sexta-feira, 12 de junho de 2009

fausta


Romance da Empregada (1988),
de Bruno Barreto.

Não sei quantas vezes já assisti esse filme.
Mas uma coisa é certa:

- o fascínio continua o mesmo.


Adoro esse filme, para mim um dos grandes momentos do cinema brasileiro.

Betty Faria (Fausta), Daniel Filho (João) e Brandão Filho (Zé da Placa) inesquecíveis!

serie grandes atores (24)


Ewerton de Castro.

Um dos grandes atores do cinema brasileiro, a presença de Ewerton de Castro é garantia de qualidade nas nossas telas desde a década de 60.

Que beleza é o trabalho desse ator em Paixão na Praia (1970), de Alfredo Sterheim.

E Como se esquecer do Jorge de O Ultimo Extase (1973), de Walter Hugo Khouri? E o Pedro de A Noite do Desejo (1973), de Fauzi Mansur?

Foram muitos os cineastas que dirigiram esse grande ator:

- Rubem Biáfora, Amácio Mazzaropi, Astolfo Araújo, Maurício Ritner, Roberto Mauro, Francisco Ramalho Jr., Jaun Bajon, John Doo, Geraldo Vietri, José Miziara, Tizuka Yamasaki, Lael Rodrigues, Ruy Guerra, Ugo Giorgetti, e muitos outros.


serie deusas (50)


Lauren Bacall.



Nu!!!

nu!!!


Jim Caviezel.

djalma


Vendo esses filmes dos anos 70 e 80, fica claro como o cinema brasileiro tem uma estética.

Uma parte do cinema nacional, e é a que mais vem fazendo sucesso de público, como Se Eu Fosse Você 1 e 2, Divã, e agora A Mulher Invisível - mas pode-se citar também A Guerra dos Rocha e A Casa da Mãe Joana, dentre os que assisti recentemente - estão muito parecidos com televisão.

Desses todos salva-se Divã, mas mesmo assim sua estética está assim assim com o que se vê na TV - pelo menos aqui originou um bom filme. (Se eu Fosse Você 1 me agrada um pouco - o 2 não).

Mas quando se assisti a filmes como Asa Branca - Um Sonho Brasileiro, de Djalma Limongi Batista, pode-se perceber como o cinema brasileiro, mesmo quando se vale de uma realização tradicional como é Asa, pode voar alto.

Aliás, Djalma Limongi Batista é um ótimo cineasta e que merecia mais festejos.

longas brasileiros em 2009 (16)


Longas brasileiros assistidos ou revistos em 2009 no cinema, em DVD e na televisão.


108 - Asa Branca - Um Sonho Brasileiro (1980), de Djalma Limongi Batista ****

109 - Moacir Arte Bruta (2005), de Walter Carvalho ****

110 - A Mulher Invisível (2009), de Claudio Torres **

111 - Já Não se Faz Amor Como Antigamente
Oh Dúvida Cruel, espisódio de Anselmo Duarte *
O Noivo, episódio de de John Herbert *
Flor de Lys, episódio de Adriano Stuart **


*Cotações:
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo

quarta-feira, 10 de junho de 2009

canção de baal


O Cana Brasil está anunciando para esse mês a exibição de Canção de Baal (2008), dirigido por Helena Ignez.

Assisti esse filme na Mostra de Tiradentes em janeiro e adorei.

O filme tem direção inspirada dessa atriz e diretora que é sinônimo de modernidade eterna no cinema brasileiro.

E conta com Carlos Careqa no papel título em interpretação marcante, além da trilha que é bacanérrima.

Não bastasse isso tudo, Canção de Baal tem no elenco três atrizes em atuações espetaculares:

- Beth Goulart
- Djin Sganzerla (foto)
- e Simone Spoladore.


O que seria de mim sem o Canal Brasil?

terça-feira, 9 de junho de 2009

continuando...


A Guerra dos Rocha, de Jorge Fernando, é exemplo de filme comercial ruim.

Budapeste, de Walter Carvalho, é exemplo de filme autoral frouxo.

Ultima Parada: 174, de Bruno Barreto é um filme comercial ruim.

Moacir, Arte Bruta, de Walter Carvalho, - que acabei de ver agora - é um filme autoral muito bom.

Mas há uma indecência em Última Parada que me choca.

E há uma certa indecência em Moacir, que me incomoda.

Em Última Parada, vejo uma exploração de uma tragédia, sem o mínimo de interesse nela a não ser a de transformação em filme para consumo. De transformar em espetáculo.

Em Moacir, vejo uma invasão, que ainda imbuída de boas intenções, constrange um tanto. Mas a grandeza de Moacir e de seu pai sobressai a qualquer armadilha ou aparato do registro fílmico.

comercial versus autor?


Sugestionado pela correspondência com Noel - um ilustre leitor do Insensatez - nos comments do post Invisibilidade, sobre a Mulher Invisível, de Claudio Torres, gostaria de falar um pouco mais sobre o assunto, além do que há lá.


Pensando melhor nem acho que seja necessário existirem filmes comerciais para que possam existir filmes autorais. Acho que o buraco é mais para baixo, pois em se falando de cinema brasileiro, acho que há hibridez nos dois modelos.

Em plena Boca do Lixo, Jean Garret é de uma autoridade exemplar.

E em plena Embrafilme, Antonio Calmon o é também.

E são dois cineastas maravilhosos, sejam vistos por qualquer ângulo - autoral ou comercial.

O que percebo no cinema brasileiro de hoje é, muitas vezes, um cinema comercial ruim e um cinema autoral frouxo.

Parece-me que muitos cineastas andam perseguindo uma cartilha a cumprir nos dois modelos e aí saem esses filmes sem alma.

Bruno Barreto foi um cineasta que fazia filmes comerciais bons – Dona Flor, Amor Bandido, O Beijo no Asfalto, Romance da Empregada (esse é fabuloso). Mas, ultimamente, parece seguir uma receita, e ela vive desandando – Bossa nova, O Casamento de Romeu e Julieta e Ultima Parada são muito ruins.

O mesmo vale para Hugo Carvana, que fez Vai trabalhar Vagabundo e Bar Esperança, e cometeu A Casa da Mãe Joana.

Carlos Diegues, que já foi grande com filmes como A Grande Cidade, Xica da Silva, Bye Brasil e Chuvas de Verão, andou seduzido por filmes sem alma como Orfeu e Deus é Brasileiro, e só reencontrou sua grandeza em O Maior Amor do Mundo – que, infelizmente, passou batido.

Já nos autorais, poucos cineastas têm o vigor de Beto Brant, Claudio Assis, Tata Amaral, Eliane Caffé, Lais Bodansky e José Eduardo Belmonte.

E nos comerciais, Guel Arraes, Jorge Furtado e José Alvarenga me interessam enormente - além de apresentarem um tom híbrido que me seduz.

Realmente não sei se é preciso ter filmes comerciais para que tenha filmes autorais, pois nem sei se um garante a sobrevicência do outro.

Pois Serras da Desordem, de Andrea Tonacci, e Onde Andará Dulce Veiga?, de Guilherme de Almeida Prado, são filmes autorais ótimos, mas sua existência não está garantida por causa de um bom filme comercial, como por exemplo, Divã, de José Alvarenga.

O que eu espero é que no cinema nacional tenham filmes ótimos ou bons, independente de serem autorais ou comerciais.

Mesmo porque minha relação com o cinema brasileiro é muito particular, pois acho que mesmo quando é ruim é ótimo assistir filme brasileiro – e não pela apreciação do lado trash como muita gente tem.

Realmente, amo cinema brasileiro , e, quase basicamente, só ele me interessa atualmente.

serie deusas (49)


Gleen Close.



Nu!!!

serie grandes filmes (21)


Coisas que você pode dizer só de olhar para ela (2000),
de Rodrigo Garcia.

Tenho paixão por esse filme do cineasta colombiano Rodrgio Garcia - filho do escritor Gabriel Garcia Márquez.

O filme fala de mulheres e fala de solidão.

E elas são muitas, em um elenco de tirar o fôlego:

- Gleen Close, Holly Hunter, Cameron Diaz, Amy Brenneman, Valeria Golino, Kathy Baker, Calista Flockhart.

Já assisti a esse filme algumas vezes e fico comovido sempre.

Em 2005, Rodrigo Garcia reuniu algumas delas em Nove Vidas, uma espécie de segundo ato para esse belíssimo filme.

nu!!!


Val Kilmer.

invisibilidade



Claudio Torres é um cineasta a se reparar,
mas seu novo filme é um passo para trás:

- Luana Piovani está linda - olha que foto!;

- Selton Melo está repetitivo - aquém do seu talento e cheio de tiques (ainda que as cenas da discoteca e dos amassos imaginários sejam boas);

- Maria Manoela está ótima - gosto muito dessa atriz;

- Vladimir Brichta tem sua melhor atuação - ao lado de Romance, de Guel Arraes;

E Fernanda Torres é um deleite sempre - mesmo que se repita.

Mas nada disso resolve.

A Mulher Invisível parece filme comercial americano ruim.

Ps.: quer dizer, resolve na bilheteria. Vi o filme em sessão à tarde, em plena segundona, para comentar na rádio, e o cinema estava bem cheio.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

serie grandes novelas (12)


A próxima Vítima (1995),
de Sílvio de Abreu.


Dos cineastas vivos, Sílvio de Abreu e Gilberto Braga são os meus prediletos.

E em A Próxima Vítima, Sílvio de Abreu mostrou porque é um grandes novelista.

Tudo nesse novela foi perfeita:

- a trama, com os intricados assassinatos;
- a direção de Jorge Fernando, que era parceiro habitual de Abreu nas comédias e demonstrou todo o talento também nessa trama de suspense policial;
- o elenco, com personagens incríveis e atuações irrepreensíveis como a das irmãs Ferreto - Aracy Balabanian, Teresa Rachel, Yoná Magalhães e Rosa Maria Mutinho - e tantos outros atores.

- e, sobretudo, pelos personagens gays de maior sucesso na televisão brasileira e que foi um acontecimento para a época:

- o Sandrinho e o Jeferson, de André Gonçalves e Lui Mendes (foto).



betti


Como Ary Fontoura em A Guerra dos Rocha, de Jorge Fernando, o mesmo acontece com Paulo Betti em A Casa da Mãe Joana, de Hugo Carvana.

Paulo Betti está muito bem como o "coroa de programa", imbuído de todo um ar de canastrão, às voltas com suas clientes para faturar um troco.

O ator, que, ultimamente, vinha se repetindo, dá o tom correto para o personagem nessa comédia que foi bem de público, mas é uma decepção na filmografia de Hugo Carvana, diretor de filmes marcantes, como Vai Trabalhar Vagabundo (1973) e Bar Esperança (1983).

Como Ary, Betti tem uma grande interpretação em um filme com outros bons atores, mas fraco fraco.

longas brasileiros em 2009 (15)


Longas brasileiros assistidos ou revistos em 2009 no cinema, em DVD e na televisão.

103 -A Virgem (1973), de Dionísio Azevedo ****

104 - A Lenda de Ubirajara (1975), de André Luiz de Oliveira ****

105 - A Árvore dos Sexos (1977), de Sílvio de Abreu ***

106 - As Vidas de Maria (2005), de Renato Barbieri **

107 - A Casa da Mãe Joana (2008), de Hugo Carvana *

Cotações:
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo