sábado, 12 de dezembro de 2009

feliz aniversário, envelheço na cidade


Hoje, 12 de dezembro de 2009, faço 46 anos.



"É preciso estar atento e forte".


sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

longas brasileiros em 2009 (35)


Longas brasileiros assistidos ou revistos em 2009 no cinema, em DVD e na televisão.

272 - República dos Assassinos (Foto-1979), de Miguel Faria Jr. *****

273 - Paranóia (1976), de Antonio Calmon *****

274 - Tchau Amor (1983), de Jean Garret *****

275 - Como Vai, Vai Bem? (1969)

episódio Uma Vez Flamengo Sempre Flamengo, de Walkiria Salvá ***
episódio Mulher à Vista, de Alberto Salvá ***
episódio Dez Anos de Casado, de Carlos Alberto Camuryano ****
episódio Santinha do Encantado, de Daniel Chutoriansky ****
episódio O Apartamento, de Alberto Salvá *****
episódio Os Meninos do Padre, de Paulo Veríssimo ***
episódio Hei de Vencer, de Alberto Salvá *****
episódio O Grande Dia, de Carlos Roberto de Abreu *****

276 - O Descarte (1973), de Anselmo Duarte ****

277 - Fêmeas em Fuga (1984), de Michele Massimo Tarantini ****

278 - Feliz Natal (2008), de Selton Mello ****

279 - É Proibido Fumar (2009), de Anna Muylaert ****

280 - Mulheres Liberadas (1982), de Adnor Pitanga ***

281 - Momentos de Prazer e Agonia (1983), de Adnor Pitanga ***

282 -Tensão e Desejo ( (1982), de Alfredo Sternheim ***

283 - Corpo Devasso ( (1980), de Alfredo Sternheim ***

284 - A Infidelidade ao Alcance de Todos (1972)
episódio Transa, de Aníbal Massaini Neto **
episódio A Tuba, de Olivier Perroy ***

285 - Boneca Cobiçada (1980), de Rafaelle Rossi **

286 - Do Começo ao Fim (2009), de ALuízio Abranches **

287 - O Dia do Gato (1988), de David Cardoso *


Cotações:
+ ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

serie grandes cineastas (22)


Miguel Faria Jr.




Patrimônio nacional.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

ainda sobre a cena gls no cinema


Já há algum tempo, comento sobre o lançamento de filmes brasileiros na Rádio Alvorada FM, de BH, a convite da minha querida amiga Christiane Antuña e dentro da Agenda Cultural que ela edita e apresenta.

Os comentários são rápidos, mesnos de um minuto, e são só mesmo para situar o ouvinte - não são críticas.

Semanas atrás comentei sobre Quanto Dura o Amor?, de Roberto Moreira, que ousa e sai do tatibitate comum ao destacar como um de seus protagoniastas uma transsexual (Maria Clara Spinelli - foto).

Ao comentar aqui no Insensatez sobre Do Começo ao Fim citei o problema que me desagradou em Quanto Dura o Amor?, mas não ficou muito claro.

Disse que me incomodou a fraqueza dos personagens, mas não contextualizei o que quis dizer.

Daí que reproduzo abaixo o meu breve comentário na Rádio, no qual faço essa contextualização, que é o que me pareceu um filme de tese:

Quanto Dura o Amor?, de Roberto Moreira, acompanha a busca afetiva de três personagens: uma atriz, uma advogada e um escritor. Todos eles perambulam pelas noites e pelo caos urbano de São Paulo. Dessa vez, o cineasta não conseguiu o vigor apresentado em seu primeiro longa, o impactante “Contra Todos”. O problema de Quanto Dura o Amor? é que o roteiro aposta em uma tese, a do prazo de validade das relações amorosas. E aí parece que todos os personagens foram construídos para referendar esse objetivo. O tema é oportuno e interessante, mesmo porque situa o amor em lugares nem sempre mostrados com naturalidade, como a cena GLS e a prostituição. Mas ainda assim falta uma pegada na direção para que o grupo de personagens ganhasse vida mais pulsante. Elenco o filme tem, e os destaques vão todos para as atrizes Maria Clara Spinelli e Dani Carlos - a cantora - em ótimas interpretações.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

domingo, 6 de dezembro de 2009

como era cor de rosa o meu vale


Fui programador de cinema durante seis anos - e antes disso, assistente de programação em mais um tanto de anos.

Daí, sabia que programar filme com temática gay era garantia de público, pelo menos em BH onde ele comparecia em peso.

E isso porque realmente há poucos filmes com essa temática e os gays, como todo mundo, gostam de se ver nas telas e também que suas histórias sejam contadas - particularidade essencial do cinema, não é? a de nos refletir.

Ontem fui assistir Do Começo ao Fim, de Aluízio Abranches, e mais uma vez a urbe estava toda lá - além, claro, de chamar a atenção também dos heteros.

Como se sabe, o filme não fala apenas de uma relação homossexual, mas também incestuosa - e a polêmica explorada na internet fez dele um filme comentado e esperado.

O cinema de Aluízio Abranches, ainda que tenha uma "cara", pode resultar em filme de interesse como Um Copo de Cólera - que ousa em nu frontal masculino como só o cinema popular dos anos 70 sabia fazer, e vai além pois se dá direito à ereção;

( o cinema de hoje é capaz de fazer um filme todo em um quarto de motel, como Entre Lençois, e os atores, e a direção, ficarem escondendo paus e pererecas o tempo inteiro)

ou ao equivocado As Três Marias, filme que não saiu do roteiro e o que se vê na tela é uma trama atravancada e desperdício de talento.

E em Do Começo ao Fim, mais uma vez Abranches não chega lá.

Ainda que se assista ao filme com interesse, o problema crucial é o que está dito em todo canto: a ausência de conflito.

O diretor disse que quis contar uma história de amor e sem tornar pesado o tema.

Ok. Só que da forma que o roteiro foi construído, a ausência de conflito esvaziou por completo o sentido do filme.

E nem digo sobre o reles conflito entre os dois personagens, mas a compreensão em demasia de todos os personagens que cercam os dois belos moços. Principalmente o personagem de um dos pais, vivido por Fábio Assunção.

O cineasta disse também que é porque é uma família esclarecida.

Ora, por mais que a maioria de heteros ame seus amigos homos, pergunte para essa maioria se ela quer ter filhos gays? É claro que virão com a máxima de sempre: "não gostaria porque não quero que meu filho sofra". Hahaha, como se ser hetero, como eles, fosse garantia de não sofrimento. Para mim, sempre será apenas uma resposta, daquelas ensaidas com profundo sentimento... (ai, meus sais).

E no filme, ainda há o incesto, heim.

A direção acertou na personagem de Julia Lemmertz, que só com o olhar consegue passar todo o desconforto e o estar perdida frente à situação - ainda que pequena, é uma das melhores atuações da atriz no cinema, musa do cinema de Abranches.

Se em Quanto Dura o Amor?, de Roberto Moreira - onde há uma transsexual - o que incomoda é a fraqueza dos personagens - não das atrizes, que são ótimas - e que faz com que eles escapem da nossa memória, em Do Começo ao Fim incomoda mais ainda é o tom cor de rosa demais em que o filme mergulha seus personagens.

É uma pena, pois Do Começo ao Fim poderia realmente ser um bom filme.

O resultado ficou apenas um filminho bom de assistir, mas que incomoda pelo tom de artificialidade, principalmente depois que pensamos sobre ele.