Filmes brasileiros assistidos e revistos em 2010 no cinema, no DVD e na televisão.
(em 2009 - 315 filmes)
243 - Lili, A Estrela do Crime (1989), de Lui Farias **1/2
Quando é perguntada sobre suas personagens mais importantes na TV, Betty Faria sempre elenca Lazinha Chave de Cadeia (O Espigão, Dias Gomes, 1974); Lucinha (Pecado Capital, Janete Clair, 1975); Leda Maria (Duas Vidas, Janete Clair, 1976); Lígia (Água Viva, Gilberto Braga, 1980); Glória (Anos Dourados, Gilberto Braga, 1986); Tieta (Tieta, Aguinaldo Silva, 1989). E dificilmente não cita também Lili Carabina, que interpretou em episódio da série Plantão de Polícia. Pois a personagem, real, foi escrita por Aguinaldo Silva tanto em romance quanto para a TV. E é a mesma desse Lili, A Estrela do Crime, porém em chave completamente diversa, já que a estética adotada aqui é de história em quadrinhos e um tanto carnavalizada. A própria Betty já disse que acha o filme bonito, que gosta da linguagem, mas que sua personagem perdeu a humanidade, que seu trabalho de atriz ficou aquém do feito na telinha. Na trama, ela entra para o bando de Mário Gomes, que ainda conta com João Signorelli e Patrícia Travassos, depois que seu marido é morto. Eles assaltam bancos, posto de gasolina e onde mais tiver dim dim, e quando Gomes é preso, ela assume a quadrilha, torna-se a mestra em disfarces e vira a dor de cabeça de Reginaldo Faria, conceituado delegado prestes a se aposentar. Lili, A Estrela do Crime junta novamente um dos casais mais explosivos da década de 70, Betty e Mário, que viveram tórrido romance quando protagonizavam a novela Duas Vidas e o filme O Cortiço (1978), de Francisco Ramalho Jr - na época da novela, ela era casada com Daniel Filho e as fofocas foram manchetes na mídia. A linguagem pop do filme que tem fotografia de Antonio Luiz Mendes, direção de arte e cenografia - premiada no Festival de Brasília - de Luiz Sten e Gringo Cardia, e figurino e maquiagem do saudoso Carlos Prieto, é o grande destaque da produção - Prieto faz um visual carregado para Lili, com peruca loira e maquiagens que alternam tons de preto, lilás, branco e vermelho. O roteiro é de Lui Faria e de Vicente Pereira, esse últimos um dos papas do teatro besteirol, e a música é de Ary Sperling, com canção-tema do Kid Abelha. O universo de quadrinhos foi utilizado na época também pelos superiores Areias Escaldantes (1985), de Francisco de Paula, e Cidade Oculta (1986), de Chico Botelho. Lili, A Estrela do Crime continua sendo filme interessante e produção diferenciada, mas cai um pouco na revisão.
Cotações:
+ ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo
(em 2009 - 315 filmes)
243 - Lili, A Estrela do Crime (1989), de Lui Farias **1/2
Quando é perguntada sobre suas personagens mais importantes na TV, Betty Faria sempre elenca Lazinha Chave de Cadeia (O Espigão, Dias Gomes, 1974); Lucinha (Pecado Capital, Janete Clair, 1975); Leda Maria (Duas Vidas, Janete Clair, 1976); Lígia (Água Viva, Gilberto Braga, 1980); Glória (Anos Dourados, Gilberto Braga, 1986); Tieta (Tieta, Aguinaldo Silva, 1989). E dificilmente não cita também Lili Carabina, que interpretou em episódio da série Plantão de Polícia. Pois a personagem, real, foi escrita por Aguinaldo Silva tanto em romance quanto para a TV. E é a mesma desse Lili, A Estrela do Crime, porém em chave completamente diversa, já que a estética adotada aqui é de história em quadrinhos e um tanto carnavalizada. A própria Betty já disse que acha o filme bonito, que gosta da linguagem, mas que sua personagem perdeu a humanidade, que seu trabalho de atriz ficou aquém do feito na telinha. Na trama, ela entra para o bando de Mário Gomes, que ainda conta com João Signorelli e Patrícia Travassos, depois que seu marido é morto. Eles assaltam bancos, posto de gasolina e onde mais tiver dim dim, e quando Gomes é preso, ela assume a quadrilha, torna-se a mestra em disfarces e vira a dor de cabeça de Reginaldo Faria, conceituado delegado prestes a se aposentar. Lili, A Estrela do Crime junta novamente um dos casais mais explosivos da década de 70, Betty e Mário, que viveram tórrido romance quando protagonizavam a novela Duas Vidas e o filme O Cortiço (1978), de Francisco Ramalho Jr - na época da novela, ela era casada com Daniel Filho e as fofocas foram manchetes na mídia. A linguagem pop do filme que tem fotografia de Antonio Luiz Mendes, direção de arte e cenografia - premiada no Festival de Brasília - de Luiz Sten e Gringo Cardia, e figurino e maquiagem do saudoso Carlos Prieto, é o grande destaque da produção - Prieto faz um visual carregado para Lili, com peruca loira e maquiagens que alternam tons de preto, lilás, branco e vermelho. O roteiro é de Lui Faria e de Vicente Pereira, esse últimos um dos papas do teatro besteirol, e a música é de Ary Sperling, com canção-tema do Kid Abelha. O universo de quadrinhos foi utilizado na época também pelos superiores Areias Escaldantes (1985), de Francisco de Paula, e Cidade Oculta (1986), de Chico Botelho. Lili, A Estrela do Crime continua sendo filme interessante e produção diferenciada, mas cai um pouco na revisão.
Cotações:
+ ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo
Pek,
ResponderExcluirGosto muito deste filme. Daria, pelo menos, mais uma estrela.
Bjs.
Noel,
ResponderExcluirGostei mais quando vi da primeira vez, na revisão caiu um pouco.
Bjs