sábado, 23 de outubro de 2010

os documentários no 2º dia da cinebh






Na Sala

Ontem na Mostra CineBH, pelo menos na primeira programação noturna, o documentário brasileiro reinou.

E reinou em chaves completamentes distintas e com apelo de público idem.

No Cine Santa Tereza foi exibido Memória Cubana, de Alice de Andrade.

Depois do interessante Diabo a Quatro (2003), em que focalizou juventude carioca em desajuste no asfalto, a cineasta filha do GRANDE Joaquim Pedro de Andrade foi à ilha de Fidel para mergulhar nos noticieiros, os cinejornais da ICAIC produzidos pelo governo desde a revolução até os anos 1980.

Panfletários do regime, mas nunca mau cinema, os noticieiros cubanos impressionam pelo registro in loco em imagens poderosas não só de Cuba, mas de inúmeros países da África, Europa e América Latina - Brasil inclusive.

Ao mesmo tempo em que coloca na tela o material, que foi tombado pela Unesco como Memória do Mundo, traz para a cena também cineastas, montadores, câmeras e outros técnicos. Memória Cubana tira sua força desses registros já existentes, já que o que está fora dele jamais tem a mesma força, e mesmo a montagem parece um tanto caótica às vezes.

comentários sobre o filme em breve


***********************************************


Na Praça

Já na Praça Duque de Caxias, que fica ao lado, o público lotou e se divertiu com Uma Noite em 67, o ótimo documentário de Renato Terra e Ricardo Calil sobre a edição do Festival da Record, em que mediram forças a tradicional MPB e o nascente Tropicalismo.

Como aconteceu na última Cineop, exibição em espaço aberto parece ser mesmo a melhor geografia para fruição do filme, pois é possível ver, ao mesmo tempo, tanto o que está sendo mostrado na tela quanto as reações imediatas do público - como gente cantarolando as músicas ou mesmo quem está passando, para, e se diverte contrapondo músicos como Roberto Carlos, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque em imagens de ontem e de hoje.

E se na Cineop o frio castigou o público que não arredou pé, ontem em Santa Tereza a noite estava esplêndida, o que se revelou cama perfeita para esse que é um dos grandes filmes do ano.

comentários aqui
**********************************************

Foto Memória Cubana, de Alice de Andrade
Fotos Cine-Praça Santa Tereza - Netun Lima

clique nas fotos para ampliar

******************************************


Programação completa 4ª CineBH

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

abertura da 4ª mostra cinebh










Videofilmes, música e artes plásticas

"Walter está nos Estados Unidos filmando On The Road, de Jak Kerouac, e o João está exatamente nesse momento fechando a edição da Piauí desse mês. Quem sabe como funciona a edição de jornais e revistas entende, ele está naquele momento em que o trabalho não tem hora para acabar, é o famoso pescoção".

Foi assim que Maurício Ramos, diretor-geral da produtora carioca, disse sobre a ausência dos dois e que se sentia muito feliz em estar representando a Videofilmes na homenagem da 4ª CineBH.

Disse também que não sabia se Raquel - Hallak, uma das realizadoras - pensou naquele momento específico para a homenagem, pois é um momento muito feliz, já que está fazendo exatamente 15 anos que a Videofilmes passou a se dedicar somente à produção de longas-metragens - como se sabe, a produtora foi atuante no mercado publicitário e também em produções para a TV.

Rodrigo Siqueira, diretor de Terra Deu Terra Come, filme produzido da Videlfilmes e que abriu a Mostra, participou da homenagem. E Maurício Ramos fez questão de chamar ao palco Helvécio Hatton, dizendo que ele estava ali com dois parceiros e duas gerações do cinema mineiro - como Ratton, Siqueira é de Minas, só que radicado em São Paulo, ao contrário de Helvécio, que permanece em Belo Horizonte.

A abertura da 4ª Mostra CineBH contou com atração multimidia que reuniu o cantor, músico, compositor e ator Maurício Tizumba, o grupo fundado por ele Tambor Mineiro, e a artista plástica Anna Gobel.

Foi bonita a interação entre Tizumba e Goebel, pois enquanto ele cantava ao som do tambor, ela fazia desenhos na areia (na verdade, acho que era farinha) de figuras e de símbolos da cidade - como a igrejinha da Pampulha -, que por sua vez eram exibidos na tela do Cine Santa Tereza.

A cada imagem finalizada, ela desmanchava tudo, como s monges budistas fazem com suas mandalas de areia, para em seguida fazer outros - e o final foi especialmente bonito, quando fez desenho promovendo a paz e o diálogo, com encerramento perfeitamente casado com a performance de Tizumba.

A apresentação foi muito aplaudida, e ao final, antes da exibição de Terra Deu Terra Come, Tizumba voltou com o Tambor Mineiro para finalizar a cerimônia.



********************************


Terra Deu Terra Come


Pouco depois foi exibido o documentário Terra Deu Terra Come, de Rodrigo Siqueira, filme vencedor do Festival É Tudo Verdade.

Siqueira apresentou o filme convidando o público para apreciar, a partir do personagem central, o ser mineiro, o jeito do mineiro, a fala do mineiro, o mistério do mineiro, a ambiguidade do mineiro.

Poderia parecer estranho, já que estamos na capital do estado, se a platéia não estivesse formada também por convidados nacionais e internacionais. Fora, que ali a própria gente da terra poderia se ver em uma das mais belas faces de sua cultura.

Interessante mergulho no resgate das tradicões africanas e mineiras a partir do personagem Pedro de Almeida, morador de quilombola na região de Diamantina, em Minas Gerais, e que é mestre de cerimônias de velório e cortejos fúnebres fincado nas raízes da cultura negra.

Ainda que às vezes se alongue desnecessariamente, Terra Deu Terra Come é mais um filme a explorar com inteligência os limites entre a realidade e a representação no documentário, além de contar com personagens absolutamente sedutores em sua rusticidade e poesia Roseana do sertão.

Brevemente comentários sobre o filme aqui.


**************************

Foi assim iniciada a programação da 4ª Mostra CineBH, que até o dia 26 vai apresentar programação de 78 filmes, oficinas, debates, workshops e atrações musicais e circenses.

Foto fachada do Cine Santa Tereza - Pedro Silveira
Foto organizadores Raquel Hallak, Quintino Vargas e Fernanda Hallak - Netun Lima
Foto Helvécio Ratton, Rodrigo Siqueira e Maurício Ramos - Victor Schwaner
Foto atração Maurício Tizumba e Anna Gobel - Pedro Silveira

clique nas fotos para amplia-las


*****************************************


Programação completa 4ª Mostra CineBH

http://www.cinebh.com.br/


quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Começa a 4ª Mostra CineBH


Começa hoje a 4ª Mostra CineBH.

Na abertura, às 21h, exibição do documentário que venceu o Festival É Tudo Verdade, Terra Deu, Terra Come, de Rodrigo Siqueira.

Realizada pela Universo Produção, a mesma da Mostra de Cinema de Tiradentes e da CineoOP - Mostra de Ouro Preto, a CineBH tem como foco de discussão o mercado - Tiradentes o cinema contemporâneo; e CineOP o patrimônio e a preservação do audiovisual.

A grande homenageada dessa quarta edição é a VideoFilmes, produtora do documentário de abertura e que terá ainda outros filmes do catálogo em exibição.

Serão exibidos 78 filmes nacionais e internacionais - nessa edição, a Mostra avança na internacionalização do evento - sendo 31 longas, 1 média e 46 curtas.


Confira matéria no site Mulheres do Cinema Brasileiro

longas brasileiros em 2010 (244)


Filmes brasileiros assistidos e revistos em 2010 no cinema, no DVD e na televisão.
(em 2009 - 315 filmes)

244 - Nosso Lar (2010), de Wagner de Assis **

Quando o trailler de Nosso Lar começou a circular nos cinemas, a estética kitsch e os atores conversando como se recitassem mensagem já fazia a gente ficar com sete mil passos atrás - bom, pelo menos parte da platéia, já que a maioria correu às salas logo na estreia. Dái que, naturalmente, a ida para assistir ao filme desse contigente que arrepiou de senões com aquilo tudo já estava marcada por uma quase certeza: "não vou gostar". Mas até que a experiência não se revela traumática não. Sim, está lá tudo o que o trailler prometia e muito mais. E quando o filme já começa com a cena no umbral - purgatório, para os católicos - a gente se agarra na cadeira e diz: ai ai ai. O mesmo se dá durante vários momentos da narrativa, como na apresentação da cidade, quando ficamos sabendo que até lá tem Palácio do Governador e ministérios como o da comunicação, e tudo naquela luz azulada de sabão em pó. Porém, ainda assim, acompanha-se o mostrado com interesse, que talvez pode até estar situado nessa espera do que mais poderá vir, mas que também se aloja em pelo menos duas boas interpretações naquele elenco em transe: a de Fernando Alves Pinto e a de Rosanne Mulholland. Ele como o ajudante de regeneração de André Luiz, o médico que protagoniza a trama; ela como a jovem rebelde e revoltada com a morte precoce: "vocês resolveram brincar de família feliz", ironiza agressiva em um de seus bons momentos. Na história, Renato Prieto morre e vai parar no umbral, onde bebe água lamacenta, come mato e vaga junto a outros mortos em danação. Daí faz súplica a Deus, é atendido, e levado para a esfera superior, o Nosso Lar, onde reaprende sua verdadeira missão, enquanto tenta revisitar a família que ficou na terra. Wagner de Assis, que vinha de A Cartomante (2004), esquisita e um tanto equivocada adaptação de Machado de Assis, assina aqui também o roteiro, e demonstra mais uma vez pouco pulso na direção. Para essa grande produção - que tem participação da Globo Filmes e apoio da Federação Espírita Brasileira - foi utilizado na ficha técnica presenças internacionais como os efeitos especiais da canadense Intelligent Creatures - a mesma de filmes como Watchmen - e Philip Glass na trilha sonora original. Já na ficha técnica nacional, Lia Renha fez a direção de arte e Guto Graça Mello a direção musical. O elenco conta ainda com Othon Bastos, Selma Egrei, Inez Viana e atores espíritas notórios como Ana Rosa e Paulo Goulart - a presença de Werner Schunemann e de Rodrigo dos Santos, dois vilôes da atual novela Passione, de Sílvio de Abreu, como espíritos do bem, comporta graça involuntária. Nosso Lar é best seller pisocografado por Chico Xavier e atribúido a André Luiz, e livro de cabeceira da comunidade espírita. E aqui mostra seu poder também nas telas, com as quase quatro milhões de pessoas que já foram conferir o filme no cinema.

Cotações:
+ ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

longas brasileiros em 2010 (243)


Filmes brasileiros assistidos e revistos em 2010 no cinema, no DVD e na televisão.
(em 2009 - 315 filmes)

243 - Lili, A Estrela do Crime (1989), de Lui Farias **1/2

Quando é perguntada sobre suas personagens mais importantes na TV, Betty Faria sempre elenca Lazinha Chave de Cadeia (O Espigão, Dias Gomes, 1974); Lucinha (Pecado Capital, Janete Clair, 1975); Leda Maria (Duas Vidas, Janete Clair, 1976); Lígia (Água Viva, Gilberto Braga, 1980); Glória (Anos Dourados, Gilberto Braga, 1986); Tieta (Tieta, Aguinaldo Silva, 1989). E dificilmente não cita também Lili Carabina, que interpretou em episódio da série Plantão de Polícia. Pois a personagem, real, foi escrita por Aguinaldo Silva tanto em romance quanto para a TV. E é a mesma desse Lili, A Estrela do Crime, porém em chave completamente diversa, já que a estética adotada aqui é de história em quadrinhos e um tanto carnavalizada. A própria Betty já disse que acha o filme bonito, que gosta da linguagem, mas que sua personagem perdeu a humanidade, que seu trabalho de atriz ficou aquém do feito na telinha. Na trama, ela entra para o bando de Mário Gomes, que ainda conta com João Signorelli e Patrícia Travassos, depois que seu marido é morto. Eles assaltam bancos, posto de gasolina e onde mais tiver dim dim, e quando Gomes é preso, ela assume a quadrilha, torna-se a mestra em disfarces e vira a dor de cabeça de Reginaldo Faria, conceituado delegado prestes a se aposentar. Lili, A Estrela do Crime junta novamente um dos casais mais explosivos da década de 70, Betty e Mário, que viveram tórrido romance quando protagonizavam a novela Duas Vidas e o filme O Cortiço (1978), de Francisco Ramalho Jr - na época da novela, ela era casada com Daniel Filho e as fofocas foram manchetes na mídia. A linguagem pop do filme que tem fotografia de Antonio Luiz Mendes, direção de arte e cenografia - premiada no Festival de Brasília - de Luiz Sten e Gringo Cardia, e figurino e maquiagem do saudoso Carlos Prieto, é o grande destaque da produção - Prieto faz um visual carregado para Lili, com peruca loira e maquiagens que alternam tons de preto, lilás, branco e vermelho. O roteiro é de Lui Faria e de Vicente Pereira, esse últimos um dos papas do teatro besteirol, e a música é de Ary Sperling, com canção-tema do Kid Abelha. O universo de quadrinhos foi utilizado na época também pelos superiores Areias Escaldantes (1985), de Francisco de Paula, e Cidade Oculta (1986), de Chico Botelho. Lili, A Estrela do Crime continua sendo filme interessante e produção diferenciada, mas cai um pouco na revisão.

Cotações:
+ ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo

serie grandes damas da tv (85)


Iris Bruzzi.




Salve Salve!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

longas brasileiros em 2010 (242)


Filmes brasileiros assistidos e revistos em 2010 no cinema, no DVD e na televisão.
(em 2009 - 315 filmes)

242 - Esse é Carlos Manga (2007), de Oscar Maron Filho **

obs: não consegui imagem do filme

Em 2007, o Grupo Severiano Ribeiro comemorou 90 anos - o marco foi a inauguração do Cinema Majestic em Fortaleza, em 1917. Como se sabe, depois disso o grupo se tornou um dos principais exibidores do país, além de se associar como majoritário em 1947 à Atlântida Cinematográfica - fundada por Moacir Fenelon e José Carlos Burle em 1941 - compondo o tripé vitorioso produção-realização-exibição. Além de livro comemorativo e mostras, a data também originou Esse é Carlos Manga, documentário sobre um dos mais geniais cineastas brasileiros e grande homem de televisão - e que ao lado de outro mestre,Watson Macedo, e tantos outros, fez dos filmes da Atlântida sinônimo incontestável de cinema popular de sucesso. Esse é Carlos Manga tem como principal destaque o próprio objeto de foco, além das imagens preciosas de tantos filmes e astros e estrelas que desfilam pela tela como Oscarito, Grande Otelo, Eliana, Adelaide Chiozzo, Zezé Macedo, Zé Trindade, Violeta Feraz e Renata Fronzi. Porque como cinema de fato tem quase nada, já que se estrutura no modelo padrão de depoimentos do homenageado e de outros notáveis, como o humorista Chico Anysio e o novelista Silvio de Abreu - na verdade, tem formato para televisão e foi exibido no Canal Brasil, que apresentou na época mostra com produções da Severiano. O filme começa com um Manga nostálgico da Rio de Janeiro capital federal, enquanto belo documentário do estúdio ilustra esse ideário de Cidade Maravilhosa em arrebatador p&b. Ao longo de seu percurso - é quase um média-metragem nos seus 60 minutos e poucos segundos de duração - o cineasta se emociona várias vezes, em tom de voz pausado e distante do folclore que ronda suas homéricas broncas - Anysio e Abreu falam sobre isso, e Chico diz que estar frente a ele era como estar frente a Walter Avancini, outro nome genial da TV e conhecido pela maestria, mas também pelos ataques de fúria. Em cena, Manga demonstra carinho especial por Oscarito, fala das influências de Hollywood e do cinema italiano nas produções da Atlântida, destaca o poder da música, e agradece ter sua obra reconhecida ainda em vida. Em depoimento político, diz se sentir vergonhoso do país e faz menção ao escândalo do dinheiro na cueca envolvendo políticos cearenses ligados ao PT em 2005. Sugestionado pelo diretor do filme, concorda que Zé Trindade faria um Lula de forma exemplar e até imita o saudoso comediante. Afora o achincalhe que adoram fazer sempre com Lula - e que incomoda sempre, ainda que não a muita gente - é um desfecho que tem sua graça para um filme muito tímido para o talento gigante do biografado.

Cotações:
+ ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

longas brasileiros em 2010 (241)


Filmes brasileiros assistidos e revistos em 2010 no cinema, no DVD e na televisão.
(em 2009 - 315 filmes)

241 - Made in Brazil (1985)
episódio Fim de Semana Impossível, Carlos Nascimbeni **
episódio Furacão Acorrentado, de Francisco Magaldo *1/2
episódio Um Milagre Brasileiro, de Renato Pitta **1/2

Produção sui generis no cinema popular da decada de 1980, Made in Brazil focaliza relações sexuais como tantas outras comédias eróticas da época, mas aqui com um viés crítico da indústria do sexo - ainda que nem sempre o resultado esteja à altura de seu argumento. E é sui generis também porque os diretores dos três episódios estão citados em banco de dados como sendo esse longa o único trabalho deles como cineastas - o mesmo vale para a produtora Elisabeth Poletto - e nem no Dicionário de Cineastas Brasileiros, de Luiz Miranda, e tampouco no Cinema da Boca - Dicionário de Diretores, de Alfredo Sternheim, seus nomes aparecem. Fim de Semana Impossível é sobre dia-a-dia típico de um office-boy pré-internet, que ao som clássico pop de Kid Vinil intercala um pagamento e outro entre azaração com as minas nas ruas, matinês em sessões de cinema erótico, e morcegagem de praxe. Até que um dia tem que levar correspondência para um cientista, rouba pó erótico do laboratório e, junto a mais dos amigos, testa o estimulante em diferentes mulheres. Muito bem dirigido por Nascimbeni, um dos destaques são os delírios eróticos das moças depois de provar o pó, com direito a correria em câmera lenta em pleno centro da cidade - no elenco feminino, musas como Vanessa, Maristela Moreno e Wilza Carla. Furacão Acorrentado, de Francisco Magaldi, também tem bom argumento, mas o resultado fica um pouco mais truncado na história de funcionário público às voltas com disfunção erétil e suas tentativas de resolver o problema com prostituta, colega de repartição e uma travesti - Célia Coutinho, veterana atriz da TV que intensificou seus trabalhos nas telas nos anos 80, e a chacrete Fernanda Terromoto são as belas da vez. Já Um Milagre Brasileiro é o melhor segmento de todos, com uma boneca do sexo desgovernada e castradora de varões à solta nas ruas de São Paulo. Idealizada para ser objeto sexual a serviço do homem, ela inverte os papéis e faz deles os verdadeiros objetos de de sua tara - destaque total para o elenco, com o sempre interessante Orlando Parolini, e, sobretudo, para Marina Mesquita como a boneca. Com orientação em mímica da expert no assunto Denise Stoklos, sua atuação é perfeita e impressionante. Também bem dirigido por Renato Pitta, o episódio conta ainda com o luxo de Carlos Reichenbach na fotografia.

Cotações:
+ ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo

serie deusas (153)


Olivia de Havilland.





Nu!!!