sexta-feira, 4 de setembro de 2009

terezinha


Esses tempos musicais são mesmo estranhos.

Enquanto Ana Carolina arrebanha fãs com seu canto gritado - às vezes até acerta, mas é uma vez em 20 - e Ivete Sangalo com seu populismo fake, outras cantoras ficam à margem da margem.

Como Terezinha de Jesus, essa extraordinária cantora do Rio Grande do Norte que gravou belíssimos LPs, mas que não chegaram ao CD - só mesmo algumas coletâneas, como a 20 Super Sucessos dedicada à ela, e que não fica longe do meu som.

Tinha um LP dela chamado Vento Nordeste, que adorava - seu registro (obra-prima) para a bela canção de Sueli Costa e Abel Silva homônima é muito superior à também bela gravação de Simone.

E nessa coletânea, tem diamantes, como suas gravações de Pra Incendiar seu Coração (Moraes Moreira/Patinhas); Curare (Bororó); Coração Imprudente (Paulinho da Vila/Capinam); Prece ao Vento (Gilvan Chaves/Alcyr Pires/ Fernando Luiz);

e Cigano (Raimundo Fagner).

Como a era DVD, que deixa para trás grandes filmes brasileiros, a do CD também faz a mesma coisa. Sobretudo para muitos cantores populares - que os esnobes e ignorantes chamam de brega, e tantos outros que foram banidos pela indústria cultural.

nu!!!


Warren Beatty.

vale quanto pesa?


Depois esse povo reclama.

A indústria fonográfica fica chiando e batendo o pé porque vê suas vendas despencarem em função da pirataria.

Só que em vez de chorar, ela deveria era fazer alguma coisa, pois ninguém merece mesmo o preço abusivo de CDs e DVDs.

O Elas Cantam Roberto, por exemplo, está à 50 pilas. E isso nas Lojas Americanas, onde se encontra muitos dos menores preços do mercado.

Como faço coleção do Rei vou comprar.
Mas se o Rei é popular, quem do povo pode desembolsar essa grana por um CD, mesmo que seja duplo?

A música brasileira, em seus diferentes gêneros, é mesmo uma paixão nacional.
Mas desse jeito fica difícil!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

serie grandes cineastas (10)


Watson Macedo.




Patrimônio nacional.

longas brasileiros em 2009 (26)


Longas brasileiros assistidos ou revistos em 2009 no cinema, em DVD e na televisão.

171 - A Freira e A Tortura (1983), de Ozualdo Candeias *****

172 - Aqui, Tarados! (1981)
A Tia do André, episódio de John Doo ****
A Viúva do Dr. Vidal, episódio de Ody Fraga ***
O Pasteleiro, episódio de David Cardoso *****

173 - Santo Forte (1999), de Eduardo Coutinho ***

174 - As Moças Daquela Hora... (1973) , de Paulo Porto ***

175 - Como É Boa Nossa Empregada (Foto - 1973), de Victor di Mello ***

176 - Nos Tempos da Vaselina (1979), de José Miziara ***

177 - Mulheres Sexo Verdades Mentiras (2008), de Euclydes Marinho **

178 - Condenado à Liberdade (2001), de Emiliano Ribeiro *

179 - Fumando Espero (2009), de Adriana L. Dutra *

180 - Os Normais - A Noite Mais Maluca de Todas (2009), de José Alvarenga Jr. +


Cotações:
+ ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

serie deusas (74)


Sandrine Bonnaire.




Nu!!!

nelson


Dias desses, falei para Matheus Trunk, fã de primeira hora de Nelson Gonçalves, que na época em que era piolho de novelas, ficava esperando Cabocla - na primeira versão em 1979 - de Benedito Ruy Barbosa, só para ouvir o vozeirão de Nelson cantando Mágoas de Caboclo - de Leonel Azevedo e J. Cascata - na abertura da novela.

Tinha 16 anos e continuo gostando muito de Nelson Gonçalves hoje, aos 45 às portas dos 46 - ou seja, 30 anos depois.

Agora mesmo escuto um dos seus belos discos, Eu & Eles - tenho alguns, mas não aquela coleção toda do Matheus - em que ele canta solo e em alguma músicas com convidados.

Que beleza!

E ouvindo sua gravação de Maria Bethânia, de Capiba, cantando com Caetano Veloso, não é difícil concordar com o baiano na insistência junto ao pai para batizar a irmã mais nova com o nome da canção.

Muito bacana esse encontro dos dois, em uma das músicas de sucesso de Nelson e de importância para o tropicalista e para todos nós, fãs de primeira hora dos dois e da rainha Maria Bethânia.

serie grandes damas da tv (20)


Suzana Vieira.




Salve Salve!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

david


Sempre admirei David Cardoso, pois sua contribuição para o cinema brasileiro é espetacular:

- produziu mais de trinta filmes, de cineastas como Jean Garret, Ozualdo Candeias, Alfredo Sternheim, Ody Fraga;

- dirigiu filmes marcantes como 19 Mulheres e Um Homem, episódio de A Noite das Taras, e o segmento cult O Pasteleiro, em Aqui, Tarados!

- e atuou em filmes inesquecíveis, como o musical A Moreninha, de Glauko Mirko Laurelli; Caçada Sangrenta e A Freira e a Tortura, de Candeias; Amadas e Violentadas e Possuídas Pelo Pecado, de Jean Garret.

Só que nunca tinha falado com ele, até que liguei, profissionalmente, para seu escritório em Campo Grande.

E a surpresa foi enorme e altamente positiva.

Davi Cardoso é gentilíssimo.
É ele mesmo que atende o telefone, logo se identifica - ainda que a voz seja inconfundível, e responde de pronto no que é perguntado, sem frescuras ou afetação.

O cinema de David Cardoso sempre foi um cinema popular, próximo ao seu público. E ao conversar com ele, mesmo que brevemente, é fácil perceber que essa proximidade é real e genuína, pois é característica própria.

David Cardoso vai ganhar museu em Campo Grande e está produzindo um curta, Maria Fumaça: Chuva e Cinema, que também vai dirigir.

Adorei falar com ele.
É um patrimônio do cinema nacional.

o pasteleiro


Finalmente consegui assistir o cult O Pasteleiro, episódio dirigido por David Cardoso no longa Aqui, Tarados!

O filme é de 1981, foi produzido por David, e ainda tem mais dois episódios - A Tia do André, de John Doo, e A Viúva do Dr. Vidal, de Ody Fraga.

Gostei de todos os episódios, mas O Pasteleiro é mesmo sensacional, com uma deslumbrante e sacana Alvamar Taddei, e John Doo como ator em aparição inesquecível.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

sandra e lolita



Como já disse por aqui, há muito deixei de assistir novelas - só vejo mesmo as de Sílvio de Abreu e de Gilberto Braga, mesmo assim sem acompanhar religiosamente como em tempos outrora.

Mas não resisto em dar uma olhada nos novos elencos das que estreiam, mesmo porque cito alguns desses trabalhos nos perfis que faço para o meu site, o Mulheres do Cinema Brasileiro.

Daí que fiquei felicíssimo em ver dois nomes em Viver a Vida, próxima de Manoel Carlos do horário das nove.

Muito já se disse da importância de Taís Araujo, uma atriz negra, protagonizar a novela de horário nobre da Globo - e o jornal O Tempo, de Belo Horizonte, fez matéria bacana sobre o fato inédito também de duas atrizes negras protagonizarem simultaneamente, já que Camila Pitanga é a estrela da próxima das seis da plim plim, Cama de Gato.

Mas voltando, o que me fez feliz foi ver duas ótimas atrizes no elenco de Viver a Vida:

- a veterana Sandra Barsotti, musa amada dos cinema dos anos 70;

- e a veteraníssima Lolita Rodrigues - para sempre associada pela minha geração como apresentadora do programa Almoço com a Estrelas, da TV Tupi - e que sempre foi uma atriz interessante.

Vou dar uma espiada quando a novela estrear só para ver as duas - e a Taís também, é claro!

Nu!!!



Jake Gyllenhaal.

domingo, 30 de agosto de 2009

serie grandes atores (31)


Marcus Vinicius.


Não à toa, Marcus Vinicius tem quase trinta filmes no curriculo, sempre requisitado por cineastas de diferentes linhagens do cinema brasileiro.

Isso, porque é um excelente ator, capaz de dar matizes diferentes para personagens que transitam por diferentes registros.

Como o rebelde Teodoro de Xica da Silva, de Carlos Diegues; o Vaselina de Parceiros da Aventura, de José Medeiros; a bicha afetada de Amor Maldito, de Adélia Sampaio; o bandido em Lúcio Flávio - Passageiro da Agonia, de Hector Babenco; e outros papéis importantes como em O Cortiço, de Francisco Ramalho Jr, e em Barra Pesada, de Reginaldo Faria.

Outro destaque é como um detetive particular em J. S. Brown, de José Frazão, o protagonista de um filme marcante com uma atuação comovente.