quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

série grandes novelas (2)


João Emanuel Carneiro e Elizabeth Jhin podem mesmo ter seus talentos, mas quando olho para trás e vejo novelistas como Ivani Ribeiro, Walter George Durst e Jorge Andrade - só para ficar no trio predileto - dá mesmo para suspirar.

Jorge Andrade então era uma coisa.
Na infância, adolescência e primeira juventude fui, como a maior parte dos brasileiros, muito noveleiro.

E se há novela que me chapou foi Gaivotas, de Jorge Andrade.
Toda a ação se passava em uma ou pouco mais semanas e o público não sabia qual era a intenção do protagonista, se era se vingar ou realmente se reaproximar dos colegas do tempo de escola.

Gaivotas foi exibida na Tupi, em 1978, quando estava de 15 para 16 anos.
Era época de ditadura brava, mas o início de consciência política para mim só viria em 1980, quando comecei a trabalhar como office-boy - primeiro trabalho de carteira assinada, já que bicos eram feitos desde os sete anos.

Lembro-me nitidamente dessa novela estranha e fascinante e de minha mãe dizer que ela só tinha coroa - Rubens de Falco, Yoná Magalhães, Isabel Ribeiro, Márcia Real, Berta Zemmel, John Herbert, Altair Lima, Cleyde Yáconis, Paulo Goulart, Laura Cardoso, Elizabeth Gasper, Gésio Amadeu, Wilson Fragoso, Serafin Gonzales, Abraão Faarc, Paulo Hesse, Sônia Oiticicca.

Mas tinhas jovens sim, poucos mas tinha: Paulo Castelli, Edson Celulari, Cristina Mullins, Haroldo Botta...

Me lembro de passagens inteiras dessa novela.
E lá, nos 15 anos, já achava Jorge Andrade gênio.

2 comentários:

  1. não me lembro dessa novela... então você já foi noveleiro...

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  2. Claro Rita.
    Ao ponto de ir para o Carnaval da Bahia - e aí já tinha passado, e muito, da primeira juventude, e o povo ter que me esperar para assistir, diariamente, a quinta reprise de "O Meu Pé de Laranha Lima" (rsrs)

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