Filmes brasileiros assistidos e revistos em 2010 no cinema, no DVD e na televisão.
(em 2009 - 315 filmes)
160 - O Donzelo (1971), de Stefan Wohl ****
(em 2009 - 315 filmes)
160 - O Donzelo (1971), de Stefan Wohl ****
Stefan Wohl nasceu em Viena, Austria, em 1934, mas com 12 anos desembarca no Brasil e fica por aqui. Faz TV, publicidade, teatro. No cinema, dirige três filmes, um episódio e dois longas. Um deles é esse O Donzelo, em que além da direção, assina o argumento e o roteiro com Flávio Migliaccio, o protagonista. Ele é Nestor, que depois de desapontar toda uma cidade por fracassar com a prostituta-mor do pedaço é expulso de casa por Fregolente, o pai, que vocifera: que não volte mais para casa enquanto não virar homem! A partir daí esse anti-herói vai perambular por várias cidades e em cada uma delas encontrará uma beldade candidata a lhe tirar o selo. E que beldades: Marília Pêra, Irene Stefânia, Márcia Rodrigues, Leila Diniz. O Donzelo chega à perfeição em vários momentos e só não é no todo porque cai um pouco, sobretudo, na aventura com Márcia Rodrigues, que ainda que esteja linda e ótima atriz como sempre, sua história não ajuda muito. Marília Pêra como a prima com o kit-desvirginamento é momento inspirado de roteiro e interpretação. Leila Diniz como a estrela que nunca pára de trabalhar, mas que ainda assim não se furta em ir à casa do fã Grande Otelo para comer a comidinha caseira junto à uma renca de meninos, tem composição de personagem com muito da persona da atriz, um misto de doçura e tom esfuziante. E é na história com Irene Stefânia, uma prostituta disputada em uma cidade e aluna de meia três quartos na outra, que o filme atinge sua maior expressão. A cena da quadrilha em que Flávio sequestra Irene para uma conversa particular e quando se dá conta todos os dançarinos vieram puxados no cordão, ou ainda a que ele vê sua bunda no teto espelhado da zona quase valem o filme inteiro. Além disso tudo, ainda tem outros tantos episódios enquanto Nestor vai de uma cidade à outra - o quase chega lá na cabine do trem é mais uma cena engraçadíssima - e outras musas e grandes atores desfilam pela tela em participações especialíssimas, como Maria Gladys, Marisa Urban, José Lewgoy, Mara Rúbia. O Donzelo mostra também, mais uma vez, o quâo grande ator é Flávio Migliaccio, seja no drama ou na comédia - e nem a idade um tantão acima para o personagem compromete um mílimetro sequer a veracidade da saga. Filme delicioso e pouco comentado.
Cotações:
+ ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo
Cotações:
+ ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo
Pek,
ResponderExcluirO cartaz do filme tem os mesmos traços de outros que você já postou seus comentários/resenhas por aqui. Você sabe quem é o autor?
Bjs.
Sei sim, Noel.
ResponderExcluirÉ do mestre Ziraldo.
Bjs
O logotipo da Cinemateca deixou esse cartaz obceno. Não acham?
ResponderExcluirrsrs
ResponderExcluirNão tinha reparado.
Ainda que não acha que tenha ficado obsceno não rsrs
Abs
He he he, não é obceno, só usei essa palavra porque achei que ia ficar mais engraçado. Diriamos que ficou explicito... hehehe.
ResponderExcluirOk, meu caro.
ResponderExcluirUm abraço