sexta-feira, 18 de setembro de 2009

g


Quando a G Magazine surgiu na década de 90, fui logo correndo comprar.

Quer dizer, ainda um tanto tímido na hora de chegar na banca e procurar as edições.

Lembro-me, nitidamente, de logo nesse inicinho, eu ir até uma banca onde trabalhava um senhor de cabelos brancos e ficar um tanto sem jeito para pedir a revista.

Até que consegui criar coragem e pedi. Ele fez cara de que não fazia a mínima idéia do que se tratava e me fez a derradeira pergunta:

- é revista de quê?

No que eu prontamente respondi:

- de comportamento.

E saí de fininho com a negativa dele.

Pois então. Quando a G saiu era interessante, era novidade, tinha paus famosos, coluna do Trevisan, e algumas matérias bacanas - o ator Matheus Carrieri fez história com uma das capas.

Mas, mais que tudo, comprá-la era quase que uma militância - ainda que naquela época, como nos dias de hoje, achava que em nada se diferenciava um hetero de um homo a não ser na hora do sexo.

Mas como sempre entrava em passeatas -

lembro-me de uma, talvez nos tempos finais da ditadura, que pedia a regulamentação das domésticas, e ao vê-las na avenida Afonso Pena eu não titubeei, entrei no meio delas, fiz coro e dizia as palavras de ordem a plenos pulmões -

comprar a G, além do interesse óbvio, foi mais ou menos como.

Algumas tantas edições depois abandonei a publicação e deixei de comprar.

Mas falo isso tudo porque hoje ri muito vendo uma G na banca, que nem sei se é antiga ou nova, mas cujo modelo de capa me chamou atenção de cara:

- nada mais nada menos que...
... o sobrinho de Scheila Carvalho.

Pode?

Essas celebridades...

(agora, ao procurar foto para ilustração vi que a revista é de 2006).

2 comentários:

  1. Pek,

    Hilária sua história. Ocorreu algo semelhante comigo quando fui comprar a revista em uma banca no Centro de BH. Também abandonei a revista faz tempo.

    Bjs.

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  2. Pois é Noel, logo no início era um pouco difícil comprar a G nas bancas.
    Bjs

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