sábado, 19 de dezembro de 2009

as amiguinhas...


O cinema brasileiro dos anos 70 é realmente fantástico e inacreditável.

Ontem assisti um daqueles filmes que só o cinema nacional sabia fazer.

O nome?
- As Amiguinhas, de Carlos Alberto Almeida (1979).

O centro da trama é a relação lésbica, mas não há sequer uma cena de beijo - no máximo, a garotinha mais jovem aparece deitada, duas vezes, esfregando os peitos e fazendo cara de tesão.

E falando em cara, a cara de safada de Diva Medrek para as outras amiguinhas - são mais três, além de outra que ela bolina no cinema - é hilariante.

E os diálogos são um show à parte.

Cena 1:

O carro está parado com duas amiguinhas em um terreno baldio. (É um passat? Talvez, entendo de carro igual entendo de futebol) Só vemos o carro e ouvimos os diálogos entremeados por sussuros:

- Júlia, ai, loucura deliciosa, eu morro de prazer, por favor eu não aguento mais, pare.
Mas por que parou?

- Você pediu.

- Mas não é para obedecer, continue, isso, assim, carícias loucas, vai, não pare, jamais Júlia, Júlia, Júlia...

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Cena 2:

As quatro amiguinhas estão tomando o café da manhã na barraca na praia.

Primeira amiguinha:
- Você quer muito ou pouco açúcar?

segunda amiguinha:
- Gosto de tudo bem doce.
Se dependesse de mim o mundo seria em picolé.
Já imaginaram todo mundo se chupando uns aos outros?

terceira amiguinha:
- Coitado dos diabéticos.

quarta amiguinha:
- Por que?

De volta para a terceira amiguinha:
- Não iam poder chupar.


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Pode? (rsrs)

Como diria o personagem de Pedro Cardoso, hilariante em Todo Mundo Tem Problemas Sexuais, de Domingos Oliveira:
- Poooooode!!!

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