terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

como era gostoso o nosso cinema


Pornochanchada é um gênero que eu adoro no cinema brasileiro - não à tôa o Canal Brasil batizou o programa que as exibe de Como Era Gostoso o nosso Cinema.

Só que é uma das fases do cinema nacional em que as pessoas mais confudem lé com cré - Andrea Ormond escreveu no obrigatório Estranho Encontro um artigo rico sobre o assunto.

Mas quer ver mais?

Vivo lendo declarações de gentes diversas, como atores, cineastas e mesmos críticos enaltecendo o quanto as pornochachadas eras ingênuas.

Bom, eram sim, mas as da década de 70 - e como muita gente confunde, a produção típica da época tinha comédias de costumes, cinema popular e pornochanchadas de fato no balaio.

Já as da década de 80, bom, aí já era outra coisa, né?
O japonês O Império dos Sentidos e o brasileiro Coisas Eróticas já tinham estremecido o panorama e levado uma multidão ainda maior para as salas. E na rabeira, muitas produções foram abandonando a ingenuidade e apimentando a cena cada vez mais.

E não vai aí nenhum demérito nisso, muito pelo contrário.
É mais que salutar ver David Cardoso e Carlo Mossy sem pudores nesses filmes, que um Reynaldo Gianechini da vida cheio de dedos para mostrar o bilau em filme atual passado inteiramente em motel (pode?).

E estou citando aqui os homens, porque os closes frontais da mulheres há muito já eram fartos.

Mas é bom clarear as coisas e não achar que havia ingenuidade em tudo.

Ontem mesmo no Canal Brasil, David Cardoso sacolejava seu instrumento e só não fazia mesmo penetração explícita no delicioso Tentação na Cama, de 1984, dirigido por Ody Fraga.

E que viva Eros!

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