sábado, 16 de outubro de 2010

longas brasileiros em 2010 (240)


Filmes brasileiros assistidos e revistos em 2010 no cinema, no DVD e na televisão.
(em 2009 - 315 filmes)

240 - Cinema de Lágrimas (1995), de Nelson Pereira dos Santos **1/2

Reverenciado como autêntico mestre e considerado por alguns de seus pares como o mais importante cineasta vivo, o paulista - com cara de carioca - Nelson Pereira do Santos é dono de filmografia essencial para a história do cinema brasileiro. E se sempre pensou o país por diferentes abordagens, seja pela literatura, religião, cultura popular e erudita, nesse Cinema de Lágrimas se debruçou sobre todo um ideário da América Latina: o melodrama. Com roteiro seu e de Silvia Oroz, e baseado no livro dela, Melodrama: O Cinema de Lágrimas da América Latina, o filme integrou projeto comemorativo do British Film Institute para os 100 anos do cinema naquele 1995. Na trama, Raul Cortez é ator e diretor que vem de uma peça fracassada e daí tira férias forçadas. Atormentado pelas lembranças da mãe, que se suicidou quando ele tinha quatro anos, resolve rever melodramas da década de 40, uma das paixões dela - Christiane Torloni, escolha acertada para o contexto do filme com seu porte elegante e trágico. Indicado pelo saudoso Cosme Alves Netto - ele mesmo - da Cinemateca do MAM, vai para o México e leva como assistente André Barros, jovem com quem vai iniciar fugidia e atormentada relação. Raul Cortez e André Barros caminham pelos corredores da Universidade Autônoma do México, escutam fragmentos de conferência sobre o cinema latino - Glauber Rocha é um dos contextualizados e quando Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964) irrompe na tela é com toda propriedade - e têm como destino sempre a sala de cinema. É lá que vêem, e a gente junto, trechos de vários filmes mexicanos em sedutor p&b, e com estrelas absolutas como a estonteante Maria Félix. Enquanto as cenas são apresentadas na tela, Barros situa os fundamentos do gênero que marcou grande parte do continente, e de forma muito forte o Brasil - e as novelas estão aí até hoje para não nos deixar mentir - em época em que as salas do país ofereciam uma diversidade impensável nos nossos atuais dias de Homem Aranha e Avatar. Um dos elementos focalizados pelo melodrama são as doenças fatais, e o filme faz interessante desdobramento histórico entre os grande males que assolaram/assolam a humanidade: a tuberculose, o câncer, e a Aids - assim como Romance (1988) na década de 80, foi um dos poucos títulos nacionais a falar em Aids nos 90. Em Cinema de Lágrimas, Nelson Pereira dos Santos não conseguiu vôo alto como tantas vezes em sua filmografia, mas é filme de interesse e um tanto em injusto escanteio em sua gigante carreira cinematográfica.

Cotações:
+ ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

longas brasileiros em 2010 (239)


Filmes brasileiros assistidos e revistos em 2010 no cinema, no DVD e na televisão.
(em 2009 - 315 filmes)

239 - O Castelo das Taras (1982), de Julius Belvedere **1/2

Ah, a Boca, sempre ela. Foi lá, nesse celeiro efervescente de pouco dinheiro, mas muita criatividade e vontade de fazer cinema, que saiu esse que é o único filme dirigido por Julius Belvedere. Professor de literatura formado na USP - com mestrado e doutorado - Julius se apaixonou pelo cinema, fez alguns roteiros e realizou esse seu único filme. Produzido por Dourival Coutinho, que faz o protagonista ao lado de Esmeralda Barros, a trama gira em torno de três jovens que são levadas pela professora para pesquisas sobre parapsicologia em um misterioso castelo numa cidadezinha do interior. Só que com o andar da carruagem, veremos que a fixação da professora está toda no mítico Marquês de Sade e nas perversidades e libertinagens sexuais que sempre foram associadas a ele. Lá no castelo, elas vão encontrar um pastor protestante, que por sua vez terá sua vida e rotinas totalmente alteradas com a chegada das visitantes. O Castelo das Taras começa como um possível filme de suspense com muita mulher pelada - na verdade são apenas quatro, mas elas tiram a roupa o tempo inteiro, e no prazo de um dia e meio tomam três banhos, de rio, de cachoeira, de cascata. De cara se vê que aquilo tudo no início é só para fazer a festa dos marmanjos, mas ainda assim o interesse cinematográfico se mantém pela boa direção e a ambiência interessante - pontos também para a fotografia de Sergio Mastrocola e a montagem de Máximo Barro. Quando a professora começa os relatos dos prazeres de Sade, e eles são encenados, aí é que se tem certeza mesmo: tudo levará aos peitinhos e bundas de fora, como sempre. Isso até acontece, mas o filme se revelará mesmo é com uma história de terror, em que possessões, cabeças decepadas e ranger de dentes tomarão a cena. Daí, temos sexo associado ao terror, uma junção muito explorada pelo cinema mundial, mas que aqui particularmente aponta também, mesmo que involuntariamente, para outras subleituras, ao fazer de um evangélico o protagonista - e se no ínicio do filme ele purifica fiéis em batismo no rio lamacento, com os desdobramentos da trama fica impossível não desviar o pensamento do quão compuscardo ele pode estar mesmo fora do transe, daí hospedeiro ideal. Esmeralda Barros, musa que atuou em vários filmes de cineastas como Walter Hugo Khouri, Roberto Santos e José Miziara e com passagem pelo cinema italiano, é bela e forte presença - ainda no elenco feminino, Margareth Souto, Ely Silva e Silvana Alves como as alunas; e Hilda Ferracini, como a noiva do pastor. O Castelo das Taras é filme de gênero como só a Boca do Lixo sabia mesmo fazer, pois ainda que o orçamento exíguo seja perceptível, fica muito claro também como aquele pedaço foi geografia de sonho para muita gente, e quanto ela fez para a história do cinema brasileiro. E, como muitos outros rebentos daquela seara, também fez bonito na bilheteria.

Cotações:
+ ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo

serie grandes damas da tv (84)



Marcia de Windsor.






Salve Salve!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

longas brasileiros em 2010 (238)


Filmes brasileiros assistidos e revistos em 2010 no cinema, no DVD e na televisão.
(em 2009 - 315 filmes)

238 - O Flagrante (1975), de Reginaldo Faria ***

Ainda que fizesse alguma coisa pontualmente na TV, Reginaldo Faria era essencialmente um homem de cinema - seja como ator ou como diretor. Até que foi escalado para o sucesso colossal Dancin´Days, de Gilberto Braga, em 1978, e a partir daí as novelas passaram a ter uma importância de divulgação popular crescente em sua carreira - e é com Gilberto Braga que vai emplacar mais dois grandes momentos, o Nelson Fragonard de Água Viva (1980) e o Marco Aurélio de Vale Tudo (1988), aquele mesmo que deu banana histórica para o Brasil no final da trama. Se como cineasta, ele dirigiu filmes divertidos como Os Machões (1972) e dramas duríssimos como Barra Pesada (1977), abriu leque também para focar a vida de jovens casais de classe média em Aguenta Coração (1983) - sua última realização até agora - e nesse O Flagrante. Como nos outros filmes, aqui ele também atua, dessa vez integrando uma turma de amigos formada ainda por Claudio Marzo, Carlos Eduardo Dolabella, Antonio Pedro e Flávio São Thiago. Foliões incansáveis, eles deixam as mulheres em casa para se esbaldarem no carnaval de rua e de salão, tomam todas, e bolinam e papam as que dão mole. Mas uma dúvida perturbadora se instala em Faria, quando ele encontra uma caixa de fósforo de motel na bolsa da esposa Maria Cláudia, e daí pede ajuda aos amigos para descobrir a verdade, se ela o trai ou não. Em sua biografia na Coleção Aplauso - O Solo de um Inquieto, de Wagner de Assis - Reginaldo Faria diz que O Flagrante foi seu maior fracasso e acusa o machismo da época, que recusou o tema do filme - como encarar a traição de uma mulher. Há mesmo no roteiro de Faria e de Ronaldo G. M. Ribeiro um tratamento diverso para o assunto, que poderia cair de forma rala em simplismos e arroubos vingativos e viris. E a principal diferença se dá sobretudo na construção dos personagens, que em princípio obedece a cartilha usual: eles irmanados na camaradagem cúmplice, elas em aparente cara de paisagem para os desvarios dos conjuges. So que quando se olha mais de perto para todos eles, vê-se que nada é tão retilíneo uniforme assim. E Maria Claúdia, a possível esposa adúltera, empresta para a personagem uma máscara tão interiorizada, que de cara já desconfiamos que naquele estado de coisas o buraco está mesmo mais embaixo. O elenco está bem, mas os destaques todos vão para Maria Cláudia e para Antonio Pedro, hilário em sua persona carioca habitual, mas aqui em roupa que lhe cabe totalmente e na qual nada de braçada - seu personagem cantarolando canções passionais como Vingança, de Lupicínio Rodrigues, é divertidíssimo. Inacreditavelmente, o nome de Antonio Pedro não consta no cartaz, ainda que sua figura sim e ele seja um dos grandes atrativos do filme. O Flagrante conta ainda com participações especiais de Grande Otelo, Rodolfo Arena e José Lewgoy - todos em pequenas, mas ótimas aparições.

Cotações:
+ ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

longas brasileiros em 2010 (237)



Filmes brasileiros assistidos e revistos em 2010 no cinema, no DVD e na televisão.
(em 2009 - 315 filmes)

237 - Vida de Artista (1972), de Haroldo Marinho Barbosa ***

obs.: não consegui imagem do filme

Com exceção de Julio Bressane com seu cinema anti-narrativo, são muito poucas as gentes do cinema atual que apostam nessa arriscada estética com propriedade. Daí que quando surge um Adágio Sostenuto (2008), de Pompeu Aguiar, ainda que o resultado não seja uma brastemp, a ousadia é mais que bem-vinda. Tudo muito diferente do múltiplo cinema dos anos 1970, em que além do libertário Cinema Marginal, cineastas de linhagens diversas também quebravam estruturas formais rígidas e realizavam filmes desconcertantes. Como esse Vida de Artista, que marcou a estreia em longas de ficção do carioca Haroldo Marinho Barbosa (foto), um dos cineastas mais subestimados desse país. Ainda que o tema seja espinhoso - os descompassos existenciais e a falta de rumo de uma juventude em um país mergulhado na ditadura militar - o que se vê é um filme-poema - como diria Jairo Ferreira "filme rimbaudiano/godardiano, com belos travellings nos túneis cariocas". Já no início, Pedro Bira escuta passivo o amigo discorrer sobre os caminhos da ciência versus metafísica. Daí, larga tudo, tenta mudar de vida e vai para o campo, onde encontra Tetê Medina, a Miguelona - atriz personalíssima e com timbre precioso e inconfundível, Tetê já conquista na primeira imagem com a cabeleira desgrenhada. Com ela caminha pelo mato, fala em poesia e filosofia, pensa ter encontrado o repouso do guerreiro, mas acaba voltando para o asfalto. Para a cidade do Parque Lage, do suicida anunciado Tite de Lemos em trajetória urbana existencial com Márcia Rodrigues, para a bruta falta de perspectivas - "tudo em volta está deserto, tudo certo como dois e dois são cinco". Vida de Artista mira seu foco aí, nos jovens e adultos de um momento histórico que lhe dá morte e medo no lugar de esperança e vida. Haroldo Marinho Barbosa - com argumento e roteiro seu, fotografia de João Carlos Horta e música de Jota e Sidney Miller - mira seu foco para esse estado de perplexão e faz um filme nunca fácil e doloroso sem arroubos, com dor nas entrelinhas. Lá não deve ter sido um filme para muitos, e aqui continua não sendo, mesmo passado quase 40 anos. Porém, quem deixar se seduzir, vai constatar o surgimento em longas de um cineasta talentoso e que faria filmes sempre com muito o que dizer, como Ovelha Negra - Uma Despedida de Solteiro (1974), Engraçadinha (1981), e Baixo Gávea (1986), todos eles retratos duros de uma juventude em momentos históricos diversos, mas sempre olhados com ternura em suas danações, desvarios, letargias e perplexidades.

Cotações:
+ ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo

serie deusas (152)


Joan Chen.





Nu!!!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

longas brasileiros em 2010 (236)


Filmes brasileiros assistidos e revistos em 2010 no cinema, no DVD e na televisão.
(em 2009 - 315 filmes)

236 - Luz, Cama, Ação (1975), de Claudio MacDowell **1/2

obs.: não consegui imagem do filme

A pornochanchada foi um fenômeno do cinema popular dos anos 1970 e 80, que além de lotar as salas dos cinemas e ser, para muitos desavisados, sinônimo de que cinema brasileiro é só mulher pelada e palavrão, também revelou astros e estrelas e soube se reinventar. E aí lançou mão até da metalinguagem, como nesse Luz, Cama, Ação, dirigido por Claudio MacDowell (foto), em pleno auge do gênero. Na trama, MacDowell - que também é ator e roteirista - é o diretor de uma produção rotineira do filão, que, de minuto em minuto, é importunado pelo produtor que quer mais sacanagem no filme. Daí, enquanto se derrete por Tânia Scher, a atriz casada que protagoniza a história, tem que dar conta do que rola na frente e atrás das câmeras. O roteiro de MacDowell e Sérgio Mamberti coloca tudo lá: a estrela da fita que é assediada o tempo inteiro pelo diretor; o assistente de direção que traça a continuísta nos escurinhos do set; a bichinha maquiadora que suspira pelo negão que constrói o cenário; a aspirante a atriz que tira a roupa como se tomasse copo d´água; o produtor que quer subir a temperatura para garantir a bilheteria; o patrão que transa com a secretária, mas tem pavor de ser cornudo; os figurantes que mais atrapalham que qualquer outra coisa; os cenários que não funcionam e desmonstam durante a atividade; além da própria equipe de filmagem em cena. Luz, Cama, Ação diverte com esse rocambole erótico - ainda que o argumento seja muito melhor que o resultado - em que a ótima escalação do elenco se destaca, sobretudo nos coadjuvantes: Benedito Corsi, Sérgio Mamberti, Maralise e Vera Setta. Do trio protagonista, MacDowell e Scher estão bem, mas quem se sai melhor é Lafayette Galvão, encarnando a dignidade ofendida do marido que apronta todas, mas não suporta ser traído. Segundo o Dicionário de Filme Brasileiros, de Antonio Leão, Luz, Cama, Ação fez aproximadamente 800 mil espectadores, sonho de consumo da maioria dos filmes brasileiros atuais, que têm que suar muito para chegar nesse patamar - ao contrário dos filmes da época, que chegavam facilmente a números como esse e até muito superiores. E é lá no Dicionário que está registrado também a hilária frase publicitária da produção: "Venha ver como se filma uma comédia erótica brasileira e um filme sem tubarão, mas com muita piranha". Depois dos filmes realizados no gênero na década de 70, Claudio MacDowell só voltaria a dirigir um longa de ficção em 1998, a co-produção Brasil/Paraguai de temática completamente diversa, O Toque do Oboé.

Cotações:
+ ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

longas brasileiros em 2010 (235)


Filmes brasileiros assistidos e revistos em 2010 no cinema, no DVD e na televisão.
(em 2009 - 315 filmes)

235 - As Duas Faces da Moeda (1969), de Domingos Oliveira ***

obs.: não consegui imagem do filme

O paulista Fregolente (foto) iniciou carreira de ator aos 33 anos, mas o que poderia ser tarde para alguns em nada prejudicou a carreira dessa fabuloso intérprete, que trabalhou com diretores das mais diferentes linhagens. E com o GRANDE Domingos Oliveira nesse As Duas Faces da Moeda é o protagonista absoluto. Na trama, ele é um funcionário público exemplar e explorado pelo chefe da seção; é casado com a infiel Neusa Amaral, que tem caso com Jorge Dória; e é pai de Adriana Prieto, noiva de Oduvaldo Vianna Filho. Certo dia recebe a visita do anjo branco, e da morte, Hélio Ary, que lhe avisa que seu tempo acabou e que morrerá no dia seguinte. A partir daí, ele vai providenciar sua despedida e viver situações inesperadas, como noitada com Nazareh Ohana, a amiga da filha, além de travar duelo com o anjo para sobreviver. As Duas Faces da Moeda está mais para A Culpa (1971) do diretor - ainda que haja aqui um humor quase involuntário - do que os agridoces Todas as Mulheres do Mundo (1967) e Edu, Coração de Ouro (1968). Toda a vida ordinária que ronda o imagináro do funcionalismo público, com seus processos, carimbos e paletós na cadeira está em cena nesse rigoroso filme de Domingos, que tem fotografia acachapante do mestre Dib Lutif - o cineasta é dono do argumento, mas assina o roteiro com Joaquim Assis. O elenco é um caso à parte, pois tem Neusa Amaral, em atuação precisa como a esposa adúltera - Prêmio Coruja de Ouro de Melhor Atriz Secundária - e o belo casal Adriana Prieto e Oduvaldo Vianna Filho. Vianninha é daqueles que a gente sente saudades, mesmo sem tê-lo visto em vida. E como no belíssimo Um Homem Sem Importância (1971), de Alberto Salvá, impressiona pelo porte altivo e pela persona que abriga todo um ideário de grande arte e importância política, além, claro, de ser ótimo ator e guapo guapo guapo - aliás, como ele foi um homem bonito! Adriana Prieto está aqui em um registro mais dramático e juvenil, ainda que esteja lá a petulância de sempre, sobretudo nos seus embates amorosos com o noivo. Jorge Dória nem precisa de maiores loas, pois é sempre admirável. Já Nazareth Ohana, muito mais conhecida como importante montadora, dá tom delicioso para sua modernete personagem - suas elocubrações com Adriana sobre mapa de personalidade via computador daqueles modelos monstrengos de antigamente diz muito em qual registro circula. O filme tem ainda boas atuações do roteirista e dramatugo João Bethencourt, Rubens Correia, Procópio Mariano e Carvalhinho. Em As Duas Faces da Moeda está mais uma vez - e cheio de talento - o cinema humanista de Domingos Oliveira, que marcha em direção contrária para, sem pirotecnias, dar voz a personagens que lutam para nãos serem engolidos pela roda viva cruel das falsas, mas realíssimas, engrenagens.

Cotações:
+ ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo

serie grandes damas da tv (83)


Ester Góes.





Salve Salve!