domingo, 9 de agosto de 2009

marlene


Ando mesmo dando bobeira em perder as edições do programa MPBambas, do Tárik de Souza, no Canal Brasil.

Já tinha deixado registrado aqui o quanto gostei do programa com a Beth Carvalho, e hoje não foi diferente com outra GRANDE cantora: Marlene.

O programa é informativo, o Tárik tem um estilo de entrevistador que me interessa - se erra em dados e é corrigido, como em alguns momentos com a Beth, não se alarma; não é apressado, e ainda que em alguns momentos teve que se adiantar às repostas de Marlene via-se que era mais para ajudá-la; e, mais que tudo, é grande conhecedor respeitoso do universo de seu objeto, no caso, os veteranos da música brasileira.

Como Beth Carvalho, Marlene deu show. E aprendi que ela foi uma das primeiras cantoras (ou ele disse primeira?) de protesto, com músicas como Lata D´Água e outras mais - passou um trecho de vídeo dela cantando Galope, de Gonzaguinha, que é realmente impressionante.

Fiquei sabendo também que ela lançou o clássico popular Qui Nem Jiló a pedido de Humberto Teixeira, parceiro de Luiz Gonzaga - será que há essa passagem no filme O Homem que engarrafava Nuvens, sobre Teixeira, e dirigido por Lírio Ferreira e produzido pela filha do compositor, a atriz Denise Dumont?

E fiquei sabendo também sobre a relação de Marlene com Edith Piaf, quando a segunda a viu como crooner do Copacabana Palace e levou a primeira para se apresentar no Olympia de Paris.

E como nas outras edições, sempre tem um artista atual reverenciando o outro - no de Beth Carvalho foi Teresa Cristina, no de Marlene foi a cantora e compositora Adriana Calcanhoto, citada por Marlene como uma de suas cantoras atuais prediletas - e conta, inclusive, que Calcanhoto a procurou quando chegou ao Rio vindo do sul.

Adriana Calcanhoto, antes de cantar sucesso de Marlene, deu depoimento interessante sobre o impacto que é ver Marlene cantando. E, realmente, Marlene sempre me chamou atenção também por isso, pela absoluta entrega, como só mesmo as eternas cantoras do rádio sabiam fazer - Bethânia é um exemplo atual, e Ana Carolina é o oposto, pelo exagero.

Calcanhoto diz algo interessante. Que muita gente dizia para ela que Marlene é teatral, mas que ela não acha isso, pois esse teatral teria que ser, de certa forma, uma representação, e que em Marlene o que há é entrega total.

Maravilhoso programa, digno de Marlene, uma GRANDE cantora e atriz de teatro e de tantos filmes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário