quinta-feira, 26 de março de 2009

vânia


Leio no Notas Musicais, do Mauro Ferreira - um dos insetos preferidos aí ao lado - que Leila Pinheiro gravou um disco inteiro dedicado às composições de Eduardo Gudin. Como se sabe, foi com uma música dele, Verde, que a cantora explodiu em um festival da canção.

Mas Mauro Ferreira não ficou muito seduzido não.
E ao falar da regravação de Paulista, cita a bela gravação de Vânia Bastos para essa canção inspirada.

Detesto quando ouço alguém dizer que uma gravação é definitiva, como dizem ser definitivas algumas gravações de Elis, Gal ou Bethânia. Não concordo com isso não. É claro que tem registros de uma mesma música mais belos que outros, e outros até equivocados. Mas adoro quando um intérprete faz uma nova leitura de uma música. Marina Lima então é craque.

Mas no caso de Paulista, é realmente difícil pensar em outra interpretação mais linda que a de Vânia Bastos - que aliás, é casada com Gudin. Pelo menos nunca ouvi uma melhor.

Vânia Bastos é uma intérprete curiosa.
Dona de bela e límpida voz, nem sempre acerta a mão em seus discos.

Se há os belos, como o que ela interpreta o lado B de Caetano Veloso, e o só de composições assinadas por mulheres, há equívocos como o do repertório do Clube da Esquina.

Mas quando ela acerta mão em interpretações de uma ou outra música, fica realmente difícil não lembrar desses seus registros.

E a de Paulista é assim.
Como também é a Canta, Canta Mais, de Tom e Vinícius.

Duas maravilhas.


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