segunda-feira, 9 de março de 2009

socorro nobre


Leio no Blog do Polvo - um dos insetos favoritos aí ao lado -, em texto do polvo Leonardo Amaral, de Paris, que Walter Salles concedeu uma Master Class no Forum das Imagens, daquela cidade.


Outro dia, um outro polvo, o querido Leo Cunha, me fez ver que Walter Salles não é tão desancado em bloco pela crítica não, como tenho a impressão que seja - e sempre tive mesmo, sempre achei que a crítica diminui o trabalho dele, com aquele papo de que ele tem um olhar condescendente e paternaliza a perififeria. Mas Leo Cunha diz que não, pelo menos não no o Linha de Passe.


E Leonardo escreve algo que Walter disse e que foi sempre o que pensei dele:

... "A citação borgeana passa pela necessidade do homem em sempre nomear aquilo que é inominável. Salles usou tal recorrência para dizer de seu cinema, de sua busca por aquilo e por aqueles que ele não exatamente conhece, e, para tanto, citou filmes como Central do Brasil, Linha de Passe ou mesmo Socorro Nobre, obras nas quais ele procurou adentrar um universo para ele desconhecido, que, de alguma forma, o fez descobrir a si mesmo e ao Brasil." (ver texto completo).


E o que me chamou atenção também no registro do Leonardo, é que Walter exibiu trechos de Socorro Nobre em sua master class. Gosto dos filmes do Walter, de todos eles, mesmo que faça ressalvas aqui e acolá - e gosto desde A Grande Arte, filme controverso, mas onde já se vê o cineasta que se anuncia, como na bela personagem de Giulia Gan e seu relacionamento com o fotógrafo; e a trajetória de Cássia Kiss naquele trem.


Mas sempre achei que seu GRANDE filme é Socorro Nobre. Está ali, nesse média-metragem, o melhor Walter. E me comovo sempre que vejo

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