
Bethânia cantando Roberto Carlos foi mesmo um belo show - a pena é que, como aconteceu no lançamento em VHS, o DVD do show não está na integra, e ficou de fora músicas como Eu Velejava em Você, de Eduardo Dusek, e um axé, o primeiro (único?) que vi a cantora interpretar - Adeus Bye Bye.
De qualquer forma, é um lançamento maravilhoso.
Na época, teve uma polêmica muito grande entre os shows de Bethânia e Gal Costa. Um verdadeiro Isto ou Aquilo, nos moldes de Cecília Meirelles.
Bethânia cantando Roberto, com direção de Gabriel Vilella.
E Gal com o show do disco O Sorriso do Gato de Alice, com direção de Gerald Thomas.
Ou seja, dois diretores de teatro em evidência com estéticas completamente diversas - Vilella e seu barroquismo; já Thomas com o seu pós-modernismo.
A crítica e grande parte do público polarizou, e foram manchetes e manchetes colocando as duas baianas em posição antagônicas, com grande preferência pelo show de Bethânia.
Na época, achei o show de Bethânia lindo, mas entrei na discussão e preferi o da Gal, que achei deslumbrante.
Vestida de pijama, ela cantava em cima de um telhado. E o momento em que desce, canta Tropicália e mostra o peito causou escândalo - foi uma homenagem dela ao aniversário do Tropicalismo que, na época, também rendeu disco de Caetano e Gil juntos.
Infelizmente o show de Gal não foi gravado - pelo menos não foi lançado, quem sabe não aparece uma gravação caseira na íntegra.
Seria interessante para ver se a comparação, algo em si tolo, ficaria do mesmo jeito.