quarta-feira, 21 de outubro de 2009

parabéns, mestre!


Walter Hugo Khouri
*21 de outubro de 1929
+27 de junho de 2003

80 anos de aniversário de nascimento.

Assim como eu, que sou completamente apaixonado pelo cinema de Walter Hugo Khouri, sei de muitas pessoas que também compartilham a mesma paixão.

Como Carlos Reichenbach, Eugênio Puppo, Eduardo Aguilar, Sérgio Andrade, Matheus Trunk e Andrea Ormond.

Quando estreei minha coluna Inventário Grandes Musas da Boca na Revista Zingu! a convite de Gabriel Carneiro, também um apreciador do cineasta, convidei a querida Andrea Ormond para escrever um texto sobre Selma Egrei no cinema de Khouri - já que ela era a musa homenageada da coluna e uma das mais amadas musas khourianas.

E é com esse texto de Andrea, que está na edição 31 - maio de 2009 da Revista, que homenageio o meu cineasta predileto do cinema brasileiro nessa data tão especial:

"Walter Hugo Khouri encontrou pontes diversificadas para o cinema. Mesclou literatura, filosofia, estudos sobre escalas cromáticas, arquitetura, jazz, psicanálise. Nesta profusão de uma ânsia criativa fortíssima, fica mais fácil compreender as parcerias do diretor. A famosa associação de seu nome aos de mulheres lindas, genuinamente divas, está na origem de uma busca pela ascese, representada por esse feminino ideal, em sucessivas tentativas de simbiose como objeto amado.

Selma Egrei foi parte integrante deste fenômeno, e protagoniza uma das mais belas cenas de todo o cinema de Khouri. Suspensa sobre um fundo negro – ausência de cor absoluta, como se pendurada no espaço –, a moça de Eros, o Deus do Amor (1981) se contorce, como uma serpente, ao som da massa sonora que cresce no meio-tempo. Aula de expressionismo que vale por volumes de teoria.

Egrei esteve em ainda mais três filmes centrais na obra de Khouri: O Desejo (1975) – ao lado de Lilian Lemmertz –, O Anjo da Noite (1974) e As Filhas do Fogo (1978) – os dois últimos, clássicos do cinema de horror brasileiro.

Observar seus traços renascentistas, namorar os olhos imensos que guardam uma tensão escondida pelo semblante sereno, são as chaves do encantamento que nos permite compreender Selma Egrei através da paixão khouriana."


Parabéns Mestre!

4 comentários:

  1. Poxa Adilson, esse é mestre mesmo. Fico feliz em saber que ele é o seu cineasta brasileiro preferido. Sobre o texto da Andrea, sou completamente suspeito pra falar rsrs.

    Matheus Trunk
    www.violaosardinhaepao.blogspot.com

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  2. Matheus,
    Sou siderado com o cinema do Khouri e acho que ele faz uma falta enorme.
    Quanto à Andrea, ela é genial mesmo.
    Abraços meu amigo.

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  3. Adilson, querido, ando tão emotiva nesses dias difíceis que ao abrir o Insensatez e me deparar com esse lindo post não contive as lágrimas. O cinema do Khouri é tão importante para mim -- e sei que para vc e todos os outros amigos citados também -- que confesso ter certa dificuldade em escrever no tom certo sobre ele. Esse texto que vc me pediu foi duplamente difícil, já que também fala da Selma, outra artista que amo de paixão. Uma pena não ter conhecido o Mestre pessoalmente, gostaria de dizer somente uma palavra a ele: obrigada.

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  4. Querida Andrea,
    O Khouri foi realmente muito especial e importante na vida de muita gente, como, tenho certeza, foi e é para as nossas vidas.
    Essa homenagem a ele é também uma homenagem a você, que sei que tem o mesmo amor e paixão que eu tenho e que sempre valorizou o cinema dele.
    Um beijão.

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