Filmes brasileiros assistidos ou revistos em 2010 no cinema, no DVD e na televisão.
(em 2009 - 315 filmes)
132 - Os Trapalhões na Terra dos Monstros (1989), de Flávio Migliaccio **1/2
Os filmes dos Trapalhões foram, com certeza, portas de entrada para muita gente no cinema nacional. Fenônemo que se assemelha, mas de origem completamente diversa pelo conteúdo e por ser na TV, foi o cinema erótico nas noites de Sala Especial e de Cine Privê da Bandeirantes, Manchete e CNT - essas noites apimentadas também formaram muito público para o cinema brasileiro. Nas décadas de 1970 e 80 Os Trapalhões reinaram nas telas, muitas vezes com dois filmes por ano e sempre com bilheteria arrasadora - são das maiores na história do cinema brasileiro e liquidaram muitos arrasa-quarteirões estrangeiros. Realmente era um quarteto dos deuses, pois todos adoráveis: Didi, Dedé, Mussum e Zacarias. Na música Jeito de Corpo do disco Outra Palavras, o mano Caetano acertou em cheio com os versos singelos Eu sou Renato Aragão, santo trapalhão, eu sou Mussum, sou Dedé, Sou Zacarias carinho, pássaro no ninho, tal qual me vê na TV. E era assim mesmo que o grande público amava o quarteto na televisão e corria para vê-los na telona. E se desde a carreira solo de Renato Aragão no cinema como no belo Bonga, O Vagabundo (1971), de Victor Lima, até cults com os quatro como Os Saltimbancos Trapalhões (1981), de J.B. Tanko, a diversão estava garantida, do final dos anos 80 até os dias de hoje os filmes foram caindo em qualidade. Mesmo porque Zacarias morreu em 1990, e Mussum em 1994, lacunas terríveis na formação perfeita. Esse Os Trapalhões na Terra dos Monstros, de 1989, prenuncia essa fase de transição. E até mesmo o elenco já se diferencia enormemente dos primeiros filmes, pois se sempre houve espaço para ótimos galãs de quase segundo escalão da TV, como Mário Cardoso e Paulo Ramos, e deusas e ótimas atrizes como Monique Lafond e Louise Cardoso, os filmes do final dos anos 80 para diante vão abrir cada vez mais espaço para o mundo de cores da TV e da música. Daí, em Os Trapalhões na Terra dos Monstros temos Angélica, Conrado, Gugu Liberato, Dominó, além da modelo Vanessa de Oliveira. No filme, Angélica é filha de um magnata da indústria do papel, o GRANDE Benjamin Cattan, e que participa do quadro Sonho Maluco do Programa do Gugu na TV. Seu sonho? fazer um videoclip com a banda Dominó na Pedra da Gávea, Rio de Janeiro, a fim de chamar atenção para a questão da preservação ambiental. E é para lá que ela vai com Conrado para esperar a banda, mas se perde nas cavernas da Pedra. Dedé, Mussum e Zacarias, empregados do pai da moça, capitaneados por Didi, ex-motorista da casa, partem em busca dos desaparecidos. Mas lá na Pedra da Gávea vão descobrir um mundo perdido habitado por fenícios e monstros do bem e do mal. Os Trapalhões na Terra dos Monstros tem bons momentos, seja pela química sempre perfeita do quarteto, ou ainda pela presença dos divertidos monstrinhos do bem Grunks, além de um grandalhão que adora dormir. Mas é quase que despedida de um fascinante e adorável reinado.
Cotações:
+ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo
(em 2009 - 315 filmes)
132 - Os Trapalhões na Terra dos Monstros (1989), de Flávio Migliaccio **1/2
Os filmes dos Trapalhões foram, com certeza, portas de entrada para muita gente no cinema nacional. Fenônemo que se assemelha, mas de origem completamente diversa pelo conteúdo e por ser na TV, foi o cinema erótico nas noites de Sala Especial e de Cine Privê da Bandeirantes, Manchete e CNT - essas noites apimentadas também formaram muito público para o cinema brasileiro. Nas décadas de 1970 e 80 Os Trapalhões reinaram nas telas, muitas vezes com dois filmes por ano e sempre com bilheteria arrasadora - são das maiores na história do cinema brasileiro e liquidaram muitos arrasa-quarteirões estrangeiros. Realmente era um quarteto dos deuses, pois todos adoráveis: Didi, Dedé, Mussum e Zacarias. Na música Jeito de Corpo do disco Outra Palavras, o mano Caetano acertou em cheio com os versos singelos Eu sou Renato Aragão, santo trapalhão, eu sou Mussum, sou Dedé, Sou Zacarias carinho, pássaro no ninho, tal qual me vê na TV. E era assim mesmo que o grande público amava o quarteto na televisão e corria para vê-los na telona. E se desde a carreira solo de Renato Aragão no cinema como no belo Bonga, O Vagabundo (1971), de Victor Lima, até cults com os quatro como Os Saltimbancos Trapalhões (1981), de J.B. Tanko, a diversão estava garantida, do final dos anos 80 até os dias de hoje os filmes foram caindo em qualidade. Mesmo porque Zacarias morreu em 1990, e Mussum em 1994, lacunas terríveis na formação perfeita. Esse Os Trapalhões na Terra dos Monstros, de 1989, prenuncia essa fase de transição. E até mesmo o elenco já se diferencia enormemente dos primeiros filmes, pois se sempre houve espaço para ótimos galãs de quase segundo escalão da TV, como Mário Cardoso e Paulo Ramos, e deusas e ótimas atrizes como Monique Lafond e Louise Cardoso, os filmes do final dos anos 80 para diante vão abrir cada vez mais espaço para o mundo de cores da TV e da música. Daí, em Os Trapalhões na Terra dos Monstros temos Angélica, Conrado, Gugu Liberato, Dominó, além da modelo Vanessa de Oliveira. No filme, Angélica é filha de um magnata da indústria do papel, o GRANDE Benjamin Cattan, e que participa do quadro Sonho Maluco do Programa do Gugu na TV. Seu sonho? fazer um videoclip com a banda Dominó na Pedra da Gávea, Rio de Janeiro, a fim de chamar atenção para a questão da preservação ambiental. E é para lá que ela vai com Conrado para esperar a banda, mas se perde nas cavernas da Pedra. Dedé, Mussum e Zacarias, empregados do pai da moça, capitaneados por Didi, ex-motorista da casa, partem em busca dos desaparecidos. Mas lá na Pedra da Gávea vão descobrir um mundo perdido habitado por fenícios e monstros do bem e do mal. Os Trapalhões na Terra dos Monstros tem bons momentos, seja pela química sempre perfeita do quarteto, ou ainda pela presença dos divertidos monstrinhos do bem Grunks, além de um grandalhão que adora dormir. Mas é quase que despedida de um fascinante e adorável reinado.
Cotações:
+ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo
Incrível mesmo como nos anos 80 os filmes dos Trapalhões tinham mais qualidade. O meu preferido é OS SALTIMBANCOS TRABALHÕES. O filme tinha tudo de primeira (músicas de Chico Buarque, filmagens nos estúdios da Universal nos EUA, bom roteiro, atores de primeira e claro os 4 fantásticos trapalhões). Uma pena que esses filmes nunca foram remasterizados ou restaurados e todos os lançamentos e relançamentos são apenas digitalizações de cópias antigas sem nenhum tratamento. Uma pena que nos tempos atuais é tudo fabricado para gerar lucro e a qualidade artística sempre fica em segundo plano (quando existe!).
ResponderExcluirPS: Só pra constar adoro também A DANÇA DOS BONECOS (Helvécio Raton)...Um dos primeiros filmes que ví em VHS e me lembro até hoje com muito carinho. Marcou minha infãncia.
Esse eu não sou tão fã. Os que eu gosto mesmo são Os Saltimbancos Trapalhões e Os Trapalhões e o auto da compadecida (que, se não me engano, é do Roberto Farias).
ResponderExcluirCultura? O lugar é aqui:
http://culturaexmachina.blogspot.com
Alexandre,
ResponderExcluirOs Saltimbancos é clássico mesmo, gosto muito. E gosto também de outros como o Bonga, O Casamento dos Trabalhões, Serra pelado, Planalto dos Macacos, e outros.
Mas dos 90 para cá, e sobretudo nos filmes solo do Renato a partir dessa época os filmes cairam muito.
Mas os filmes dos Trapalhões estão no imaginário de muitos, e, claro, no meu também.
Quanto ao Dança dos Bonecos, eu adoro e sou louco para rever. É ótimo e o melhor filme do Ratton.
Um abraço
Um abraç
Pseudo,
ResponderExcluirNão é, como disse no texto, dos melhores dos Trapalhões
O No Auto da Compadecida é do Farias sim.
Um abraço
A DANÇA DOS BONECOS demorei anos pra conseguir rever, só consegui a pouco tempo o VHS lançado pela GLOBO VÍDEO nos anos 80. Gostei mais de quando assistí pela primeira vez!
ResponderExcluirPek,
ResponderExcluirSempre no meu imaginário está Os Trapalhões no Planalto dos Macacos, que assisti no saudoso Cine Brasil, em sessão entupida de crianças.
Bjs.
que saudades dos trapalhões! assistia a todos. excelente post.
ResponderExcluirAlexandre,
ResponderExcluirNunca encontrei esse VHS.
Vi A Dança dos Bonecos apenas no cinema.
Abs
Noel,
ResponderExcluirCinema de rua era mesmo tudo de bom.
O Cine Brasil está ficando lindo com a reforma.
Claro que não será aquele cinemão mais, já que será um centro cultural para diferentes linguagens artísticas - cinema, teatro, artes plásticas.
De qualquer forma, melhor que ter desaparecido.
Tá ficando realmente lindo.
Bj
Ritonguda,
ResponderExcluirSaudades muitas do Mussum e do Zacarias,
Bjs