sexta-feira, 19 de junho de 2009
diploma de jornalista
Amigos me perguntam se fiquei chateado com a queda da obrigatoriedade do diploma para exercer o jornalismo, depois de quatro anos na cadeira de uma faculdade.
Digo que não, pois nunca fui favorável à obrigatoriedade.
Mesmo porque eu era jornalista durante muitos anos antes de fazer a gradução - minha primeira foi Letras.
E também porque nos quatro anos que passei na cadeira da faculdade pude constatar que, ao final, cerca de 40 alunos saíram com o diploma na mão, mas jornalista de fato mesmo só uma meia dúzia.
Porém, foi importante fazer o curso, principalmente pelo aprendizado ético da profissão, ainda que a maioria só estava interessada na técnica.
Mas não acho que qualquer pessoa possa exercer a profissão. Acredito que o jornalismo deveria ser um curso de extensão.
Só que não me agrada a forma como as coisas se deram.
Me pareceu uma vingança do STF, principalmente do Gilmar Mendes, contra a imprensa.
Como o telhado deles nunca esteve tão de vidro, pareceu-me um revide - ainda que não acredite que ministros admiráveis como a Ellen Gracie teria essa postura.
Um amigo querido diz que não vai mudar nada, mas acredito que vá sim. Sobretudo nas pequenas cidades ou em cidades submetidas à caciques - e mesmos nas grandes coorporações.
Se antes era difícil para os órgãos deterem o jornalismo partidário, agora ficará mais difícil ainda.
Mas ainda assim sou a favor do final da obrigatoriedade.
Só acho que o processo deveria ser outro.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário