Filmes brasileiros assistidos e revistos em 2010 no cinema, no DVD e na televisão.
(em 2009 - 315 filmes)
168 - Quando as Mulheres Querem Provas (1975), de Cláudio MacDowell ***
Produção da Vydia, de Carlo Mossy e protagonizado pelo próprio, Quando as Mulheres Querem Provas é uma autêntica pornochanchada, como ficou conhecida as comédias eróticas das décadas de 1970 e 80. Costumam jogar toda a produção do cinema popular nessa vala comum, mas as coisas não são bem assim. Pornochanchada gira em torno do sexo, mas qual filme não gira em torno disso, pode-se perguntar? Mas nelas, o sexo é praticado sem maiores elucubrações, é a principal meta a ser atingida pelos seus personagens, há muita cena de cama, e fartura de mulheres nuas - pelo menos com os peitinhos de fora. E isso tudo é demérito? Claro que não, pois o gênero, quando bem feito, pode ser divertido e delicioso. Como é o caso desse Quando as Mulheres Querem Provas, que se não é das melhores pornochanchadas, pelo menos seduz a atenção e diverte. Dirigido pelo carioca Cláudio MacDowell, ator, roteirista, montador e cineasta - é co-roteirista do clássico Essa Gostosa Brincadeira a Dois (1974), de Victor di Mello - o filme foi rodado em Vitória, no Espírito Santo. Aliás, a cidade se revela pouco cinematográfica sob a lente da fotografia de José Rosa. Na trama Carlo Mossy é um carioca em férias em Vila Velha, onde se hospeda no hotel do amigo Sérgio Gutervall. Lá, conhece o casal em crise Stan Cooper e Rossana Ghessa, e fica fascinado pela psicanalista Yara Stein, casada com Hugo Bidet. Uma cena ambígua de possível homossexualidade envolvendo Mossy será vista e espalhada aos quatros cantos, o que coloca em xeque sua sexualidade e deperta o interesse em várias mulheres. Se o Grande Hotel de Vick Baum levado às telas pelo poderoso produtor de Hollywood Irvin Thalberg com os astros e estrelas mais famosos da época, como Greta Garbo, John Barrymore e Joan Crawford, apostava no tom existencialista, aqui o hotel em Vila Velha reúne uma fauna mais brasileira impossível e com todo mundo interesssado em sexo - além de Mossy, Gutervall, Cooper, Ghessa e Bidet, há também Rodolfo Arena, Henriqueta Brieba, Pedro de Lara, Shulamith Yaari, Tutu Guimarães, Dita Corte Real e Black John. Arena e Brieba fazem, mais uma vez, o casal que briga o tempo todo - e ninguém faz velho ranziza melhor que o GRANDE Rodolfo Arena. Pedro de Lara encarna o moralista de plantão, fazendo discursos, se sacudindo todo, e levando sempre o buquê de flores de praxe. Carlo Mossy está em personagem habitual, o bonitão que quer papar todas, e aparece no início já de pantalona cor-de-rosa e blusa agarradinha no corpo no melhor estilo carioca de ser da época. E ainda que a deusa Rossana Ghessa divida o estrelato com Mossy nos créditos, quem tem mais destaque entre as moças no elenco é e bela e boa atriz Yara Stein. As mulheres não marcam presença só na frente das câmeras não, Talita Vale assina o argumento e o roteiro, e Nazareth Ohana a montagem.
Cotações:
+ ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo
(em 2009 - 315 filmes)
168 - Quando as Mulheres Querem Provas (1975), de Cláudio MacDowell ***
Produção da Vydia, de Carlo Mossy e protagonizado pelo próprio, Quando as Mulheres Querem Provas é uma autêntica pornochanchada, como ficou conhecida as comédias eróticas das décadas de 1970 e 80. Costumam jogar toda a produção do cinema popular nessa vala comum, mas as coisas não são bem assim. Pornochanchada gira em torno do sexo, mas qual filme não gira em torno disso, pode-se perguntar? Mas nelas, o sexo é praticado sem maiores elucubrações, é a principal meta a ser atingida pelos seus personagens, há muita cena de cama, e fartura de mulheres nuas - pelo menos com os peitinhos de fora. E isso tudo é demérito? Claro que não, pois o gênero, quando bem feito, pode ser divertido e delicioso. Como é o caso desse Quando as Mulheres Querem Provas, que se não é das melhores pornochanchadas, pelo menos seduz a atenção e diverte. Dirigido pelo carioca Cláudio MacDowell, ator, roteirista, montador e cineasta - é co-roteirista do clássico Essa Gostosa Brincadeira a Dois (1974), de Victor di Mello - o filme foi rodado em Vitória, no Espírito Santo. Aliás, a cidade se revela pouco cinematográfica sob a lente da fotografia de José Rosa. Na trama Carlo Mossy é um carioca em férias em Vila Velha, onde se hospeda no hotel do amigo Sérgio Gutervall. Lá, conhece o casal em crise Stan Cooper e Rossana Ghessa, e fica fascinado pela psicanalista Yara Stein, casada com Hugo Bidet. Uma cena ambígua de possível homossexualidade envolvendo Mossy será vista e espalhada aos quatros cantos, o que coloca em xeque sua sexualidade e deperta o interesse em várias mulheres. Se o Grande Hotel de Vick Baum levado às telas pelo poderoso produtor de Hollywood Irvin Thalberg com os astros e estrelas mais famosos da época, como Greta Garbo, John Barrymore e Joan Crawford, apostava no tom existencialista, aqui o hotel em Vila Velha reúne uma fauna mais brasileira impossível e com todo mundo interesssado em sexo - além de Mossy, Gutervall, Cooper, Ghessa e Bidet, há também Rodolfo Arena, Henriqueta Brieba, Pedro de Lara, Shulamith Yaari, Tutu Guimarães, Dita Corte Real e Black John. Arena e Brieba fazem, mais uma vez, o casal que briga o tempo todo - e ninguém faz velho ranziza melhor que o GRANDE Rodolfo Arena. Pedro de Lara encarna o moralista de plantão, fazendo discursos, se sacudindo todo, e levando sempre o buquê de flores de praxe. Carlo Mossy está em personagem habitual, o bonitão que quer papar todas, e aparece no início já de pantalona cor-de-rosa e blusa agarradinha no corpo no melhor estilo carioca de ser da época. E ainda que a deusa Rossana Ghessa divida o estrelato com Mossy nos créditos, quem tem mais destaque entre as moças no elenco é e bela e boa atriz Yara Stein. As mulheres não marcam presença só na frente das câmeras não, Talita Vale assina o argumento e o roteiro, e Nazareth Ohana a montagem.
Cotações:
+ ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo
mais um?
ResponderExcluirMais muitos, Luquinha.
ResponderExcluirComo bem sabe, minha meta é ver e rever o máximo de filmes brasileiros possíveis.
Abs
Oi querido,
ResponderExcluirUma curiosidade: Stan Cooper, pseudônimo do italiano Stelvio Rosi, veio pro Brasil nos anos 70 depois de trabalhar em dezenas de produções na Itália. Inclusive no "Il gattopardo", do Visconti. Presenciei um reencontro casual dele e do Mossy na Adega Pérola, no Rio. Foi um daqueles momentos que só Copacabana consegue produzir :) Bjs
Que história ótima, Andrea.
ResponderExcluirNão sabia que o Stan tinha atuado em O Leopardo.
Ele faz boa dupla com Mossy no filme.
Beijos, querida.
alguem sabe de algum link pra baixar este filme ???
ResponderExcluirabraço