sexta-feira, 21 de agosto de 2009

corpo para quem?


Uma noite dessas fui assistir aos resultados de trabalhos de alunos em formação, e constatei o quanto o público vibrou com duas coreografias que foram apresentadas.

Tirando o fato de que havia, provavelmente, muitos familiares, amigos e colegas na platéia, os números eram bonitinhos mesmo e a ovação foi sincera.

Daí que vendo agora os preços da temporada do Grupo Corpo em BH - 60 reais a inteira, fiquei imaginando o quanto a maioria esmagadora da população realmente não tem acesso ao de melhor que é feito nesse país.

Aliás, 60 reais virou parâmetro em BH para tudo, desde balé a show de Ney Matogrosso e afins - e sei que em outras é mais caro ainda. Para a classe média alta pode não ser caro, mas para a maioria...

O Grupo Corpo é deslumbrante, e há anos vejos todos os seus balés. Mas perdi o último e vou perder esse de agora também, porque sem carteira de estudante, não rola de pagar esse preço.

Se aquele público aplaudiu com vontade os alunos, fico imaginando o deslumbre que seria para muitas daquelas pessoas assistirem uma maravilha como é o Corpo.

Mas como quase tudo nesse país, grandes acontecimentos culturais continua sendo mesmo só para poucos.

Um crime, já que TODOS esses grandes acontecimentos culturais são feitos com dinheiro público de TODOS e não de poucos.

4 comentários:

  1. Pek,

    Em Brasília os preços são muito superiores para espetáculos deste porte. A média aqui gira em torno de R$100,00 a inteira.

    Quanto ao Grupo Corpo, também procuro não perder os espetáculos e sempre que posso, levo minha mãe. Desta feita, como estarei em BH, minha mãe comprou ingressos para nós dois e, acredite, ela jogou os ingressos fora sem querer. Uma lástima. Ela ficou com tanta raiva dela mesma que foi ao Palácio das Artes e comprou de novo, para dia diferente (não dá nem para aproveitar os lugares da primeira compra, bem melhores do que o da segunda).

    Bjs.

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  2. Adilson,
    a gente se conhece sim. Sou amiga do Noel, a gente viajou junto uma vez, há séculos! Achei que com a brincadeira com o top de crochê você ia lembrar. Mas tem nada não: pergunta pro Noel quem é Nix que ele te fala. Beijão!
    P.S. Eu também adoro o Corpo e acompanhei desde que era um corpinho... (risos)

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  3. Nix,
    Que touca a minha, agora me lembrei, claro!
    Mesmo porque top de crochê em corpão-violão é mesmo para poucas.
    Foi ótimo aquela viagem para Salvador, aliás, fui cinco anos direto com o povo.
    Só a internet mesmo para a gente reencontrar as pessoas.
    Que bom que tem vindo aqui e gostado.
    Um beijão.

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  4. Vixe Noel!
    Ah se eu achasse esses ingressos...
    É lógico que devolveria, claro (rsrs)
    bjs

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