sexta-feira, 30 de outubro de 2009

a face do terror


Como sou do tempo em que os dinossauros ainda caminhavam pelas avenidas Afonso Pena, em Belo Horizonte, Atlântica, no Rio de Janeiro, e Paulista, em São Paulo, ser universitário, naquela época, era por si só sinal de civilidade.

E se quando cheguei de fato à primeira faculdade que fiz, mesmo que tenha comprovado que não era tanto assim, pelo menos o ambiente era bem diferente do de hoje.

Mas os tempos são mesmo outros.

Vide esse episódio da moça de minissaia na Uniban.

Há pouco tempo voltei à sala de aula em uma universidade e pude comprovar o tanto que essa juventude atual - e vou generalizar - está mesmo medíocre.

Pelo menos em sua maioria.

O que pude comprovar mais, e me assustar também, foi com a face reacionária e direitista no pior sentido de tantos jovens bem nascidos na casa dos 20 anos.

Para eles, ser de esquerda é uma ofensa e ser de direita é um orgulho.

E com isso não quero fazer a defesa de minha faixa, ou seja, dos que ultrapassaram os 40 anos e dos que ainda se dizem de esquerda, porque mesmo por aqui a coisa anda feia.

É mesmo a derrocada do coletivo e do salve-se quem puder.

Assustador.

5 comentários:

  1. Meu caro Adilson: também estudo em São Bernardo do Campo, na Metodista, onde estou terminando a faculdade de jornalismo. É pertinho da Uniban. Posso te falar de boca cheia (porque tenho 21 anos): essa geração é a mais medíocre de todas. Dos seus comentários meu caro, só não concordo com a parte do direita e esquerda.Penso que existem pessoas exacerbadas nos dois lados. Tem muito nego de centro acadêmico que ainda pensa que o mundo está dividido em dois, essas coisas. De resto, espero que você e demais leitores do blog tenham um ótimo feriado.

    Matheus Trunk
    www.violaosardinhaepao.blogspot.com

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  2. Meu amigo Matheus,
    É claro que sei que tem coisas boas e coisas ruins dos dois lados. Tenho amigos de direita, inclusive. Mas o sentido de direita que ressaltei aqui é o que está dito no post. De uma juventude que não tá nem aí para o coletivo, só individualismo. E pelo grau de mediocridade dessa juventude de direita, esse individualimso está travestido da mais pura futilidade.
    Não posso dizer muito da juventude de esquerda porque mal encontro algum exemplar, como foi nessa minha útlima passada pela universidade.
    Quanto as centros acadêmicos e DAs, esse acham que ser de esquerda é promover calouradas e fazer de seus centros palanques para carreira política.
    É nesses centros que está muito do pior do significado das faculdades de hoje.
    Lamentável.
    Abs

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  3. Matheus,
    E acrescento que muitos, na faculdade, também me achavam um dinossauro.
    Por causa do coletivo, briguei dia sim dia não, pois não aguentava esses meninos de 20 e poucos anos dizerem que odiavam índios, que tinham o direito de acumular terras improdutivas, de rirem com escárno do que achavam brega, e tantos absurdos mais.
    Daí brigava com alunos, com professores, e briguei até com a reitora.
    É esse lado da direita que me revolta.
    Quanto ao lado da esquerda, essa juventude dos DAs e dos DCEs, como disse, é tão horrosa quanto, porque travestida de falsa consciência social.
    Abs

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  4. Onde assino?
    Apesar de tudo, ainda me assusto com essas coisas. Absurdamente lamentável.

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  5. Maurilio,
    Ao contrário de mim, você que está na faculdade atualmente sabe dizer mais sobre essa juventude universitária.
    Abs

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