sexta-feira, 14 de agosto de 2009

longas brasileiros em 2009 (24)


Longas brasileiros assistidos ou revistos em 2009 no cinema, em DVD e na televisão.


156 - Crioulo Doido (foto - 1971), de Carlos Alberto Prates Correia *****

157 - Noite em Chamas (1977), de Jean Garret ****

158 - Rio Babilônia (1982), de Neville D´Almeida ****

159 - Adágio ao Sol (1996), de Xavier de Oliveira **

160 - O Contador de Histórias (2009), de Luiz Villaça **



Cotações:
+ ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo

nu!!!


Rutger Hauer.

serie grandes atores (29)


Ivan Setta.

Com seu estilo todo particular e cheio de ginga malandra (quando necessário para os personagens), Ivan Setta deixou sua marca talentosa em vários filmes.

Nem sempre o cinema lhe reservou grandes papéis, mas independente do tamanho de seus personagens ele jamais passava despercebido.

O Mário de As Aventuras Amorosas de Um Padeiro (1975), de Waldir Onofre, é de seus momentos marcantes.

Mas teve muitos outros, em filmes de Hector Babenco, Neville D´Almeida, Hugo Carvana, Bruno Barreto e David Neves.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

eliana


Nesse nosso país das cantoras, essa é mesmo sensacional.


Como adoro Eliana Printes.
Voz, carisma, repertório.

Bate ponto no meu som sempre.
Como agora.

É dez!

serie deusas (70)


Gene Tierney.






Nu!!!

simone na veia


Como se sabe, Simone vem aí de disco novo e pela Biscoito Fino, de Kati Almeida e Olívia Hime - Na Veia.

O repertório parece ser bom, tem inéditas de Marina Lima, Adriano Calcanhoto e Erasmos Carlos, e supreendente regravação de Agepê, ótimo cantor popular dos anos 70, há muito distante das rádios.

Claro que vou comprar o CD - esperando o preço abaixar um pouco, obviamente.

A relação entre Simone e muitos fãs é curiosa.

Eu sou um exemplo, e meu amigo Noel também.

Estamos na faixa dos 45 anos, portanto somos da geração inflamada da eleição presidencial entre Lula x Collor.

Como tantos, fiz campanha intensiva para Lula, chegando a comemorar aniversário em comício.

E também como se sabe, Simone foi a estrela de primeiro escalão que apoiou abertamente Collor - teve também Marília Pêra, para fúria de muita gente.

E aí, como legião de fãs, abominei Simone e deixei de comprar seus discos durantes anos - pelo menos, foi a fase em que ela gravou seus piores trabalhos.

Noel, que me contou o fato nessa semana, radicalizou mais, e, dramaticamente, colocou todos os vinis que tinha da cantora no chão e despejou uma chaleira de água fervendo em cima - só salvou-se um que tinha autógrafo dela (rsrs).

Eram tempos de paixão política, e se Lula fez clip com nove entre dez cantores e compositores, Collor afrontou e juntou um estádio de descamisados - era assim que chamava os pobres, e cantou sua música de mãos dadas e para o alto com Simone.

Foi uma afronta.

Os mais ortodoxos, inclusive, nunca mais perdoaram Simone.

E não só porque não aceitavam opinião contrária, mas porque Simone era para nós integrante de um grupo politizado, em que batiam ponto outros nomes como Chico Buarque, Milton e Elis Regina - essa, quando em vida.

Mas como se diz, tudo passa.

E cá estamos, eu e Noel, doidos para ter o novo disco de Simone em mãos.

Pois claro, voltamos a comprar todos os seus discos - inclusive os daquela época (hehe).

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

serie grandes cineastas (5)


Claudio Cunha.



Patrimônio nacional.

tchekhov


Fiquei tão sugestionado por Moscou, de Eduardo Coutinho, que finalmente li As Três Irmãs, de Anton Tchekhov.

Há muito que esse livro repousa em minha prateleira em uma coleção de uns 50 clássicos.

É claro que não era o momento mais apropriado, pois durante a leitura não conseguia deixar de pensar nos rostos dos atores do Galpão, e o livro é imortal.

Mas é que gostei tanto de Moscou, o filme mexeu tanto comigo, que quis ampliar esse estado de coisas.

E, claro, fiquei em ótima companhia com a habitual elegância da escrita fina do autor.

nu!!!


David Duchovny.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

a + forte de daniel caetano


É curioso, mas tem algumas pessoas que, ainda que a gente não as conheça um pouco mais, despertam na gente uma simpatia natural.

E é uma simpatia natural que tenho pelo crítico Daniel Caetano.

De sua geração, o mesmo acontece com Eduardo Valente e Sérgio Alpendre (adendo: e também por Felipe Bragança).

Já com Marcelo Miranda tenho uma relação mais próxima, mesmo porque estamos geograficamente pertos.

Nem sempre fico em sintonia com os olhares deles para o cinema, mas os leio sempre com interesse, nem que seja para ficar com raiva (rs).

Meses atrás, inclusive, entrei em discussão de alta temperatura com Miranda no blog do Polvo sobre a chamada Nova Crítica e espinafrei, com nome e tudo, todos eles.

Na época, inclusive, no calor da hora, desanquei o filme Conceição - Autor Bom É Autor Morto (2007), produzido e dirigido (é um dos diretores) por Caetano, dizendo que era muito ruim, para depois relembrar divertido com querido amigo de trabalho que eu havia defendido o filme quando foi exibido no cinema em que trabalhava - aliás, fui eu que o programei.

Esse amigo achava Conceição muito ruim, e eu defendia dizendo que me agradava em muitas coisas. Mas na hora da discussão mandei às favas o olhar matizado - só que Conceição realmente me interessa, ainda que o ache um filme com problemas.

Li com interesse no Passarim, um dos insetos aí ao lado, que o dono do pedaço, Daniel Caetano, estréia peça de teatro como diretor.

E não é qualquer peça não.
É um clássico de Strindberg.

Fiquei feliz, pois além do cinema, que me preenche a vida profissionalmente há 20 anos, trabalho também no teatro há quase dez - faço parte de um grupo, a Cia Clara, e faço assessoria de imprensa para vários grupos em BH.

Daniel Caetano coloca em cena Carol Pucu - também sua namorada, e Patrícia Melo para encenarem A + Forte, de 14 de agosto de 4 de outubro, na Casa de Cultura Laura Alvim, no Rio de Janeiro.

Como grande parte dos brasileiros, também tenho paixão pelo Rio de Janeiro. Mas ao contrário de São Paulo, que também adoro, há muitos anos não vou ao Rio.

Em uma das vezes que lá estive, e isso há anos, pisei na Laura Alvim - que não conhecia, para assistir a GRANDE Cleyde Yáconis em A Filha de Lúcifer, em que dava vida à escritora Isak Dinensen/Karen Blixen.

Fiquei realmente curioso em ver esse trabalho do Daniel Caetano no teatro.

Pudesse, iria ao Rio para conferir.
Mas já fiquei contente em saber que ele faz parte dessa nossa grande família que é o teatro.

serie grandes damas da tv (16)


Márcia Maria.





Salve Salve!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

serie deusas (69)


Cher.




Nu!!!

longas brasileiros em 2009 (23)


Longas brasileiros assistidos ou revistos em 2009 no cinema, em DVD e na televisão.


151 -A Mulher que Inventou o Amor (Foto -1979), de Jean Garret *****

152 - Moscou (2009), de Eduardo Coutinho *****

153 - À Deriva (2008), de Heitor Dhalia ****

154 - Sem Controle (2007), de Cris D´amato **

155 - Sexo com Amor? (2008), de Wolf Maya *


Cotações:
+ ruim
* fraco
** regular
*** bom
**** muito bom
***** ótimo

Obs.: foto retirada do blog Estranho Encontro

serie grandes cineastas (4)


Glauber Rocha.





Patrimônio nacional.

domingo, 9 de agosto de 2009

maré


Já fui comprador obsessivo de CDs - tenho mais de quinhentos.

Só que parei com isso.

Não é nem porque aderi à pirataria e tampouco à mania de baixar discos na internet - como também nunca baixei filmes.

É porque freei mesmo, e em geral, meu lado consumista de bens culturais - já que de outros ítens nunca fui mesmo, como roupas por exemplo, para desagrado de minha mãe, que sempre me achou sinônimo de mal vestido.

Daí, fico esperando abaixar o preço de lançamentos - sobretudo cantoras brasileiras, minha preferência.

Por isso, só agora comprei, por 9,99, o CD Maré, de Adriana Calcanhoto.

Conhecia do rádio a música que fala do Calipso e que tem Marisa Monte em canto de sereia.

E conhecida também a regavação de Mulher Sem Razão, que tá naquele disco duplo do Cazuza, Burguesia, com um azul e outro amarelo, e que sempre gostei - tem músicas lindas, como Cobaia de Deus, dele com Angela Ro Ro.

Mas a grande supresa foi ouvi-la cantando Três, música que ouvi pela primeira vez pela própria Marina Lima (co-autora com o mano, Antonio Cícero).

Foi em um show lindo de Marina, em que ela revisitava alguns hits, e quando cantou essa música em arranjo meio à la tango, apaxonei-me imediatamente.

Três é das grandes lavras desses irmãos talentosos.

Ficou bonita também a regravação de Calcanhoto para a bela canção Onde Andarás, de Caetano Veloso e Ferreira Gullar.

Enfim, um belo disco.

moscou à deriva


Dois filmes andam dividindo opiniões:

- À Deriva, de Heitor Dhalia;
- Moscou, de Eduardo Coutinho.

Diferente de Edifício Master e Jogo de Cena, dessa vez Coutinho não tem sido unanimade - o júri do Festival de Paulinia, por exemplo, o ignorou, sendo reconhecido pelo júri da crítica.

O cineasta e montador Eduardo Escorel, amigo de Coutinho e que montou sua obra-prima, Cabra Marcado Para Morrer, detonou o filme na revista Piauí - ainda não li, soube da repercussão pela Folha e pelas próprias palavras de Coutinho no lançamento em BH.

Já À Deriva tem apanhado muito de boa parte da crítica, que acha o filme maneirista e pura embromação - O GRANDE Inácio Araújo foi um dos que caíram de pau e pedra sobre o filme.

Eu, ao contrário, gostei dos dois.
E gostei MUITO.

À Deriva tem uma ambientação pela qual circula os personagens que me agrada muito, e é daqueles filmes que a gente leva para a casa e que não desaparece tempos depois de visto.

Moscou é mais um trabalho corajoso e supreendente de Coutinho, um documentarista consagrado que não quer deitar na fama e tenta se reinventar.

serie grandes damas da tv (15)


Nívea Maria.





Salve Salve!

marlene


Ando mesmo dando bobeira em perder as edições do programa MPBambas, do Tárik de Souza, no Canal Brasil.

Já tinha deixado registrado aqui o quanto gostei do programa com a Beth Carvalho, e hoje não foi diferente com outra GRANDE cantora: Marlene.

O programa é informativo, o Tárik tem um estilo de entrevistador que me interessa - se erra em dados e é corrigido, como em alguns momentos com a Beth, não se alarma; não é apressado, e ainda que em alguns momentos teve que se adiantar às repostas de Marlene via-se que era mais para ajudá-la; e, mais que tudo, é grande conhecedor respeitoso do universo de seu objeto, no caso, os veteranos da música brasileira.

Como Beth Carvalho, Marlene deu show. E aprendi que ela foi uma das primeiras cantoras (ou ele disse primeira?) de protesto, com músicas como Lata D´Água e outras mais - passou um trecho de vídeo dela cantando Galope, de Gonzaguinha, que é realmente impressionante.

Fiquei sabendo também que ela lançou o clássico popular Qui Nem Jiló a pedido de Humberto Teixeira, parceiro de Luiz Gonzaga - será que há essa passagem no filme O Homem que engarrafava Nuvens, sobre Teixeira, e dirigido por Lírio Ferreira e produzido pela filha do compositor, a atriz Denise Dumont?

E fiquei sabendo também sobre a relação de Marlene com Edith Piaf, quando a segunda a viu como crooner do Copacabana Palace e levou a primeira para se apresentar no Olympia de Paris.

E como nas outras edições, sempre tem um artista atual reverenciando o outro - no de Beth Carvalho foi Teresa Cristina, no de Marlene foi a cantora e compositora Adriana Calcanhoto, citada por Marlene como uma de suas cantoras atuais prediletas - e conta, inclusive, que Calcanhoto a procurou quando chegou ao Rio vindo do sul.

Adriana Calcanhoto, antes de cantar sucesso de Marlene, deu depoimento interessante sobre o impacto que é ver Marlene cantando. E, realmente, Marlene sempre me chamou atenção também por isso, pela absoluta entrega, como só mesmo as eternas cantoras do rádio sabiam fazer - Bethânia é um exemplo atual, e Ana Carolina é o oposto, pelo exagero.

Calcanhoto diz algo interessante. Que muita gente dizia para ela que Marlene é teatral, mas que ela não acha isso, pois esse teatral teria que ser, de certa forma, uma representação, e que em Marlene o que há é entrega total.

Maravilhoso programa, digno de Marlene, uma GRANDE cantora e atriz de teatro e de tantos filmes.