ô inferno!!!!

Assisti Salve Geral, de Sérgio Rezende, ontem.

Mais uma vez, ir ao cinema demonstrou ser uma das experiências com possibilidade de irritação certa.

Por que?

Porque um casal hetero não parava de comer, e, ao tirar sei lá o quê de uma embalagem de plástico, fazia um barulho ininterrupto infernal.

Além de, a tantas horas, o celular do gajo tocar, ele atender, e orientar quem estava do outro lado da linha sobre o local em que estava um objeto.

Porque dois casais homossexuais - ou amigos, sei lá - comportavam-se também como estivessem em suas casas.

O primeiro não parava de falar, sendo que um deles tinha voz de barítono, e, por mais que talvez até achasse que estava falando baixo, sua voz permanecia ecoando no escuro da sala.

O outro não só convesava como acendia a infernal luz do celular, e também atendeu uma chamada em plena sala de cinema.

A coisa que mais detesto é mudar de lugar quando já estou satisfatoriamente instalado em uma cadeira de cinema, mas tive que fazer isso ontem, a contragosto, não sem antes reclamar do casal do barítono, porém sem adiantar nada.

Só que mudei para o lado dos comilões e na mesma fileira da luzinha infernal do celular.

A opção seria mudar novamente de local, mas desisti, pois tinha certeza que dificilmente encontraria um lugar em paz naquela infernal sala, ainda que estivesse bem vazia.

Imagine se estivesse cheia.

Ô inferno!!!