Filmes brasileiros assistidos e revistos em 2010 no cinema, no DVD e na televisão.
(em 2009 - 315 filmes)
166 - Como Consolar Viúvas (1976), de J. Avelar (José Mojica Marins) +
Em seus quase 30 filmes, José Mojica Marins trafegou por várias searas - horror, aventura, faroeste, drama, comédia, e filme explícito. E se a genialidade está no horror, com o qual é mais associado, e tenha se saído bem em D´Gajão Mata Para Vingar (1971 - faroeste) e em A Virgem e o Machão (1974 - comédia), em Como Consolar Viúvas (1976) errou feio. Tudo aqui deu errado, nessa que é uma pornochanchada de quinta. Não há graça, não há libido, não há trapalhadas convicentes e nem o rocambole tradicional que marca o gênero em que há um certo charme de coisa mal feita. Aqui, a direção é protocolar e completamente sem tesão, ainda mais incompreensível por sabermos que o filme anterior é o inventivo Exorcismo Negro. Aliás, deve ter tudo a ver, pois o mal resultado na bilheteria de Exorcismo Negro deve ter levado Marins a dirigir esse Como Consolar Viúvas no automático. A produção é de Augusto de Cervantes e Georgina Duarte Rezende - essa última assina o péssimo argumento, o péssimo roteiro e a maquiagem (???). Na trama, Vic Barone é um playboy falido que deve até a alma e que tem como único aliado fiel o mordomo e faz-tudo Chaguinha. Ao ler notícia no jornal de que três irmãs ricas ficaram viúvas depois de um acidente e ficar sabendo que Chaguinha já trabalhou na casa em que elas vivem com o pai, resolve se passar pelos mortos e faturar uma grana de cada uma das amantes. Daí, invade à noite o quarto das mulheres que estão na seca e ardendo em brasa, e com isso não percebem as artimanhas do impostor - é aí que entra a maquiagem da dona. Nem com a presença das deusas Zélia Diniz, Vosmarline e Lourênia Machado, o filme decola. Na trama totalmente inconsistente, o personagem de Chaguinha então é completamente inverossímel - por que sua submissão total ao patrão se não há sequer desejo homoerótico? E como ele sempre tem uns trocados se seus salários estão atrasados há anos? O mesmo vale para Vic Barone - se ele não paga ninguém, ao ponto de querer devolver as viagens que fez (única boa tirada), como pode beber até a tampa nas boates e ter show de strip só para ele, já que todos os fregueses já tinham ido embora? Bom, para essa pergunta há resposta sim: é para mostrar mulher pelada, ainda que seja número também, como o resto do filme, sem nenhum tesão. E para as outras perguntas a resposta é a infinidade de furos desse filme que serve de munição generosa para os históricos detratores do cinema brasileiro. Ainda tem no elenco Renée Mauro, Walter Portella, Vic Militello e Helena Samara. Bola fora dirigida por José Mojica Marins com o pseudônimo de J. Avelar.
Cotações:
+ ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo
(em 2009 - 315 filmes)
166 - Como Consolar Viúvas (1976), de J. Avelar (José Mojica Marins) +
Em seus quase 30 filmes, José Mojica Marins trafegou por várias searas - horror, aventura, faroeste, drama, comédia, e filme explícito. E se a genialidade está no horror, com o qual é mais associado, e tenha se saído bem em D´Gajão Mata Para Vingar (1971 - faroeste) e em A Virgem e o Machão (1974 - comédia), em Como Consolar Viúvas (1976) errou feio. Tudo aqui deu errado, nessa que é uma pornochanchada de quinta. Não há graça, não há libido, não há trapalhadas convicentes e nem o rocambole tradicional que marca o gênero em que há um certo charme de coisa mal feita. Aqui, a direção é protocolar e completamente sem tesão, ainda mais incompreensível por sabermos que o filme anterior é o inventivo Exorcismo Negro. Aliás, deve ter tudo a ver, pois o mal resultado na bilheteria de Exorcismo Negro deve ter levado Marins a dirigir esse Como Consolar Viúvas no automático. A produção é de Augusto de Cervantes e Georgina Duarte Rezende - essa última assina o péssimo argumento, o péssimo roteiro e a maquiagem (???). Na trama, Vic Barone é um playboy falido que deve até a alma e que tem como único aliado fiel o mordomo e faz-tudo Chaguinha. Ao ler notícia no jornal de que três irmãs ricas ficaram viúvas depois de um acidente e ficar sabendo que Chaguinha já trabalhou na casa em que elas vivem com o pai, resolve se passar pelos mortos e faturar uma grana de cada uma das amantes. Daí, invade à noite o quarto das mulheres que estão na seca e ardendo em brasa, e com isso não percebem as artimanhas do impostor - é aí que entra a maquiagem da dona. Nem com a presença das deusas Zélia Diniz, Vosmarline e Lourênia Machado, o filme decola. Na trama totalmente inconsistente, o personagem de Chaguinha então é completamente inverossímel - por que sua submissão total ao patrão se não há sequer desejo homoerótico? E como ele sempre tem uns trocados se seus salários estão atrasados há anos? O mesmo vale para Vic Barone - se ele não paga ninguém, ao ponto de querer devolver as viagens que fez (única boa tirada), como pode beber até a tampa nas boates e ter show de strip só para ele, já que todos os fregueses já tinham ido embora? Bom, para essa pergunta há resposta sim: é para mostrar mulher pelada, ainda que seja número também, como o resto do filme, sem nenhum tesão. E para as outras perguntas a resposta é a infinidade de furos desse filme que serve de munição generosa para os históricos detratores do cinema brasileiro. Ainda tem no elenco Renée Mauro, Walter Portella, Vic Militello e Helena Samara. Bola fora dirigida por José Mojica Marins com o pseudônimo de J. Avelar.
Cotações:
+ ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
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