - As Belas das Billings (1986), de Ozualdo Candeias ****

267 - Oh, Que Delícia de Patrão (1974), de Alberto Pieralisi
episódio As Loucuras do Patrão **
episódio Um Brinde ao Patrão ***

268 - Quanto Dura o Amor? (2009), de Roberto Moreira **

269 - Deixa Amorzinho, Deixa... (1975), de Saul Lacthermacher **

270 - Manicures a Domicílio (1977), de Carlo Mossy *

271 - Seu Florindo e Suas Duas Mulheres (1978), de Mozael Silveira +


Cotações:
+ ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

terça-feira, 24 de novembro de 2009

a fala de gil


Adorei a entrevista que Gilberto Gil concedeu ao Estadão nesse domingo e na qual fala, de forma ponderada e extremamente interessante, sobre o Brasil.


Ainda que discorde fundo de sua simpatia por Fernando Henrique Cardoso - que deprezo profundamente - e da avaliação sobre a fala insultosa de Caetano Veloso sobre Lula,

bati palmas para suas palavras sobre temas como a questão racial, cota de negros, cultura negra, evangélicos, e muito mais.


atualizações no Mulheres


Como já disse por aqui, fiquei com um monte de material parado para o meu site Mulheres do Cinema Brasileiro, pois imaginava que iria inaugurar novo design para a comemoração desses cinco anos de publicação.

Mas como não consegui, vou, aos poucos, publicando as entrevistas que fiz.

Acabei de colocar lá entrevista da atriz paraíbana Soia Lira (foto), que ficou nacionalmente conhecida no teatro pelo espetáculo "Vau da Sarapalha", do Grupo Piollin, e depois no cinema como Ana, a mãe de Josué (Vinícius Oliveira), em "Central do Brasil", de Walter Salles.

Soia Lira fala da carreira no teatro e no cinema, de "Central do Brasil", Walter Salles, Luiz Fernando Carvalho, com quem fez o especial "A Mulher Vestida de Sol" e a minissérie "A Pedra do Reino, e muito mais.

Tem também homenagem de Nanego Lira, de "O Grão", de Petrus Cariry, e perfil da atriz Marta Moyano.

Publiquei por lá também outras fotos da exposição "Tony Vieira - Cineasta de Contagem".


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

serie grandes cineastas (21)


Paulo Cesar Saraceni.



Patrimônio nacional.

domingo, 22 de novembro de 2009

o lugar de eduardo valente


Finalmente estreou No Meu Lugar, o filmaço do cineasta e crítico Eduardo Valente.

Tenho um afeto genuíno por Eduardo Valente, e fiquei muito feliz ao assistir ao seu primeiro longa, pois aí tive a certeza que ele está ao lado de gente que faz o melhor cinema brasileiro atual, além de alguns veteranos - em que figuram nomes essenciais como Beto Brant, Karin Aiñouz, Tata Amaral, Eliane Caffé e Cláudio Assis.

A primeira vez que assisti No Meu Lugar foi no início do ano na Mostra de Tiradentes, e escrevi o artigo abaixo para o meu site, o Mulheres do Cinema Brasileiro.

E continua valendo, pois é um dos melhores filmes brasileiros do ano e tem interpretações gigantescas, como a do iluminado Márcio Vito e uma Dedina Bernardelli sempre ótima.

Corram pra ver.


O Lugar de Valente

“No Meu Lugar foi o filme mais esperado da 12ª Mostra de Cinema de Tiradentes”. Isso porque o cineasta Eduardo Valente tem uma carreira importante no curta-metragem e o filme é sua estréia em longas. Outro fator de destaque sobre Valente é por ter sido premiado no Festival de Cannes em 2002 pelo curta “Um Sol Alaranjado”, o que lhe garantiu a exibição de “No Meu Lugar” em uma das mostras do Festival francês. E "No Meu Lugar" não decepcionou. Mais que isso, é um filmaço!

A pré-estréia de “No Meu Lugar” foi mesmo a primeira exibição para o público e nem os atores tinham visto ainda o resultado final. A equipe participou da sessão, inclusive dois dos três protagonistas, os atores Dedina Bernardelli e Márcio Vito, além do ator mirim João Pedro Celli, o roteirista Felipe Bragança, o montador Quito Ribeiro e a diretora de arte Tainá Xavier.

Dedina Bernardelli contou no debate da Mostra que é muito controladora e por isso ficava aflita porque durante os testes e a preparação de elenco não tinha encontrado o diretor. E mais, sabia que tinha mais dois núcleos de histórias, mas não fazia idéia de que histórias seriam essas. Eduardo Valente defendeu a função de preparador de elenco, a cargo de Pedro Freire, e disse que não quis participar das escolhas na hora do teste porque não queria contato direto, estava à procura dos personagens e não dos atores. E daí, via o material gravado e fazia as escolhas a partir dele. E a opção por não revelar para os atores as diferentes histórias foi porque não queria que eles atuassem em resposta aos personagens dos outros núcleos, já que todos, mesmo sem saber como, estavam interligados.

“No Meu Lugar” focaliza três núcleos de personagens que não se encontram na tela, todos eles marcados por um fato trágico. O filme impressiona, antes de qualquer coisa, pelo domínio narrativo e a direção segura. O roteiro em parceria com Felipe Bragança, de “A Fuga da Mulher Gorila” (e mais Gustavo Bragança e Marco Dutra no desenvolvimento de alguns personagens) e a montagem de Quito Ribeiro também dão sustentação a esse vigoroso filme que confirma o talento do cineasta.

Se a procura pelos atores deu trabalho, o resultado valeu a pena, a começar pelos protagonistas. Dedina Bernardelli, atriz de carreira cinematográfica desde a década de 80 e com momentos marcantes em filmes de Ivan Cardoso e Domingos Oliveira traz a carga dramática necessária para sua personagem. Em nenhum momento ela é melodramática, mas passa a intensidade interior da personagem em uma composição precisa e econômica. Raphael Sil consegue passar para o público as mudanças sofridas pelo seu personagem, entre o cotidiano duro como entregador de supermercado, o contexto da favela em que vive e a relação amorosa com doméstica da casa epicentro da trama – um belíssimo trabalho de Luciana Bezerra.

E por fim Márcio Vito como o tenente afastado pela polícia. Se a Mostra do ano passado teve no trabalho de Eucir de Souza em “Meu Mundo em Perigo”, de José Eduardo Belmonte, um dos pontos máximos, nessa 12ª edição foi a vez de Márcio Vito. Ator de teatro com pequenas participações em filmes de Lúcia Murat (“Quase Dois Irmãos”) e “A ostra e o Vento” (Walter Lima Jr), Márcio Vito encarna seu primeiro protagonista nas telas com fôlego e intensidade marcantes. É, com certeza, trabalho para muitos prêmios de Melhor Ator.

Ainda a destacar, mais outros belos trabalhos femininos: Nívea Magno como a filha do policial; Maria Salvadora como a mâe do Beto; e Leticia Tavares como Lili.

Quem acompanha os escritos de Eduardo Valente como crítico na revista Cinética pode até não gostar de seu olhar para o cinema – eu mesmo divirjo bastante, ainda que tenha interesse por sua escrita e muito mais pelo seu olhar mais evidenciado nos debates que nos textos. Já o cineasta é da mais alta linhagem.

serie deusas (90)


Jutta Lampe.




Nu!!!










(Foto: Ruth Walz)

sábado, 21 de novembro de 2009

o cinema de ozualdo candeias


Desde quinta-feira que está acontecendo em BH um dos mais bacanas festivais de cinema:

O ForumDoc.BH. 2009 - 13º Festival do Filme Documentário e Etnográfico
Fórum de Antropologia, Cinema e Vídeo.

E se a programação é sempre legal, a desse ano abriga um presenta para cinéfilos e pesquisadores:

- a Mostra Ozualdo Candeias.

São 18 filmes.

5 longas:
- A Herança
- As Bellas da Billings
- Manelão, o Caçador de Orelhas
- Meu Nome É Tonho
- A Margem (foto)

2 médias:
- Zézero
- Candinho

11 curtas
- Rodovias
- Polícia Feminina
- Uma Rua Chamada Triunpho
- Uma Rua Chamada Triunpho (2)
- Bastidores da Filmagem de um Pornô
- Cinemateca Brasileira
- Ensino Industrial
- Tambaú
- Bocadolixocinema
- Casas André Luiz
- Lady Vaselina

Dos longas não tinha visto A Herança, que assisti ontem e adorei.
E não conheço Meu Nome É Tonho, que não perderei de jeito nehum.

Os outros longas e médias já vi todos, mas vou rever, como fiz hoje com As Bellas das Billings.
Já os curtas, não conheço nenhum, mas já comecei a vê-los.

É uma oportunidade maravilhosa.

E, além disso, o Forum-Doc vai exibir um filme que sempre fui louco para assistir:
- Orgia ou O Homem que Deu Cria, de João Silvério Trevisan.

Pra que céu!

um belíssimo show e uma fã imprudente


Quem me conhece mais de perto, sabe que sou fã de Maria Bethânia.

Só que ainda que tenha todos os seus discos - quer dizer, falta o com a Omara - eu nem fui em tantos shows dela não. Acho que já fui em uns cinco.

Ainda assim, é fato que Amor, Festa, Devoção é um dos mais belos shows que assiti dela.

E como meus queridos amigos me deram ingresso de primeira fila, pude ver todos os gestos, caras e bocas dela durante o magnífico show.

Eu que já tinha Estrela, de Vander Lee, como uma das minhas preferidas dos seus novos discos, gostei ainda mais de vê-la no palco com uma Bethânia alegre e dançante - e com direito ao próprio Vander Lee e sua esposa, a cantora Regina Souza, na platéia.

Outros belíssimos momentos foram os das canções Balada da Gisberta, que encerra o primeiro ato, e que não conhecia - só de história;

E a pungente interpretação para Serra da Boa Esperança - alías, como essa música é mesmo linda.

O momentoi saia-justa foi ao final, depois do bis, em que uma garota subiu ao palco para abraçar e beijar Bethânia.

Bom, se ela é fã mesmo, deveria saber que Bethânia não permite ninguém pisar no seu palco, e ela própria só o faz antes de rezar.

Daí que ela negou o abraço e fazia gestos raivosos para a menina descer.

E ainda estava nitidamente com raiva na hora em que agradecia os aplausos, só rindo depois de fivar um tempinho com a cara fechada.

Foi engraçado.

De resto, um showzaço!

serie grandes comediantes (11)


Tutuca.



Deuses do riso.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Brasil mostra sua cara reacionária


É claro que sou a favor da democracia - ainda que saiba que no Brasil vivemos uma democracia parcial.

É claro que as questões das minorias são também questões que têm que ser discutidas por todo mundo.

Mas cada vez mais é só mesmo quem é minoria que sabe o quanto lhe dói sê-la, enquanto MUITOS DOS OUTROS assistem de camarote.

Vejam a situação desse país:

- Mais de 50% do público que já votou na enquete do Senado até agora (primeira divulgação) sobre lei que pune a homofobia é contra a lei.

- pesquisa da Dieese no início do ano apontou que apesar do crescimento das mulheres no mercado de trabalho elas continuam recebendo salários menores que os homens.

- e acabou de sair nova pesquisa da Dieese que aponta que a diferença no mercado de trabalho para negros e brancos é abissal.

Segundo matéria de hoje - Dia da Consciência Negra - em O Globo, em São Paulo, maior cidade do país e uma das maiores do mundo, APENAS 5% dos negros ocupam cargo de chefia - direção, gerência e planejamento em 2008 - para 17,4% dos brancos.

Em Salvador, com população majoritariamente negra, os negros ocupam 1/3 desses cargos. Lá, a maioria dos trabalhadores negros ocupam funções que não exigem qualificação profissional. E o salário é de R$4,75 a hora para os negros e R$9,63 para os brancos.

E em Belo Horizonte, a hora do trabalho do negro custa R$5,03 e a do branco R$8,80.

É o Brasil do discurso hipócrita e o da realidade.

Valha-me Deus!