
Filmes brasileiros assistidos e revistos em 2010 no cinema, no DVD e na televisão.
(em 2009 - 315 filmes)
190 - Sedução (1974), de Fauzi Mansur ****
Fauzi Mansur precisa ser mais comentado, pois é sem dúvida um de nossos mais talentosos cineastas, além de importante produtor de filmes para nomes como Ary Fernandes, Ody Fraga e Luiz Castellini. Dono de filmografia notável - que abriga o sensacional A Noite do Desejo (1973) - seus filmes têm complexidade, mas não abrem mão do diálogo com o público. Nesse Sedução, produção esmerada ambientada nos anos 1930 - fotografia majestosa de Claudio Portiolli - ele trouxe uma família italiana para o Brasil e a máfia junto com ela. O GRANDE Fregolente é o chefão Belacosa, pai de Sandra Bréa, a eterna viúva cujos maridos são assassinados, pois não conseguem engravidar a bela e dar o tão sonhado herdeiro para o mafioso. Depois de exames aqui e acolá, descobrem que Bréa tem o Fator K, substância no sangue que só permite procriação se o varão tiver a mesma constituição sanguínea. Belacosa intitui então o exame de sangue de cabresto à toda a cidade, para desespero de Ney Latorraca, eternamente de olho na butique da viúva e no reinado do chefão, mas que não tem o K nas veias. É aí que entra em cena David Cardoso, um relojoeiro esperto, mas que não saberá medir as consequências perigosas de seus atos. Sedução é comédia com timming perfeito, o que comprova que Mansur tem o mesmo domínio no drama quanto na comédia, ainda mais levando-se em conta que é um filme de época, empreitada nada fácil para muito marmanjo que se aventura por essa seara. Mas poderia dar com os burros n`água se não se cercasse de um elenco perfeito. Fregolente está maravilhoso como o chefão com um pé na Itália e outro na Boca do Lixo, e tem cena divertida com Jussara Freire, bela aos 23 aninhos como pretende à Maria Chuteira em cima do velho capo, quando cansado de esperar a filha engravidar atende os conselhos de seu bando e resolve ele mesmo providenciar o rebento. Ney Latorraca, David Cardoso - em auge de beleza- e Dionisio Azevedo são destaques em elenco admirável - Dionísio em estado de graça. E por fim tem Sandra Bréa exuberante transitando muito bem entre a comédia, a picardia e os arroubos românticos de sua quase viúva negra - a AIDS é mesmo um inferno para qualquer um, mas vendo La Bréa em cena é impossível não lamentar que essa maldita peste tenha ceifado um dos maiores sexy simbols que esse país já revelou. Sedução recebeu muitos prêmios - Melhor Filme, Diretor, Ator (Ney), Atriz (Bréa) no Festival de Guarujá; Coruja de Ouro de Ator Coadjuvante (Ney); APCA de Fotografia para Claudio Portioli; Prêmio Governador do Estado de São Paulo de Ator Coadjuvante (Dionísio).
Cotações:
+ ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo
(em 2009 - 315 filmes)
190 - Sedução (1974), de Fauzi Mansur ****
Fauzi Mansur precisa ser mais comentado, pois é sem dúvida um de nossos mais talentosos cineastas, além de importante produtor de filmes para nomes como Ary Fernandes, Ody Fraga e Luiz Castellini. Dono de filmografia notável - que abriga o sensacional A Noite do Desejo (1973) - seus filmes têm complexidade, mas não abrem mão do diálogo com o público. Nesse Sedução, produção esmerada ambientada nos anos 1930 - fotografia majestosa de Claudio Portiolli - ele trouxe uma família italiana para o Brasil e a máfia junto com ela. O GRANDE Fregolente é o chefão Belacosa, pai de Sandra Bréa, a eterna viúva cujos maridos são assassinados, pois não conseguem engravidar a bela e dar o tão sonhado herdeiro para o mafioso. Depois de exames aqui e acolá, descobrem que Bréa tem o Fator K, substância no sangue que só permite procriação se o varão tiver a mesma constituição sanguínea. Belacosa intitui então o exame de sangue de cabresto à toda a cidade, para desespero de Ney Latorraca, eternamente de olho na butique da viúva e no reinado do chefão, mas que não tem o K nas veias. É aí que entra em cena David Cardoso, um relojoeiro esperto, mas que não saberá medir as consequências perigosas de seus atos. Sedução é comédia com timming perfeito, o que comprova que Mansur tem o mesmo domínio no drama quanto na comédia, ainda mais levando-se em conta que é um filme de época, empreitada nada fácil para muito marmanjo que se aventura por essa seara. Mas poderia dar com os burros n`água se não se cercasse de um elenco perfeito. Fregolente está maravilhoso como o chefão com um pé na Itália e outro na Boca do Lixo, e tem cena divertida com Jussara Freire, bela aos 23 aninhos como pretende à Maria Chuteira em cima do velho capo, quando cansado de esperar a filha engravidar atende os conselhos de seu bando e resolve ele mesmo providenciar o rebento. Ney Latorraca, David Cardoso - em auge de beleza- e Dionisio Azevedo são destaques em elenco admirável - Dionísio em estado de graça. E por fim tem Sandra Bréa exuberante transitando muito bem entre a comédia, a picardia e os arroubos românticos de sua quase viúva negra - a AIDS é mesmo um inferno para qualquer um, mas vendo La Bréa em cena é impossível não lamentar que essa maldita peste tenha ceifado um dos maiores sexy simbols que esse país já revelou. Sedução recebeu muitos prêmios - Melhor Filme, Diretor, Ator (Ney), Atriz (Bréa) no Festival de Guarujá; Coruja de Ouro de Ator Coadjuvante (Ney); APCA de Fotografia para Claudio Portioli; Prêmio Governador do Estado de São Paulo de Ator Coadjuvante (Dionísio).
Cotações:
+ ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo
Vi esse filme faz bastante tempo, na TV, mas na minha memória afetiva continua sendo um dos grandes filmes do Fauzi, diretor que precisa ser mais lembrado mesmo.
ResponderExcluirMeu amigo, atualizei o blog do Biáfora com, entre outros, um comentário sobre O Guarani e inclui o trailer de Casamento Brasileiro. Tem ideia de quando vai estrear?
Um abraço.
Gente!! Que poster é esse?! Achei engraçado. O filme ainda não assisti. Abração querido e bom final de semana!
ResponderExcluirMeu amigo, sou profundo apreciador do cinema do Fauzi - adoro A Noite do Desejo. Quanto ao Casamento, não sei quando estreia, mas parafraseando o Merten, "estou nos cascos" para ver.
ResponderExcluirVou lá ver o Indicação correndo
Abar
Alexandre,
ResponderExcluirGosto do cartaz, que tem esse traço porque é filme de época, e muito bem realizado.
A Sandra está linda, como no filme.
Bom final de semana para você também.
Abraço