

O filme continua soberbo na reavaliação, mas além da maestria do cineasta - dos homens, o meu preferido pós-retomada ao lado de Beto Brant - o que novamente me saltou aos olhos foi a química perfeita entre Lázaro Ramos, Marcélia Cartaxo e Flávio Bauraqui. Que elenco! São três interpretações geniais e completamente em diálogo perfeito.
Só me lembro assim, apressadamente, de mais dois filmes desse mesmo período da Retomada, em que TODO o elenco está perfeito: Cidade de Deus, de Fernando Meirelles e Kátia Lund; e Chega de Saudade, de Laís Bodanzky.
O curioso é que todos três contaram com a participação de preparadores de elenco, essa função em evidência no cinema brasileiro atual - ainda que venha de longa data- e tão polêmica. Madame Satã com Luiz Henrique, Cidade de Deus com Fátima Toledo, e Chega de Saudade com Sérgio Penna.
Eu não tenho nada contra. Mesmo porque, só para ficarmos nesses três exemplos, o resultado é excelente. Ainda consigo reviver o impacto daquele elenco tão maravilhoso e quase todo desconhecido de Cidade de Deus, em que todos estavam ótimos, as crianças, os jovens, os velhos; e o quão sublime estão todos aqueles veteranos e também os mais jovens em Chega de Saudade.
E revendo Madame Satã, essa função do preparador de elenco ganhou mais um ponto comigo.
O que são Lázaro, Marcela e Bauraqui nesse filme?
Geniais!
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