sábado, 19 de dezembro de 2009

serie deusas (94)


Jennifer Jones.




Nu!!!

as amiguinhas...


O cinema brasileiro dos anos 70 é realmente fantástico e inacreditável.

Ontem assisti um daqueles filmes que só o cinema nacional sabia fazer.

O nome?
- As Amiguinhas, de Carlos Alberto Almeida (1979).

O centro da trama é a relação lésbica, mas não há sequer uma cena de beijo - no máximo, a garotinha mais jovem aparece deitada, duas vezes, esfregando os peitos e fazendo cara de tesão.

E falando em cara, a cara de safada de Diva Medrek para as outras amiguinhas - são mais três, além de outra que ela bolina no cinema - é hilariante.

E os diálogos são um show à parte.

Cena 1:

O carro está parado com duas amiguinhas em um terreno baldio. (É um passat? Talvez, entendo de carro igual entendo de futebol) Só vemos o carro e ouvimos os diálogos entremeados por sussuros:

- Júlia, ai, loucura deliciosa, eu morro de prazer, por favor eu não aguento mais, pare.
Mas por que parou?

- Você pediu.

- Mas não é para obedecer, continue, isso, assim, carícias loucas, vai, não pare, jamais Júlia, Júlia, Júlia...

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Cena 2:

As quatro amiguinhas estão tomando o café da manhã na barraca na praia.

Primeira amiguinha:
- Você quer muito ou pouco açúcar?

segunda amiguinha:
- Gosto de tudo bem doce.
Se dependesse de mim o mundo seria em picolé.
Já imaginaram todo mundo se chupando uns aos outros?

terceira amiguinha:
- Coitado dos diabéticos.

quarta amiguinha:
- Por que?

De volta para a terceira amiguinha:
- Não iam poder chupar.


*************


Pode? (rsrs)

Como diria o personagem de Pedro Cardoso, hilariante em Todo Mundo Tem Problemas Sexuais, de Domingos Oliveira:
- Poooooode!!!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

serie grandes comediantes (14)


Consuelo Leandro.




Deuses do riso.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

deixa eles entrarem


Nesse ano que se finda fui poucas vezes ao cinema para ver filme estrangeiro.

Ontem fui para ver Abraços Partidos, de Pedro Almodovar.

Não é o melhor Almodovar, mas continuo gostando muito.

Achei o filme alongado, mas tem a assinatura inconfundível do cineasta e da qual gosto muito - como na hora em que é revelado uma paternidade e o personagem fala "ah é, que legal".

Ou seja, sem dramas, marca desse desconcertante cineasta que é capaz de falar sem pudor em seu cinema das mais variadas formas de sexo, de pedofilia, de estupro e de amor com o pé acelerado no melodrama - gênero que adoro.

Foram poucos filmes estrangeiros esse ano, mas dos vistos, alguns fundamentais e que adorei, como

o desconcertante Anticristo, de Lars Von Trier;
e o perturbador Deixa Ela Entrar (foto), de Tomas Alfredson.

(Vicky Cristina Barcelona foi do ano passado?)

Cada um deles valeu a pena e muito em deixar o meu mergulho profundo na filmografia do cinema nacional ao qual me propus.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

serie grandes damas da tv (38)


Arlete Montenegro.




Salve Salve!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

olhos de farol


Reconhecer o cinema popular, sobretudo o dos anos 70, não quer dizer fazer oposição ao Cinema Novo como vejo muito por aí.

Muitos dos melhores filmes do cinema brasileiro que já assisti são do Cinema Novo - Vidas Secas, de Nelson Pereira dos Santos, Terra em Transe, de Glauber Rocha, A Grande Cidade, de Carlos Diegues, O Padre e a Moça, de Joaquim Pedro de Andrade, A Falecida, de Leon Hirszman, A Casa Assassinada, de Paulo Cesar Saraceni, e tantos outros.

Glauber Rocha é realmente um gênio do cinema político, como Nelson Pereira dos Santos é gênio do cinema social, e Paulo César Saraceni é gênio do cinema existencial.

E Walter Hugo Khouri é gênio do cinema existencial, como Cláudio Cunha e Jean Garret são gênios do cinema popular.

É claro que essas definições são reducionistas frente ao rico e causaloso cinema de cada um deles, mas aqui vai só mesmo para situá-los de alguma forma, ainda que superficialmente.

Mas quando clamo pelo cinema popular, é porque está mais que na hora da crítica, pesquisadores e grande público também conhecerem e darem o valor justo para grandes cineastas que ficam na sombra - e mesmo outros que não trafegam pelo cinema popular, mas são tão ignorados quanto.

Walter Hugo Khouri é o maior cineasta para mim, mas isso é predileção pessoal. No caso dele, vejo que se encaminha uma compreensão de sua obra, ainda que aqui e acolá leio desavisados dizendo que ele é diretor de pornochanchada.

Não vai aqui nada contra pornochanchada, pois quem me conhece e acompanha meus escritos sabe que sou profundo apreciador do gênero - só acho que, como a querida Andrea Ormond em seu obrigatório blog Estranho Encontro já escreveu, botam tudo, a produção da Boca do Lixo e muitos filmes cariocas dos anos 70, no balaio da pornochanchada, esvaziando os filmes e a própria pornochanchada.

Meu apelo é para que se dê o valor justo para o cinema genial de muitos que continuam marginalizados.

É preciso conhecer, reconhecer e falar do cinema de

Claudio Cunha
Jean Garret
Antonio Calmon
Carlos Hugo Christensen
David Neves
Haroldo Marinho Barbosa
Aurélio Teixeira
Reginaldo Faria

e tantos, tantos outros.

Por aqui, em solo brasileiro, todo dia deveria ser dia de índio,
"mas agora ele só tem o o dia 19 de abril".

gênio


Claudio Cunha.

Esse cara é gênio!!!

Acabei de assistir Vítimas do Prazer - Snuff, e fiquei embasbacado.

Do seu cinema, só falta agora assistir O Dia em que o Santo Pecou.

Com exceção de O Clube das Infiéis, que é ruinzinho demais, os outros são todos GRANDES filmes.

Quando será que vão reconhecer o genial cinema de Claudio Cunha e de Jean Garret?

Porque os outros da Boca - Candeias, Carlão e Mojica já são, né?

(minha atenção agora está voltada para Fauzi Mansur - preciso conhecer seu cinema melhor, pois adoro A Noite do Desejo).

domingo, 13 de dezembro de 2009

serie deusas (93)


Eartha Kitt.




Nu!!!

a roda gira


Annise Parker.

Eleita a primeira prefeita assumidamente gay em Houston, Texas, cidade e estado em que os direitos dos homossexuais sofrem forte oposição.

Os americanos não param de surpreender.

Leia aqui:

marcelo e eu


Curioso.

Na madrugada de sábado, dia do meu aniversário, resolvi rever O Prisioneiro do Sexo (1979), filme que gosto muito do amado Walter Hugo Khouri, e que a muito tempo não via.

Não sei se a minha cópia tá com defeito, pois todo hora agarrava, ou se é meu aparelho de DVD é que tá sujo. Mas ainda assim consegui assistir ao filme.

Minha surpresa, pois não me lembrava, é que a trama do filme acontece na festa de aniversário de Marcelo, o personagem-mor do cineasta, que estava fazendo exatamente 46 anos.

Ri muito da coincidência, e a psicanálise deve ter uma explicação sobre isso.

O que sei é que Khouri vive pontuando momentos expressivos da minha vida.

E fazer aniversário junto com Marcelo é realmente para poucos, né não?